Sofrimento

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6 Meses Depois

P.O.V Narrador

A Valentina está no seu quarto, ela remexe se na cama, algo que vem acontecendo com extrema frequência. Apesar da Valentina não saber da transmutação da sua companheira, o seu espírito pressente a sua presença, uma pequena faísca na seu espírito, que faz com que o seu subconsciente relembre todas as memórias referentes há sua companheira, como o espírito foi marcado, os sonhos bons que deveria de ter, são pesadelos terríveis, dolorosos e monstruosos

Sonho On

A Valentina caminha calmamente, pelo aeroporto, estranhamente, ela pressente que já esteve ali antes, mas não se recorda exatamente quando, existem diversas pessoas há sua volta, mas ela não reconhece ninguém, ela repara que algumas pessoas olha para ela, as expressões são de tristeza, pena, muitas dessas pessoas estão abraçadas e aos beijos. Intuitivamente, ela olha para a esquerda e vê a sua companheira, ela começa a correr na sua direção

Valentina: Juls, fala gritando, a Juliana olha para ela, a sua expressão é de cansaço e até de dor

Juliana: Não corras, tem um barreira a separar nós, ela estica os braços e caminha rapidamente na sua direção, tentando descobrir a barreira primeiro, ela anda alguns metros e toca na barreira, ela tem ambas as mãos na barreira, cuidado, ela grita tentando a parar, a Valentina bate com toda a força na barreira, ela cai no chão, Valentina, ela faz força contra a barreira, um sentimento de impotência cresce no interior da Juliana, quando a Valentina recupera os sentidos, ela vê a Juliana, ela engatinha até há Juliana, com as mãos, ela apoia se para se levantar, ela só se consegue levantar na terceira tentativa, já de pé, ela tenta tocar na Juliana, mas a barreira não permite, tu estás bem? é visível no seu rosto, o quanto está a dor, ver a sua companheira, mas não a poder tocar, beijar, abraçar

Valentina: Porque que eu não consigo tocar te? que lugar é este?, fala começando a bater na barreira, com força
Juliana: Não, Val, por favor para, fala suplicando, com lágrimas nos seus olhos, assim como a Valentina, ambas se olham intensamente, a Valentina pousa a testa na barreira, ao mesmo tempo que a Juliana, qual é a última coisa que tu te lembras, fala num tom suave, mas sofrido, a Valentina demora uns minutos a responder

Valentina: Eu estava dentro de uma carruagem, alguém atacou, fala confusa, tentando realmente lembrar dos detalhes

Juliana: Val, olha para mim, fala levantando o rosto e olhando para a sua companheira, olha para mim, a Valentina olha para ela, eu amo te, fala olhando, no fundo dos olhos da Valentina, a lágrimas descem livremente, no rosto da Valentina, nós vamos ficar juntas, não te esqueças do pacto, ela tira a mão direita da barreira, levanta ligeiramente a mão, fecha a mão e estica o dedo mindinho, a Valentina repete o gesto, a Juliana, vê a porta dos espíritos abrir se, eu preciso que prestes atenção, no que te vou dizer, a Valentina começa a sentir um vento frio, ela passa as mãos pelos braços tentando diminuir o frio, eu vou encontrar te e vamos fazer todas as coisas que sempre quisemos fazer juntas, passear de mão dada, beijar na chuva na frente de qualquer pessoa sem medo, casar, ter uma família nossa, ela pousa as mãos sobre a barreira, a Valentina repete o gesto, fingindo por um momento que estão a tocar se, a Valentina chora fortemente, uma força começa a puxar a Valentina, ela da três passos para trás, ela quase perde o equilíbrio, com toda a sua força, ela luta, ela caminha até há barreira, o teu pai, ela para de falar, o seu rosto diz todas as frases que ela quer dizer

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