Doce Vingança

" Oi. Meu nome é Jacob".

Narração por Jacob

Ah querida diretora. Você não tem noção de como sou cuidadoso com tudo o que faço. Antes de tudo, hackeie o sistema de segurança do colégio. Mas isso já faz uns dois anos. Quando invadiram a piscina da escola para uma festa, e adivinha só? Não fui convidado. Sempre fui excluído aqui, sem amigos. Bom voltando a invasão da piscina. Eu queria saber com quem estava as chaves para ter invadido. O caso nunca foi solucionado, achei estranho. Um colégio super caro de Elite, cheio de câmeras, não conseguir solucionar esse problema. Resolvi hackear. Pedi para fazer um trabalho na sala de computação no fim de tarde, horário que fica sempre vazio. Consegui invadir o sistema de segurança, tendo acesso às câmeras. E adivinha só? Foi a Júlia quem tinha invadido o colégio para festinha particular com os amiguinhos dela. Ela estava dando para o segurança do colégio. Como eu já havia dito antes, ela não perdoava ninguém. 
Resumo: como a família da Júlia era muito rica, eles fizeram uma doação bastante generosa para escola, calando esse assunto.
Desde desse dia, sempre tive acesso à rede de segurança do colégio. Para não me ferrar, apaguei as imagens que aparece eu vigiando o corredor para Gb e John. Sinto muito meninos, era vocês ou eu.
Com o "arrombamento" do meu armário, fui reclamar, na secretária, "super indignado com o roubo do meu diário".
Agora é só questão de tempo para a Katherine se pronunciar sobre o caso.
A cara dela de desespero quando a diretora falou o ocorrido, com certeza foi a melhor coisa que eu presenciei hoje.

Narração por Katherine

Meu Jesus! E agora? O que eu faço?
Puxei Elena e Caleb para um canto da quadra e contei tudo o que tinha acontecido.
Elena diz: amiga, e melhor você ir na diretoria se explicar. Você não tem culpa.
Katherine: Eu sei. Ma esse diário é super pessoal. Vai que não acreditam em mim? Além da minha reputação ficar abalada, adeus festas, viagens. Meus pais vão me tirar tudo.
Elena: E eu achando que você realmente estava preocupada com quem perdeu o diário. Mas só está pensando na sua reputação e status.
Katherine: O que deu em você em? Era para você me ajudar. Está de tpm minha filha?
Caleb: Opa, briga de gatas
Katherine: Se não for ajudar, não atrapalha.
Caleb: Ok nervosinhas. Primeiro, você Kath, tem que ir na diretoria. E só conversar, eles consequentemente vão olhar as câmeras de segurança e ver que você não tem nada haver com o roubo. Depois vai organizar essa sua festa, pois ela promete. E Elena minha querida, você precisa transar com alguém nessa festa. Você anda muito estressada.
Não pode conter o riso nesse momento. Quando Elena iria xingar Caleb, disse que iria para diretoria me explicar, antes que fosse tarde demais.
Chegando na sala de espera da diretoria, vi um garoto sentado cabisbaixo. Ele era moreno, magro, cabelos pretos, com uma touca preta na cabeça. Que por sinal era bem surrada, com certeza é de baixo nível, uns dos bolsistas que essa escola aceita.
Falei com a secretaria, que precisava urgentemente falar com a diretora Loren. Ela disse que teria que esperar, pois já tinha uma pessoa na minha frente. Como assim? Eu sou prioridade nessa escola, sempre fui. Logo eu disse: Sou Katherine Waldf. Com certeza ela vai me receber agora.
No mesmo instante fui anunciada para entrar na sala da diretora. Gosto assim.

Diretora Loren: Sra., Waldf. Que prazer imenso da sua presença.
Reviro os olhos e respiro fundo. Odeio puxa saquismo de gente velha. Logo digo: Diretora Loren, tenho algo muito importante para lhe contar sobre o roubo do diário, que ocorreu mais cedo.
Diretora: Por favor Sra. Waldf, sente-se.
Sente de frente para ela, um pouco nervosa, mas não demonstrei, me mantive firme. Papai sempre diz que nunca devemos demonstrar a nossas fraquezas para os outros.
Retirei o diário da bolsa e mostrei para ela. Contei que não tive culpa, que colocaram no meu armário.
Logo em seguida ela pega o telefone, e diz para secretário chama um tal de Sr. Jones. Mas quem é esse tal de Jones? Meu problema é mais importante. Como ela ousa chamar u estranho para atrapalhar a nossa conversa.
A secretaria de maquiagem barata entra, dizendo que o tal de Jones está entrando. Logo vejo que o carinho que estava na sala de espera da secretaria, o carinha com a toca preta surrada.
A diretora se levanta e diz: Sra. Waldf, esse é o dono do diário, Sr. Jones.
Minha cara foi no chão, como assim? Me levantei rapidamente envergonhada, e peguei o diário indo até ele e disse: Sinto muito pelo o que aconteceu. Eu não sei como ele foi parar no meu armário. Eu sinto muito, muito mesmo!
Eu fiquei muito nervosa, não consegui disfarçar. Isso nunca me ocorreu. Ele me olhou nos olhos. Seu olhar me intimidador, intenso, como se estivesse tentando ver dentro de mim. Nem quando eu fazia as minhas besteira e papai desconfiava, usava seu olhar intimidador que eu sempre tive medo, mas não demonstrava, como ele insinuou. Sempre fui uma boa mentirosa e atriz. Mas esse garoto da toca surrada, mexeu comigo, me deixou totalmente vulnerável. Será que é porque eu li o diário e me identifiquei com ele?
Então ele finalmente disse algo e parou de me encarar.
Jacob: Foi você que roubou meu diário? Disse ele num tom meio ríspido.
Muito nervosa e envergonha disse: Não, não mesmo. Eu achei no meu armário, como eu disse.
Jacob: Então arrombam meu armário e do nada meu diário aparece no seu armário. Qual é o seu nome mesmo ?
Katherine: Katherine Waldf!
Jacob: Digam-me, seu armário foi arrombado também Katherine?
Katherine: Não.
Jacob: Então como foi parar lá? Nesse instante a diretora interrompe e diz: Sr. Jones. A Sra., Waldf é uma menina exemplar aqui  na Constance. Ela jamais seria capaz do tal ato de vandalismo.
Graças a Deus essa velha disse alguma coisa que preste.
Jacob: Só quero que descubram quem fez isso comigo. E seja lá quem for, tem que pagar caro. Não se viola a privacidade de uma pessoa assim. Ele disse isso me encarando. Senti um arrepio em todo meu corpo. Algo nele me fazia ter medo. Mesmo assim me sentia culpada, por ter lindo algo muito íntimo.
Saímos da sala da diretora. Jacob andava rápido e nervoso. Eu tentei acompanhá-lo para me desculpar.
Corro um pouco e paro de frente para ele.
Katherine: Olha, eu sinto muito por tudo.
Ele olha sério para mim e diz: Só uma pergunta. Você leu?
Katherine: Sim...
Jacob: Legal! Agora você e seu grupo vai zombar de mim.
Katherine: Eu jamais faria isso. Eu entendo o que está passando. Sei como dói perder alguém.
Jacob respira fundo e me olha novamente, e passa as mãos nos rosto. Parecendo está se acalmando.
Jacob: Desculpa a grosseria. Você era amiga da menina que se matou né?
Katherine: Sim. Hoje é meu aniversário, também faz um ano que ela fez isso.
Jacob: Sou um idiota. Me desculpe, por essa grosseria toda.
Katherine: Tudo bem. Mas precisamos descobrir quem fez essa sacanagem com a gente.
Jacob: Tenho certeza por você está envolvido vão resolver o caso de maneira correta.
Fiquei triste ao ouvir isso. Ele se sente inferior, por ser de uma classe muita abaixa da nossa. Tive uma ideia, Jacob já sofreu muito como eu, a vingança que ele decidi para os culpados, vou propor a diretora.
Katherine: Jacob né?
Jacob: Só Jake.
Ótimo, ele está abaixando a guarda.
Katherine: Como sou bastante influenciadora aqui na Constance. O que você decidir fazer com os verdadeiros culpados, estarei contigo nessa.
Jacob: Só quero que sejam expulsos.
Katherine: Nossa, que falta de imaginação. Eu imaginei, tortura, bullying.
Jacob ri de mim. Ele tem um sorriso tímido e charmoso ao mesmo tempo.
Jacob: Para mim já basta. Bom, eu tenho que ir, vou perder o metrô.
Katherine: Posso pelo menos pagar um Uber para você? Por favor.
Katherine: Não precisa Katherine. Essa é a minha realidade diária. Sou acostumado com ela.
Katherine: Me chama de Kath, e assim que meus amigos me chamam.
Jacob: Somos amigos agora?
Katherine: Bom, eu já sei bastante coisa da sua vida agora.
Jacob: Você guardando segredo está ótimo. Até algum dia Katherine. E... parabéns.
Katherine: Até Jake.

Continua...