- Chittaphon⊰

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   Mais um dia normal onde eu estou à caminho da faculdade. Eu poderia ter ido de carro se meus pais não tivessem inventado de sair agora a noite, mas né, vida que segue.

Vou andando e reparando no tão pouco movimento que havia ali, o que de certa forma me trouxe um desconforto. Não é muito agradável andar por Seoul depois que o sol se põe por dois motivos: primeiro que sou mulher então tudo fica mais complicado, e segundo que sou filha do dono de uma empresa famosa de cafés brasileiros aqui, que inclusive é a razão por eu morar na Coréia do Sul.

Já estava quase chegando quando sinto uma mão me puxar para um beco e empurrar meu corpo direto ao encontro da parede.

– SOCOR...- começo a gritar quando o homem não muito alto, e muito bonito por sinal, coloca seu dedo indicador na minha boca.

Ele parecia preocupado, olhava para os lados como se procurasse algo e eu comecei a me assustar.

– Não pense que vou te estuprar nem nada do tipo, ok? É só que...- ele ia sussurrando quando um grupo de homens de preto veio correndo pelo vulto que havia no fim do beco e, de repente, senti lábios macios e úmidos irem de encontro aos meus.

Eu queria empurrá-lo e chamar a polícia, bem, era o que meu cérebro dizia, mas meu coração estava acelerado como se dissesse o quão maravilhoso estava sendo a sensação daquela boca se movimentando na minha.

Os homens que correram pareceram nem ligar para nós dois ali e assim que sumiram perdi o contato com os lábios do garoto que nem o nome eu sabia.

– Desculpa, mas é que aqueles caras estão atrás de mim e não vi outra opção a não ser fazer isso...- ele pareceu constrangido e não me encarava nos olhos.

– Eu ia dizer "tudo bem, eu te desculpo" mas isso realmente foi errado!- disse quando meus sentidos voltaram ao normal.

– É, eu sei, desculpe mesmo assim.- ele falou agora olhando para mim e pareceu ficar surpreso.- Você é a ____?!! Filha do maior dono de empresas de café da Coréia??!

– Bem, sou.- disse com indiferença.- Mas isso não faz a gente mudar de assunto!

Ele parecia realmente não saber o que falar e olhava nos meus olhos como se tivesse perdido algo ali, o que logo fez eu me sentir desconfortável.

– Tem algo que eu possa fazer para você me desculpar?- ele perguntou e lambeu os lábios em seguida.

Eu realmente não sabia para onde meus sentidos estavam gostando tanto de ir que dificilmente ficavam comigo agora, e a consequência disso foi eu ter puxado seu pescoço e feito sua boca ir pela segunda vez na direção da minha e logo começar um beijo úmido pela segunda vez na noite.

De início ele pareceu chocado, mas não demorou muito para perceber o que estava acontecendo e pediu passagem com a língua, que eu cedi sem mais nem menos.

A falta de ar se fez presente e nos separamos, ele encarava minha boca agora como algo precioso e quando parei para pensar no que estava acontecendo me dei conta de que estava atrasada para a faculdade.

– Minha mãe vai me expulsar de casa e fazer um jogo de serial killer comigo!- disse desesperada pegando o celular e vendo que a aula na verdade já havia acabado.- É tudo culpa sua!

– Não fui eu que pedi um segundo round.- ele disse convencido e com um olhar malicioso e senti minhas bochechas esquentarem mais que o normal.- Aliás, me chamo Chittaphon.

– Chi... O quê?- perguntei olhando-o confusa.

– Esquece, me chame de Ten.- respondeu revirando os olhos.

❝NCT imagines❞ Onde histórias criam vida. Descubra agora