Capítulo 1

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                     LAUREN POV

Vinte e dois anos, não é todos os dias que alguém se torna adulta. Uma vida maravilhosa cheia de aventura e ousadia. Só que não. Eu sou do tipo certinha que vive para agradar meus pais, mas até gosto disso. O que meus pais odeiam tem nome e sobrenome: Ally Brooke. Ela é uma versão descontraída. Ally tem o mesmo patamar de vida que eu, somos filhas e herdeiras de empresas importantes de Londres. Em comum, temos Dinah e Normani. Elas namoram há seis anos, mas quem ver, nem dar por isso. Todas as três vivem a vida de um jeito que sinceramente, é incrível.

A minha história começou quando nasci, meu pai e minha mãe descobriram que sou intersexual, e não foi possível a tal cirurgia, porque meu órgão íntimo é masculino. No início eles ficaram surpresos, mas sabem levar isso muito bem, tão bem, que a filha dos Vives já está prometida à mim. Eu sei, isso é ultrapassado, meio idade média, porém, os meus pais deixaram claro os interesses nesse casamento. Ally me contou que a Lucy, tal menina prometida, se assumiu bissexual para todas as redes-sociais e como uma bomba isso vazou em jornais e revistas importantes.

Para juntar o útil com agradável, meus pais resolveram que namoraríamos. Pelo o que a Ally me contou, ao saber a minha história e ver fotos minhas, Lucy não demonstrou desinteresse, mesmo sendo um relacionamento arranjado e completamente sem química. Uma das coisas importante para os Jauregui é deixar essa história de amor de lado e focar nos verdadeiros interesses; Status, dinheiro e fusão de empresas.

Mas toda essa história, fica para quando eu tiver vinte e dois anos e um dia. Risos. Eu não sei aonde vou comemorar meu aniversário, mas Ally, Dinah e Normani deixaram claro que o local é inesperado, vou me assustar, ficar surpresa, porém quando tiver uma boa perspectiva, vou gostar. Com essa declaração delas, é claro que estou assustada. Mas de todas as formas, vou tentar ver com bons olhos.

Me despedi do Alfred, mordomo da casa e pessoalmente falando, meu grande amigo. Sai, e do jardim fui capaz de ouvir a algazarra das meninas. Sai correndo antes do meu pai me ver, não quero sermão hoje e ele deve esta quase chegando de Boston. Entrei no carro sendo recebida por presentes e muitos mimos. Ally vendou os meus olhos e começamos a seguir o caminho. Levou uns vinte minutos até chegarmos, Ally me ajudou a descer e Dinah segurou meu braço.

– Eu não sei não… – Disse.

– Calma Laur. – Ally disse.                                      
Elas me guiaram até uma atmosfera mais quente, com música de boate e um cheiro de morango misturado com suor. Mas que raios é isso? Pensei. Continuamos mais alguns passos e Normani tirou a venda dos meus olhos. Minha visão estava turva, mas começou a voltar ao normal e assim que percebir  que se trata de um club de stripper, quis sair correndo. Obviamente elas me impediram e me fizeram sentar com uma dose de uísque doze anos.

– É sério? – Perguntei, virando aquela dose de uma vez só.

– Feliz aniversário! – Disse Ally.

– Ally, porque estou aqui?

– Amiga, aqui é lugar perfeito para você ser chupada sem ter que conhecer a mulher antes.

– Você é doente as vezes Ally. Esqueceu que os meus princípios são outros?

– Que porra de principio? Casar com uma Vives? – Murmurou revirando os olhos. – Lauren, vai se foder, ou melhor, vai foder. – Ela riu e eu aqui, pronta para matá-la.

– Ei Laur, as meninas daqui são lindas e simpáticas, vamos lá, dê a elas uma chance.

Antes de sequer conseguir responder, Dinah arrastou a Ally e Ally arrastou a Normani para longe, e eu, fiquei sentada olhando aquelas garotas com os peitos de fora, como se fosse obrigada a tamanha ousadia. Levantei e sentei em um dos sofás vermelhos, pedi uma garrafa de uísque ao garçom e ele me perguntou se quero companhia. Eu ri obviamente e ignorei a sua pergunta. Pelo menos a música aqui é boa e o uísque não é falsificado. Levantei a cabeça à procura das meninas, mas não as vi.

Camren- Uma Linda MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora