Prólogo

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Centro do Rio de Janeiro, 2:30 da manhã.
—Mas dona Maria, não vamos nos meter nisso não!
—E vai deixá esses maluco estrupá a menina? Eu vou lá sim.
Dona Maria, uma senhora, negra, perto de seus sessenta anos, passa as noites no centro da cidade do Rio de Janeiro a catar papelão, muito conhecida na região depois de mais de 20 anos andando nas ruas sujas e estreitas, diversas empresas e lojas a esperam para poder passar as caixas para ela. Ao passar por dois moradores de rua já conhecidos por roubo e uso de drogas, ouve eles falando que iam "pegar a menina nova", e os comentários sobre o que pretendiam fazer não eram nada bons.
Ela sabia de quem estavam falando, a "menina nova" era uma estrangeira que estava perambulando e dormindo nas ruas a alguns dias já. Ela mesma já tinha tentado ajudar avisar aos policiais sobre ela, mas ninguém quis saber e ninguém entendia o idioma que ela falava. Uma menina bonita, dormindo nas ruas, certamente iria chamar a atenção de maus elementos como aqueles. Muito convicta, ela pega a sua "proteção", um facão comprido que usava para ameaçar quando "se metiam a besta" com ela, e vai na mesma direção dos dois homens mal intencionados, ela sabia que a menina dormia embaixo das marquises na rua do Carmo, esperava chegar lá a tempo.
Seu acompanhante, o "Jorginho", um senhor que parecia ser mais velho que ela, muito magro e baixo, era um senhor negro, já com cabelos e a barba brancas, andava pelas ruas estreitas da cidade, juntos enchiam seus carrinhos de papelão. Estava muito contrariado, mas sabia que ela estava certa, só esperava não se meterem em mais confusão.
O que nenhum dos dois sabia, era que a menina a qual os dois estavam indo proteger, não era apenas estrangeira, era alienígena, e não era nenhuma menina.

Livro integral já publicado, disponível na Amazon versão física e digital, e versão física disponível para o Brasil pelo clube de autores.

Página do livro:
https://www.facebook.com/rogerio.macedo.autor

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