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Acordo animada pela manhã, apesar do tempo chuvoso, porem meu sorriso some aos poucos ao notar que ele não está ao meu lado.

Mesmo assim vou até o banheiro e tomo um banho de banheira. Algo que nunca fiz na vida, a sensação... ótima. A água quente é extremamente bem vinda.

(...)

Sem outra opção, visto minhas antigas roupas e desso apressadamente para sala de estar, na esperança de encontrá-lo.

Ao desser os último degraus, ouço um barulho vindo de fora da casa. Como algo se quebrando.

- Luminus é você?.

Sigo a procura do estranho barulho, mas vejo a enorme janela da cozinha estraçalhada. Derrapante uma mão toca meu ombro e me vira.

- Ella? Minha querida, finalmente lhe encontrei.

- Senhor Philips, o que fazes aqui?.

- Eu e quem lhe pergunto. Por que sumiu desse jeito, dona Nina veio aos prantos me pedir ajuda. Visto que a senhorita desapareceu deste onde a tarde.

- Me perdoe senhor Philips, não era minha intenção alarmar ninguém. Apenas fiquei por conta do acidente que teve na estrada.

- Acidente, que acidente? Nao teve nenhum, até onde eu sei!. Olho para meu chefe sem conseguir entender.

- Como?. O senhor me encontrou.

- Tive que pergunta a todos na cidade, até que um grupo de amigos me contou ter visto um homem de cabelos negros carregando uma jovem até sua casa. - Achei estranho e resolvi vim ver se era você.

Diz ao sorrir docemente para mim. Encantada com sua atitude. Tento acalmar a situação ao tocar em seus ombros e dizer.

- Fico feliz em saber que se preocupam comigo. Mas agora está tudo bem, e sim um... amigo me ajudou. Infelizmente não pude nem avisar e nem voltar para a pensão de dona Nina. Me disseram que havia um acidente.

- Compriendo... o importante é que agora posso lhe levar para casa e...

- Ninguém vai levá-la de mim!...

Mal posso acreditar no que vejo, simplesmente não posso... com meu  semblante horrorizado, vejo seu Philips se agarrar aos meus braços antes de ir ao chão. Sua boca completamente ensanguentada por conta da espada que a atravessa.

Junto a ele meu corpo também cai, no até então brilante piso de marmore. Que aos poucos se forma uma pequena possa, tão vermelha quanto as marcas de sangue em meu vestido.

- O que você fez?. Em tom abalado tento falar com o que restou de minha voz.

- O necessário.

Os solusos são involuntários, lágrimas caim, meu corpo treme de medo. Mas em nenhum momento saio de perto do corpo de meu querido amigo.

- O QUE VOCÊ FEZ?. Você... Você é um monstro doentio.

- Não meu amor, Ele era. Diz ao se aproximar.

Nesse momento não teve como não se afastar. Levanto me as pressas e corro para a porta principal que está...

- Fechada. Você nunca sairá daqui se depender de mim.

O olho aterrorizada, sua doce voz deu lugar a um tom gélido apesar do semblante pacífico que insistia em manter. Eu começo a gritar por ajuda, mas isso parasse o irritar.

- CALADA. E em um pisca de olhos vem em minha direção.

Eu corro para as escadas, tarde demais. Sou arremessada para a mesa de vidro, a dor em minhas costas é insuportável. Não posso sentir minhas pernas, mas suas mãos me seguram pelo pescosso e me prende ao alto da parede. Tudo o que posso ver são seus olhos mudarem de âmbar para a mais profunda escuridão.

- Diz..DIZ QUE ME AMA e eu lhe perdoarei... Ella. Porquê?. Tudo que fiz foi por você. E quando chego em casa você está agarrada com outro homem. Que diz querer lhe levar para longe de mim....

- DIZ. Me assusto com sua voz, com sua força, com sua expressão perturbada. E com lágrimas no rosto digo com dificuldade.

- Eu... Eu NÃO lhe AMO!.

- Não minha querida, palavra errada. Ele me deixa a sua altura e se aproxima.

- DIZ. Susura por fim.

- EU NÃO TE AMO!.

- EU NÃO TE AM

- EU NÃO TE A

- EU NÃO TE

- EU NÃO T

- EU NÃO

- Eu na

- Eu n

- Eu

- E
 
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The angel redemptionOnde histórias criam vida. Descubra agora