A chegada

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Situada em Nevill uma casa branca de estilo inglesa, com mais quarto que habitantes bem no topo da colina é conhecida como a mansão dos consh. Começando pelo enorme terreno real com jardim bem cuidado passando pela porta de carvalho pesada da entrada principal.
A decoracão de dentro é uma mistura de um rústico ocidental com alguns toques modernos, a maioria dos móveis são castanhos com detalhes dourados, as tapeçarias são  italiana foi a melhor do séc XlX, continuado pelos enormes corredores onde as  paredes são decoradas por retratos de descendentes Consh entre eles um narigudo de barba cadeado, uma mulher de rosto amargo, bulso bem acentuado e o nariz meio torto, até a pintura de uma velha senhora trajada de preto.  Bem no final do segundo corredor acontecia um ritual que era quase diario nos últimos dias após a visita de dois homens.

-Lady Catherine...Catherine...o pequeno almoço está servido...tem geleia de tâmaras-  a mulher bateu a porta do quarto pela última vez, manteve-se de pé na esperança de ser respondida.

Depois da morte dos senhorios a casa tornou-se num verdadeiro festim de melancolia,  sobrando apenas o resmungar de alguns empregados e o silêncio crónico que habitava no quarto da senhorita Catherine Laureen Consh. Era uma casa cheia no exterior e vazia no interior.

- Grisalda!!!- ouviam-se passos apressados que ecoavam pelo corredor, bem no fundo  vinha uma mulher era morena baixa e usava o uniforme de empregada um pouco amarrotado - CHEGOU CHEGOU... - aproximou-se da senhora que apanhava moscas a  espera de uma resposta do outro lado da porta -

- O que é Olímpia ? - perguntou Grisalda, sem perceber o motivo da corrida  -  devagar! Respira mulher!

Griselda era governanta da casa a mais de 17 anos, exerce um trabalho honesto, é o que diz para si todos os dias ao levar da cama,  mudou-se para Nevill a procura de melhores oportunidades, diferente dos outros membros da sua vasta família que permaneceram nos subúrbios de Londres.
Era comum receber más noticias por parte da família, eram sempre às mesmas cartas alguém precisa de dinheiro para pagar dívidas, o primo foi preso precisa de dinheiro para pagar a sentença ou apanhou varíola e precisa de dinheiro para os remédio no princípio ainda tentava suportar e mandava quase todo salário para ajudar os parentes mais necessitados, mas com o tempo o salário ficou mais curto e as cartas mais longas, quando recebe cartas do género cospe nelas amaldiçoa aqueles chupadores de salário, é assim que os chama. Desde então Grisalda já não mantém contacto com a família a mais de 6 anos vivendo solenemente para os consh.

- As cartas foram respondidas ...- Olímpia inclinou-se tentado recuperar o ar  - lá fora...o homem...Quer falar com a dona da casa...

- Oh Meu Deus, bem dito seja as tuas acções e os teus pés que pisaram no pecado. Estas a espera de que ? Vai para la menina, eu tento tirar a Catherine do quarto.

- Nem pensar! Não sou de ferro nem nada- respondeu Olímpia já com fôlego recuperado- com esse calor? Ainda desmaio no caminho...

Ouviu-se o trinco do quarto e a porta rengiu e por de trás daquela cortina de escuridão  saiu uma mulher, os cabelos compridos e castanhos as pontas levemente espigadas prendia num rabo de cavalo feito a semanas,  tinha os olhos castanhos e bem grossos os lábios finos, e muitas olheiras para a pouca idade, usa o vestido branco comprido por cima um roube creme com antigo brasão da família uma concha aberta com duas pérolas no meio.
As duas mulheres estagnaram, Olímpia pensou seriamente em fechar a boca mas não conseguia, Griselda por alguns minutos apanhou uma leve tontura então  segurou na parede. Já fazia semanas que Lady Catherine não saia do quarto deixavam as suas refeições na porta e poucas vezes ela comia deve ser por isso que está mais magra.

- Onde é que ela está ? - Catherine olhou para as duas estavam mais morta do que vivas era escusado esperar uma resposta, amarrou o roube e saiu disparada do quarto -

Consh: A cidade bem Falada. Onde histórias criam vida. Descubra agora