- Doyoung⊰

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  Eram exatamente 03:20 da manhã, quando Doyoung saiu da cama e eu estava acordada.

O sono me consumia, mas levantei mesmo assim. O segui pela casa inteira, até que o mesmo saiu sem dizer nada.

– Doyoung?- chamo pelo meu namorado.

Eu já estava fora de casa também e, para falar bem a verdade, era assustador estar de pijama nas ruas escuras de Daegu às quase 4 horas da manhã.

"Doyoung nunca fez isso, por que agora?" penso comigo mesma e logo avisto o moreno em frente uma floricultura.

Fui seguindo até lá chamando-o, mas nenhuma reação por parte dele.

– Dodo, ta tudo bem, amor?- perguntei chegando mais perto e começando a ficar preocupada.

– Você...-ele disse num sussurro audível, e aquilo deixou o clima meio tenso.- fuja _______.

Quando terminou de dizer eu continuei ali parada sem entender. O que estava acontecendo?

– Kim Doyoung, o que está havendo?- falei séria e de repente vejo lágrimas em seus olhos, e talvez por falta de luz pareciam mais escuras e densas.

Ele começou a bater a própria cabeça contra o vidro da floricultura e logo pude ver que o que caía de seus olhos não eram lágrimas, eram gotas de sangue.

Comecei a chorar e a gritar, mas todos estariam dormindo a essa hora.

–________.- ele disse parando de bater a cabeça no vidro e virando para mim.

Gritei ainda mais alto quando não vi seus olhos, havia somente um fundo preto de onde jorrava o líquido vermelho escuro.

Ele começou a andar em minha direção e, pela primeira vez, senti medo do que meu namorado poderia fazer.

Comecei a correr e ele, por sorte, não correu, apenas andava.

Peguei meu celular de forma meio desajeitada e liguei para o primeiro número que vi.

alô? - disse uma voz que reconheci ser Taeyong.

– Tae? Oi é a ________! Tem como vir logo, por favor EU IMPLORO!- pedi chorando alto.

Desculpa, não vai dar... To em uma boate fazendo rap, mas quem sabe depois ______. Tchau!- terminou de dizer e eu fiquei com vontade de socar a cara desse idiota.

Continuei correndo até que cheguei em uma farmácia que felizmente estava aberta.

– Olá, moça. Precisa de algo?- perguntou um atendente em baixo do balcão, e assim que levantou vi que era Jaemin.

– Nana, meu anjinho, eu preciso de ajuda.- falei ainda acalmando minha respiração e tentando não chorar, ele me encarava curioso.- O Doyoung está... bem... sabe?- como diria isso?

– Está sem os olhos e o sangue não para de escorrer?- perguntou calmamente e voltou para baixo do balcão.

– C-como sabe?- o clima tenso havia voltado.

– Ora, _______, todos somos assim.- levantou, mas agora com uma caixinha nas mãos.

Ele retirou os olhos dele do lugar e, assim que iria começar a sangrar, colocou-os de volta.

Eu comecei a tremer e sentia náuseas.

– Doyoung provavelmente apenas perdeu os dele.- disse rindo e eu ri nervosa.

– Mas sabe... Ele me avisou para fugir.- tentei falar aquilo normalmente mas era estranho.

O semblante de Na Jaemin estava sério agora e as portas da farmácia fecharam em um estrondo, uma pessoa sensível ficaria surda.

– Não se deve deixá-los fugir.- ele disse com uma voz grossa e que ecoava no local. Repetiu a frase várias vezes, se aproximando mais de mim a cada vez que falava.

  Eu não reproduzia nenhum som e chorava sem parar.

Chegou um momento que as lágrimas se tornaram tão espessas a ponto de quererem empurrar meus olhos. A dor era torturante e eu só queria sair dali.

Tudo ficou preto e um líquido caía sobre minhas roupas.

– ________?!! ACORDA POR FAVOR!- uma voz gritava ao meu lado e parecia desesperada.

Abri os olhos devagar, estava encharcada e Doyoung me encarava preocupado.

– Que bom que acordou!- disse me abraçando enquanto eu me recuperava do choque.- O que aconteceu?! Você não parava de chorar e se debater, falava que estava fugindo de mim.- me soltou do abraço e voltou a me encarar.

Eu o olhei bem para ter certeza de que era meu Doyoung e assim que tive o beijei com todo amor e carinho do mundo.

– Kim Doyoung eu te amo e por favor continue com seus olhos.- falei encerrando o beijo e indo pegar meu celular.

– Vai ligar para alguém?- me encarou confuso.

– Vou sim...- poderia parecer uma paranóica mas precisava confirmar.

hm...alô?- disse uma voz sonolenta e grossa que tive a certeza de ser Taeyong.

– Taeyong onde está agora?- perguntei séria e um Doyoung surpreso me encarava.

ué... eu acho que em casa...- falou confuso e deu um bocejo em seguida.- _______ vai dormir, doida.- falou por fim e desligou a chamada, não julgo, faria o mesmo.

– Certo, agora o Jaemin.- disse apreensiva.

Depois de um tempo tocando ele finalmente atende.

________?- fala Jaemin com voz de sono.

– Você está em uma farmácia ou consegue arrancar seus olhos?- perguntei e Doyoung abriu a boca para falar algo, mas desistiu.

hm... pera.- ele parou de falar um tempo e logo voltou para a chamada.- não, não consigo arrancar meus olhos e eu não trabalho em uma farmácia... Tá tudo bem?- sua voz demonstrava preocupação e suspirei de alívio.

– Tá sim, tchau.- desliguei e deixei o celular de lado.

– Uau, vou preparar um chocolate quente para você.- falou me estranhando e foi até a cozinha preparar o tal chocolate quente.

Eu realmente não quero ter pesadelos assim novamente.

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Oi pela segunda vez hoje KJKJK
Eu tive uma crise de ansiedade agora a pouco então achei melhor escrever para me acalmar.

Gostaram do tema de terror? KKK
O legal é que foi inspirado em uma ideia que tive enquanto via uma aula online. E S T R A N H O.

Uma boa noite para vocês, anjinhos ❤

❝NCT imagines❞ Onde histórias criam vida. Descubra agora