In those heavy days in June.

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Capítulo 2

Após minutos de procura e nenhuma aparição de sua câmera, Jeon JungKook passou a ficar triste, era uma das suas preferidas e tinha imagens tão lindas do seu amor ali. Em sua mente não se passava as possíveis consequências de tal sumiço, só no valor sentimental que ela possuía, era um presente do Park quando eles fizeram 4 anos juntos.

Frustrado, sentou-se na cama com um biquinho nos lábios e a feição triste, os olhos grandes do rapaz ainda olhavam aos arredores do apartamento mas sem resultados, inquieto passou morder os lábios sem perceber e a mover as mãos e a perna involuntariamente.

— Amor, não fique triste, o que tinha ali dentro de tão importante?

Perguntou o Park, em seu retorno ao quarto, ele estava na cozinha à procura do equipamento. Sabia que era importante para o mais novo, aquilo o preocupava um pouco. Por isso, foi se aproximando aos poucos, se encaixando entre as pernas semi abertas deste e fez questão de levantar o rostinho ainda triste.

— Foi um presente seu, amor. Eu não podia ter perdido ele assim… tinha vídeos e fotos suas dormindo e estavam tão bonitos.

Ele riu baixo com os dizeres do seu namorado, segurou seu rosto fazendo com que olhasse para ele, tocou em suas bochechas com o polegar onde afagou minuciosamente. Era encantador encarar as orbes negras e notável por seu tamanho, podia ler a alma de Jeon através deles pois era translúcido e suscetível, algo de extrema intensidade e sensibilidade.

Inclinou-se para beijá-lo, no topo da cabeça, calmo e demorado, logo desceu para o seu nariz, que era grandinho que Jimin achava uma fofura, pois combinava com o mais novo, aproveitou e deu uma leve mordida, o que fez rir tímido, até chegar ao seu objetivo final que eram os lábios do moreno, onde friccionou os seus grossos aos dele. Lhe distribuía selinhos curtos e longos alternadamente e lhe sussurra entre os lábios:

— Calma, foi um acidente.

O mais novo passou a abraçar sua cintura, ainda estava chateado com a perda e não somente isso, passou a refletir sobre o conteúdo que tinha em sua câmera que se parasse em mãos erradas seu romance estava arruinado. Seu coração doía só de imaginar essa possibilidade, agarrou-se com força a ele como isso fosse o libertar daquela sensação horrível dentro de si. Sentia um pressentimento ruim e uma enorme vontade de chorar, mesmo que isso não fosse muito comum para si.

— O que houve? — questionou o loiro confuso.

— E se alguém pegou e usar as imagens dela contra a gente? Eu estou com muito medo! — seus dedos estavam quase brancos por tanta força que fazia sobre a cintura do mais velho, que por sua vez apenas lhe tocou como um pedido de calma.

— O que você tinha filmado?

— Você dormindo de cueca e um pouco da cobertura, depois disso eu acho que desliguei e pus na mesinha.

— Você aparece?

— Não.

— Então tá ótimo, não me importo de ser exposto se for o caso, eu só não quero que isso te afete.

Ambos permaneceram abraçados mas nada do coração do moreno se acalmar, tinham que se apressar, afinal, o paraíso havia chegado ao fim e o que ia restar era a saudade daquele encontro. Combinaram chegar em horários diferentes no aeroporto, o mais novo foi na frente já que havia de passar em casa para resolver assuntos pendentes com seu pai. Era doloroso para os dois, no entanto, era a única coisa que podia fazer no momento.

———————

Os dias foram monótonos depois daquele encontro, a vida de ambos estava mais corriqueira que antes, entre viagens e reuniões de negócios, sequer, conseguiam se falar todos os dias e as mensagens rápidas e curtas deixavam ainda mais saudade em seus corações. Só queriam voltar ao tempo em que se conheceram, que podia se ver todo mês sem falta e as coisas eram relativamente mais fáceis.

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