Capítulo 7

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NICOLE

DIFERENTEMENTE DE ONTEM, o dia de hoje foi apenas trabalho, nada de brigas infantis com Giovanni, estou na busca de agendar reuniões com os contratos que foram desfeitos, uma tarefa que poderia ter sido feita por Leila, mas eu quero deixar claro como são importantes para nós, então eu mesma estou ligando para cada um pessoalmente.

No meio da manhã Leila me passa uma ligação da senhora Gabrielle Andretti.

— Nicole, espero que meu filho esteja te tratando bem — diz ela quando atendo. — Ele ladra mas não morde.

— Olá, senhora...

— Me chame de Gabrielle — interrompe ela, eu não sei bem do que a chamar. — Vou direto ao ponto, minha querida, quero saber se meu filho a convidou para jantar?

Meu Deus! O que há com esse bendito jantar para ela estar me ligando? Ela está neurótica já.

— Sim, irei.

— Oh, fico tão feliz, espero que vocês dois se deem bem. — Hã, que mulher estranha essa Gabrielle se tornou.

Eu gaguejo uma resposta e digo que estou meio ocupada e ela desliga.

O dia passou tão rápido que não sobrou tempo para discussões. Segundo Leila, Giovanni passou o dia em sua sala, disse que não queria ser incomodado, e eu não fui lá. Mas agora estou quase pronta para sair e preciso saber seu endereço para ir no bendito jantar. Não tenho vontade de passar metade da minha noite querendo estrangular Giovanni. Passo pela mesa de Leila e ela não está à visita, então vou direto para a sala de Giovanni e abro a porta sem bater. Merda! Ele não está sozinho. Ele está em sua cadeira com uma loura sentada no colo e os dois estão no processo de engolir um ao outro.

— Oh! Estou atrapalhando? — Eu não vou me intimidar, aqui não é o motel de Andretti.

— Quando vai aprender a bater? Nessa escola de elite que passou anos não te ensinaram educação? — retruca ele.

— E seu pai não lhe disse que local de trabalho não é motel? — Dou um sorriso sem graça para a loura que está ajeitando o decote e descendo do colo dele. Ela nem parece constrangida, como ser pega engolindo um homem fosse algo corriqueiro para ela.

— Sou Alice. —Ela se apresenta, olhando-me com a testa franzida, eu não devolvo o favor dizendo quem sou, mas ela deve saber já que continua. — Você deve ser a tal Nicole, pelo teor da conversa.

Olho para ela. Esse é o tipo de mulher que o pequeno Giovanni gosta? Não sabia que ele tinha uma namorada.

— O que você quer, Nicole? — pergunta ele enfim. E querendo deixá-lo em apuros com a namorada digo com voz suave.

— Oh, eu não lembro que horas é nosso jantar em sua casa. — Olho inocentemente para ele. — E também não sei seu endereço. Seria bom saber onde você mora, afinal você sabe onde é minha casa, acho injusto.

— Vai jantar com ela? — A voz da loura agora é estridente. — Esse era o compromisso que não poderia adiar quando me dispensou mais cedo?

Oh! Tenho vontade de gargalhar.

— Desculpe-me, caro mio, não sabia que era segredo nosso encontro. — Os olhos azuis estão soltando chispas em minha direção. Ele está furioso.

— Encontro? Tem um encontro com uma mulher que há dez minutos atrás você estava xingando de Barbie mimada e não sei mais o quê? — Ela agora está com as mãos no quadril. Barbie mimada? Ele realmente me acha uma patricinha.

Um Cretino Todo Meu - será retira do dia 08.05 AS 20HSOnde histórias criam vida. Descubra agora