Capítulo 6

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NICOLE

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NICOLE

DESDE QUE CHEGUEI DO EUA ESTOU MORANDO COM MEUS pais até encontrar um apartamento, claro que poderia viver aqui na casa deles, tem espaço de sobra na mansão onde cresci, mas eu amo minha liberdade, então não ficarei muito tempo. Entro na casa deles no fim do dia e encontro tia Carla na sala conversando com minha mãe.

— Ah, minha querida. — Tia Carla me abraça como se não tivesse me visto há séculos, mas ela me viu ontem. A vivacidade dela é tão vibrante que se você odiar abraços irá sofrer um monte nas mãos dela. Tia Carla é a melhor amiga da mamãe antes mesmo de eu surgir no mundo, então elas são como unha e carne.— Estava com tanta saudade de você por aqui, minha florzinha.

— Oi, tia Carla. — Solto minha bolsa e devolvo o abraço e beijo seu rosto. — Bom te ver também. E Guilherme? Por onde anda agora?

O filho dela com meu tio Saulo, meu primo por afinidade. Somos amigos desde criança. Ele é da idade das minhas irmãs trigêmeas e crescemos todos juntos. Gui e eu, podemos dizer, somos melhores amigos, mas quando saí do país ficamos longe um do outro, eu preciso resgatar isso em breve.

— Aquele garoto vive me dando trabalho, ele deve estar fazendo alguma aventura maluca por aí, ele nunca me diz nada — murmura ela. Guilherme é um aventureiro, ele adora esporte radical. Ele escalou o Everest quando tinha dezoito anos e as loucuras que ele posta nas redes sociais fazem meu coração bater louco no peito apenas de imaginar como seria.

Soltando tia Carla vou até mamãe e beijo seu rosto. — Ei, amor!

— Oi, mãe.

— Como foi o primeiro dia? — pergunta mamãe com um sorriso. Ela sabe que Giovanni estava sendo difícil. Ficou claro quando ele não compareceu ao jantar que o herdeiro dos Andretti não me quer por perto. Guardo para mim o pensamento de que ele talvez não me queira na empresa dividindo o comando, mas ele me quer de uma maneira que, se eu fosse sincera comigo mesma, me deixa quente por todos os lugares. E o que foi aquilo na sala dele? Quase disse que o queria explicitamente. Ele me faz fazer coisas que normalmente nunca faria, não que eu seja puritana ou algo assim. Não sou.

Mas ele me tira do sério terrivelmente.

Suspiro quando sento ao lado da mamãe e olho o teto em busca de inspiração divina para não dizer o quanto quero matar Giovanni. Lentamente.

— Quando foi que Giovanni ficou tão... tão... — Procuro uma palavra que não seja feia para falar do meu parceiro de trabalho, mas as únicas que vêm são palavrões e minha mãe lavaria minha boca com água sanitária.

— Bonito? — sugere tia Carla com um sorriso largo. Ela era ainda muito bonita com seus mais de cinquenta anos, ela e a mamãe eram lindas e bem cuidadas.

— Grosseiro, irritante e um filho da mãe que se acha o dono do mundo! — digo enumerando em meus dedos. — O dia foi... improdutivo, culpa dele! – Não foi de todo verdade, o dia tinha sido intenso, tanto de sentimentos à flor da pele entre nós dois quanto de assuntos da empresa. Conversamos por horas sobre os principais problemas que requeriam nossa atenção.

Um Cretino Todo Meu - será retira do dia 08.05 AS 20HSOnde histórias criam vida. Descubra agora