Na manhã seguinte a vida seguia seu curso e rapidamente Duanny se adaptava a aquele novo mundo cheio de magia, enquanto isso seu tio se preparava para mais uma incursão no sobrenatural ou oque ele assim chamava: -Duanny se apronte vamos sair em dez minutos .
A nova visita era em uma casa que ficava próxima a estrada, estando assim bem afastado da cidade, cenário perfeito para o sobrenatural. Ao chegarem foram recebidos por alguém que já passara dos quarenta, ele os recebera de maneira tranquila apesar da natureza do problema:- Bom dia senhores meu nome é Finneas entrem, por favor.
Mikimba e seu sobrinho adentraram e foram convidados para sentar, lhes fora oferecido bebidas que foram recusadas: - Obrigado Senhor Finneas, nós não bebemos em serviço, bem me conte a natureza do seu problema.
-Bem aqui sempre foi muito tranquilo mais ultimamente tem ouvido uns sons estranhos, vultos e coisas desse tipo, sabe particularmente eu não acredito nessas coisas, mas pra tirar a duvida resolvi chama-los.
- Aconteceu alguma coisa diferente, rituais, cultos, alguma morte?
-Não como eu disse não acredito em coisas sobrenaturais, não faria nada assim.
-Bem desculpe questionar mais é o nosso protocolo, e quanto a morte ouve algum falecimento recente?
A pergunta o havia deixado consternado seu semblante mudou subitamente, sua resposta, entretanto foi evasiva e respondida com um riso falso: - Bem minha mãe morreu há muitos anos eu não tenho mais ninguém próximo, não acho que depois de tanto tempo ela resolveu me assombrar (risos).
- Bom talvez você tenha mexido na decoração dela, sabe nem todos os espíritos são fantasmas a maioria deles convive com você sem se quer você notar, basta alguma coisa que os deixem chateados eles voltam pra reclamar, nem tudo é punição talvez ela só queira que você se lembre dela.
-Eu acho difícil por que essa casa é nova eu me mudei pra cá à pouco tempo e esses moveis são todos meus.
-Está bem senhor Finneas, podemos dar uma olhada na casa?
-Claro, fique a vontade.
Duanny abre a maleta e pega uma vareta vibratória que mede a variação de corrente no ambiente enquanto Mikimba o acompanha com câmera portátil. Um a um eles investigam os cômodos da casa enquanto Mikimba lhe mostra os primeiros passos da sua nova profissão.
Mikimba lhe mostra como trabalhar com instrumento: - Está vendo Duanny á vareta é como uma vara de pescar, quanto mais ela pende é o caminho deixado pela entidade como um rastro de energia.
Duanny: - Pra que a câmera?
-Câmeras e gravadores registram coisas que nós não vemos ou ouvimos os espíritos conseguem se esconder dos nossos olhos, mas os aparelhos captam qualquer coisa.
Eles entram no quarto e adentram o banheiro Mikimba novamente da lhe mais ensinamentos: - Olha esta vendo é um espelho, a maioria das entidades se comunica através deles toda vez que eles aparecerem não olhe pra trás tente entender oque eles dizem. Ao saírem do quarto ele abre a bolsa e retira pequenos pedaços de madeira: - Vê isso são calços, toda vez que passar portas coloque isso, algumas entidades fazem armadilhas, você não deve ficar preso em nenhum lugar, tenha sempre suas rotas de fuga.
Continuaram pela casa adentro sem nenhuma irregularidade até que a vareta começa e defletir em direção ao sótão oque chama a atenção de Mikimba que capta algo estranho: - Duanny aponta a vareta pra lá.
A vareta fica rígida em seguida cai: - Você viu alguma coisa?
Mikimba: - Não só ouvi algo muito baixo parece um choro de criança.
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O quarto das Sombras
HorrorLidar com o sobre natural sempre foi algo natural para Mikimba, crescendo em uma família que lida com magia negra ele fez disso seu negócio, porém ele acaba despertando uma força poderosa que irá destruí-lo e a todos que ele conhece se não for pa...