CAPÍTULO XXVIII

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Estava em casa, sentada no sofá, olhando para tv desligada. Meu pai chegaria daqui a pouco, como sempre fiz a janta e tomei um banho.

As meninas se ofereceram para ficar comigo, mas não quis. Harry também entendeu que eu precisava de espaço e como era sexta, prometeu vir no sábado de manhã para me buscar antes do jogo.

Pego um cigarro e saio pra fora de casa, fazia alguns dias que não fumava, mas hoje eu precisava, relaxar era tudo o que mais queria.

Avisto o corpo de meu pai chegando, ele ao abrir o portão, sorri ao me ver:

— Charlie querida. O que faz aqui fora? Vai se resfriar...

— Preciso relaxar... Você já sabe?

— Sim... — Ele suspira. — E-eu...

— Pai, me desculpa mesmo, sei o quanto foi duro para você me por lá... — Por algum motivo eu começo a chorar. — Eu sou uma decepção para você... — Jogo o cigarro no chão.

— Ei, ei, ei! Você não é uma decepção para mim Charlotte! — Ele senta ao meu lado e me abraça. — Você me lembra a mim sabia? Eu era assim também, não levava desaforo para casa! — Diz ele afagando meus cabelos, eu o olho e ele ainda estava sorrindo— Mas me prometa que vai trabalhar nisso!?

— Não me pede o impossível... — Brinco.

— Vem vamos entrar!!!

Naquela noite fizemos pipoca e pedimos pizza. Papai iria sair com a mãe de Mônica amanhã, fico feliz por ele sabe, e por algum motivo ele não pediu explicações do ocorrido de hoje na escola.

Depois de guardar a louça já seca, olho em volta para conferir se está tudo organizado antes de Harry vir me buscar. É pensando nele que ouço a buzina do seu carro, subo a escada para o piso superior da casa e pego meus pertences, antes de sair, confiro se as janelas estão fechadas e tranco a porta:


— Hey... — Fecho a porta do carro, Harry tinha uma touca de lã, bochechas rosadas e a ponta do nariz também.

— Hey... — Ele se aproxima para me beijar.


Ficamos um tempo ali, nos beijando até seu celular tocar:

— Oi.

— Harry, pode passar no mercado e pegar absorventes para mim? — Era uma voz feminina e familiarizada. Ele faz uma careta e eu dou risada. — Chars?

— Olá Gemma.

— Oh... Que saudade sua! Hamm... Obrigada irmão, Chars ajude ele por favor, se não é capaz dele fazer confusão. Até logo!

— Até Gem. — Harry desliga o celular. — Empata foda.













Logo chegamos na casa de sua mãe, ela estava mesmo radiante, entramos na cozinha e ela nem percebeu, continuou a cantarolar:

— Alguém teve uma noite produtiva ... — Harry brinca.

— Styles! — Ralho.

— Brincadeirinha mãe. — Ele vai até ela e da um abraço.

— Tudo bem Charlie, estou acostumada com a ingratidão desse garoto. — Ela sorri. Anne volta a se concentrar nas panquecas em que fazia.

Charlie || Harry Styles Onde histórias criam vida. Descubra agora