June

When love became an act of defiance

Antes de lerem o último capítulo, muito obrigada por todo o feedback que a teve durante esse tempo, vocês são demais!

Agora leiam um avisinho para entender melhor o último cap.

ajabuticabinha: oi, oi. Vamos esclarecer umas coisinhas, para que seja melhor a compreensão de algumas coisas que aconteceram no último capítulo, e que faram muita diferença nesse capítulo.
É possível que alguém se questione sobre a atitude do JungKook e do Jimin, que apesar da idade avançada obtaram pela submissão nos atos decorridos a relação deles. JungKook não ia contra o pai, primeiro por que o amava muito e acreditava na possibilidade de melhora dele e assim poderia contar sobre sua relação com Jimin. Eu acho que já falei no começo, Jungkook é amor, ele purinho, não ninguém como sendo inteiramente negativo. Ele vai passar a ficar na defensiva com Pai, depois desse capítulo, mas ainda sim não acredita que ele seja tão ruim. Agora, a relação do Jimin com a filha, eles tinham uma amizade bem forte, e o pai mentiu sobre ter alguém e não só ficou chateada como teve um pouco de ciúmes da parte dela. Acho que é esto, tchauzinho.

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Desde aquele instante, Jimin nunca mais foi o mesmo, ver seu amor sendo levado pra longe era pior que tortura, coração se partia um pouco a cada segundo e o medo, insegurança lhe faziam morada. Pensava em como as coisas aconteceram até chegar tal ponto, onde eles erraram afinal pra ter tanto sofrimento e dor?

Ele apenas refletia, enquanto seus olhos enchiam-se de lágrimas, derramando-as em seguida  quase como cachoeiras por tamanha quantidade, estas que lhe tomavam o rosto e caíam em sua roupa sem pudor, o libertando do pouco da culpa que atribuía a si. Seu amor sofria,  sofria por saber que este também vivenciava o mesmo, sofria pela confiança quebrada da sua filha... por tudo. Aquilo ia aos poucos sendo levado junto às lágrimas, que duraram horas para se dissipar.

Os dias após a partida de JungKook foram lentos e muito mais tediosos que o comum, não como nos tempos em que passaram seis meses sem se verem, aquilo foi um quase adeus, mesmo com promessa de volta e de sua procura. Ele não sabia de fato o que fazer.

Jiyoon ainda estava chateada, evitava conversas muito longas com o pai e até mesmo olhá-lo diretamente, estava no seu direito de se permitir sentir assim, afinal foram anos de relacionamento do seu pai e ela fora excluída de viver isso junto a ele. Sendo muito nova e imatura, não sabia de fato o que as consequências do amor de seu pai poderiam ter e, bom, ela pôde notar aos poucos os inúmeros efeitos disso.

Park Jimin estava cansado demais da culpa, dos julgamentos, de não saber como encontrar o seu amor, de sentir-se sozinho pela ausência afetiva da filha. Ele voltou a beber, havia parado assim que conheceu o mais novo, mas em sua atual situação não havia outra forma de fugir da realidade que tanto o machucava.

A pequena Park notou que seu pai sucumbia com o passar dos dias, mesmo que escondesse a bebida em sua presença ainda era perceptível que havia ingerido algo pelo cheiro, além disso, encontrou inúmeras garrafas jogadas  no quintal de casa, aquilo a assustou de tal forma que decidiu se aproximar dele.

Nesse dia, ela chegou mais cedo do colégio, entrou pelos fundos da casa e observou o comportamento do pai — que precisou se ausentar do trabalho, pois sua condição psicológica não era favorável naquele momento —, ele bebia e chorava sem parar olhando fotos de JungKook e chamando seu nome diversas vezes.

Aquilo era o fim para a pequena ômega, seu peito ardia pois sentia o sofrimento que seu pai levava consigo, e, lhe machucava ainda mais saber que ela contribuía para tal coisa, não o auxiliou no momento em que mais precisava, o que julgou egoísta de sua parte.