- Johnny⊰

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  Aqui estava eu novamente, em um bar bem decorado onde tocava Arctic Monkeys. Era normal que eu viesse todas as sextas, como hoje, mas dessa vez havia um motivo específico.

Mais cedo quando cheguei em casa antes do horário habitual, depois do trabalho, vi meu namorado se agarrando com uma vadia qualquer no sofá, e como toda corna sensata: terminei.

E por mais que eu fale isso de maneira natural, eu não estava bem com isso, amava ele, e isso foi como segurar gelo com sal por duas horas.

– Hey... Hey ________!- saio do meu transe com o atendente me chamando.- O que houve para você não estar dançando ou cantando como sempre faz aqui?

Ri um pouco e então falei:

– Não tem motivos hoje para cantar ou dançar, Johnny.

– Oh, já compreendi tudo.- disse sério e se afastou indo até as bebidas e as olhando intensamente.

Johnny era simplesmente o melhor barman que poderia existir, pois não era só bonito, ele sabia exatamente como agir e era um ótimo amigo.

– Uma foto duraria mais, ok?- disse rindo e percebi que o encarava demais, logo desviando o olhar para as mesas do bar.

Me entregou um copo com um líquido vermelho e desconfiei.

– Não se preocupe, é apenas uma caipirinha de groselha feita por mim.- respondeu minha dúvida de forma convencida.

Bebi um pouco, sentindo sem muita demora a ardência já conhecida por mim. A bebida era maravilhosa.

– Uau, você se superou nessa aqui!- falei e dei mais um pequeno gole.

– Eu sei, para corações partidos sou especialista.- piscou e saiu para atender outro cliente.

Meu coração parecia realmente reconstruído, não muito claro, mas já estava melhor que antes.

Quando deu uma da manhã eu já me encontrava com sono na bancada enquanto brincava com meus dedos.

De repente, senti alguém segurar forte meu ombro e me virar.

– O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! ACHOU QUE EU ACEITARIA UM TÉRMINO VINDO DE VOCÊ, VADIA?!- um homem gritou à minha frente e antes que eu pudesse recuperar meus sentidos e responder, senti meu rosto doer com um tapa.

Os dois outros clientes que estavam ali se assustaram e eu chorava por não saber o que fazer.

– Ei, cara, se afaste por favor.- veio Johnny com a voz mais grossa que o normal.

– Já arranjou outro, putinha?- disse o homem, que agora eu identificava como meu ex, e apertou mais meu braço.

O barman maravilhoso veio e empurrou-o, fazendo com que caísse no chão.

– Sinto muito, mas o bar está fechando agora pessoal.- disse ele e os clientes rapidamente compreenderam, deixando os pagamentos nas mesas e saindo.

Enquanto o outro atendente recolhia as quantias e guardava no caixa, Johnny tentava ser pacífico ao máximo e expulsava o meu ex.

– Quer saber? Brigar com você nem tem graça! Fique com a corna filha da puta ali, nem ligo também.- falou por fim e foi embora.

Eu me sentei no chão e passei a chorar mais, não por ele, mas pela situação que estava minha vida agora.

Braços grandes me rodearam e me mantiveram quentinha.

– Eu estou aqui com você e nada do que ele disse sobre você é verdade, certo?- falou Johnny secando minhas lágrimas e logo em seguida selou meus lábios.

Eu não sabia se tinha parado de chorar porque gostei daquilo ou porque estava em choque, mas um Johnny sorridente apareceu depois disso, o que me fez sorrir também.

E o dia que era para ser o pior da minha vida se tornou o dia do meu novo começo.

– Ahn... Tem um problema.- falei nervosa.

– O quê?- perguntou ele com uma expressão confusa.

– Meu ex sabe onde eu moro e...- fiquei com vergonha de terminar.

– Você pode morar comigo por enquanto, não se preocupe com isso agora.- me selou pela segunda vez e ficamos ali até que a vontade de ir embora aparecesse.

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Imagine rápido fresquinho hein

Minhas provas iniciais acabaram, agora só em abril.

E bem, minha energia caiu aqui então estou aproveitando para ir adiantando os capítulos :)

beijinhos beijinhos 💖

❝NCT imagines❞ Onde histórias criam vida. Descubra agora