No século XV, Florença é o berço da beleza e da arte durante o período renascentista. Sansa Stark, uma jovem originalmente genovesa, muda-se para a capital da Itália juntamente de seu recém-marido, Joffrey Baratheon. Seu cabelo rubro, seus meigos ol...
Então, eu sempre quis escrever uma fanfic em que a Sansa fosse a protagonista. E finalmente tive a ideia ao assistir a segunda temporada de Médici, ou seja, a história é inspirada na Simonetta Vespucci que foi a musa do grande pintor Sandro Boticelli. Eu simplesmente não podia perder essa oportunidade.
Para quem não conhece, Willas é o irmão mais velho da Margaery Tyrell nos livros(porque a série fez o desfavor de cortar uma das melhores famílias westerosis). Em um dos livros, é articulado para que a Stark se case com o herdeiro de Jardim de Cima, porém tudo se acaba quando espertamente Tywin a casa com o Tyrion.
Os Tyrells são inspirados nos Médici's que governaram, por décadas, a Itália.
Sem delongas
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O belo vestido de seda alva, com leões e cervos bordados em fios de ouro, escondia ao olho nu os inúmeros hematomas arroxeados ou vermelhos na tenra pele de Sansa. Seu gentil marido fazia questão de ensinar-lhe uma lição, para que aprendesse a se comportar como uma leal e obediente esposa, em várias partes de seu corpo, exceto em seu rosto. Segundo ele, sua face devia preservar a beleza da qual era completamente indigna de ser possuidora.
Ligeiramente receosa, ergueu, de modo furtivo, o olhar na direção de Joffrey que observava enfadado a paisagem fiorentina através da janela da carruagem, sentado o mais longe possível da Stark. Seu macio cabelo cacheado era dourado como ouro, os olhos eram verdes esmeraldas e os lábios carnudos e rosados, uma visão quase de um príncipe, montando a imagem daquele que a ruiva amava, com todo o coração, temporadas atrás.
Quando o conheceu não passava de uma garotinha tola para poder compreender que tanta perfeição em galanteio, beleza e cortesia não podiam coexistir em um único indivíduo. Sua ingenuidade juvenil, imediatamente, fez com que acreditasse que seria eternamente feliz se estivesse ao lado daquele Lannister. Tanto que estimulou incansavelmente seu pai a aceitar a transação matrimonial de Robert Baratheon, um velho e bêbado amigo da família, certa de que a sua vida dependia da aceitação de Ned. Desprezou qualquer conselho de sua mãe, presa em sua idealização, e destratou aqueles que mais amava em defesa dos leões do rochedo.
Durante o noivado e na cerimônia de casamento, considerava-se a mulher mais exultante de alegria em todo o mundo, finalmente teria o seu final feliz como todas as outras donzelas das canções. Poucas tinham a boa fortuna de se casarem puramente por amor. Inegavelmente, em sua cabeça, era abençoada pelos céus.
Lentamente, a verdade destroçou a ilusão. Em sua noite de núpcias, os sorrisos e os carinhos dissiparam-se, sendo substituídos pela genuína crueldade. Ela jamais esqueceria da risada perversa de Joff quando este rasgou sua fina camisola e tomou seu corpo com brutalidade. Foi doloroso descobrir o monstro que tinha ao seu lado, ouvir as suas palavras impiedosas e ainda ser constantemente humilhada pela sogra, a qual parecia sentir prazer em fazê-lo. Seu paraíso se revelou um verdadeiro inferno.
