Can we please keep him?

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Juliana

Quarta-feira, 14 de setembro de 2022.

Cheguei na nossa casa mais de oito horas da noite exausta, o dia foi cheio de trabalho comigo dentro do meu escritório na parte de trás da loja lidando com a parte burocrática. Minha segunda loja de roupas aqui no México está prestes a ser aberta e lidar com o lado administrativo disso nunca é a minha parte favorita, mesmo tendo uma equipe me ajudando.

Deixei o meu carro na frente da casa não me dando ao trabalho de estacionar na garagem, o terreno é cercado por muros então não tem problema. Entrei na casa, para a qual eu e a Valentina nos mudamos a três meses atrás, encontrando todas as luzes apagadas e tudo num completo silêncio, estranhei, pois, geralmente ela chega antes de mim e hoje estou até chegando uma hora mais tarde do horário em que normalmente estou em casa.

-Val?! - Acendi a luz da sala e não recebi resposta ao chamar por ela.

Cruzei a sala de estar indo até a sala de jantar e depois até a entrada da cozinha constatando que os cômodos estão vazios, segui pelo corredor que dá nos dois escritórios, três quartos e num dos banheiros da casa parando em frente a porta do nosso quarto ao encontrar a mesma fechada, um post-it grudado na madeira, isso se tornou uma tradição nossa, deixar recados uma para outra usando post-its.

Quando nos falamos no almoço

parecia que você estava tendo um

dia cheio, então preparei algo para

você relaxar antes de jantarmos.

Entrei no cômodo encontrando a luz também apagada, deixei a minha bolsa em cima da poltrona e ao perceber iluminação vindo do banheiro que tem anexado ao quarto, somente um pouco de luz entrando já que a porta está entre aberta, fui até lá encontrando outro post-it novamente colado na porta.

Aproveita para relaxar cariño.

Eu fui buscar o nosso jantar

e daqui a pouco estou em casa.

Te amo!

Entrei no banheiro e imediatamente o cheiro dos meus sais de banho preferidos inundaram as minhas narinas, a banheira cheia e com algumas pétalas de rosa espalhadas pela mesma. Eu tenho a melhor namorada do mundo! Me aproximei da banheira colocando a minha mão na água vendo que ainda está quente, constatando que a Valentina não deve ter saído a muito tempo. Tirei a minha roupa a colocando no cesto para lavar, prendi o meu cabelo num coque já que o lavei essa manhã e não estou com paciência para seca-lo quando sair do banho e entrei na banheira. Praticamente me deitei e fechei os meus olhos sentindo o meu corpo inteiro relaxado pela primeira vez hoje desde que deixei a casa essa manhã, desde que tive um café da manhã maravilhoso na cama ao lado da Valentina.

-Amor. - Despertei com a voz suave da minha namorada e seu toque gentil na minha bochecha. Abri os meus olhos encontrando o lindo azul que preenche os seus e lhe lancei um sorriso, ela agachada ao lado da banheira. -Oi, chegasse a muito tempo?

-Não sei, que horas tem? - Valentina olhou o relógio no seu pulso antes de responder.

-Oito e cinquenta e um.

-Faz uns vinte minutos então. - Seus olhos começaram a viajar pelo meu corpo, até que ela balançou a sua cabeça sutilmente e voltou a encarar o meu olhar. Valentina engoliu em seco e mordeu seu lábio inferior, eu sorri vendo que como sempre ela está tendo que se segurar para não me agarrar. -Quer se juntar a mim?

September 14Onde histórias criam vida. Descubra agora