Capitulo 7

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                     LAUREN POV

A nossa semana na Grécia terminou e tudo que temos dela a partir de agora, é os nossos lindos momentos. Camila acabou de fechar sua última mala, e eu, fiquei lhe esperando para ir comigo até a recepção. Deixei ela no bar do hotel e pedi a conta para o gerente que manifestou a sua tristeza de nos ver ir embora. Fechei a conta e os serviçais desceram as nossas malas para o porto, colocando tudo dentro da lancha. Pilotei até o ocidente e fomos de táxis até o aeroporto. Joguei meu braço esquerdo em volta do ombro da Camila e beijei sua bochecha.

Antes de entrar no aeroporto, Camila fixou seu olhar para a parte movimentada da Grécia, e eu fiquei à espera dela sem nenhuma pressa, uma vez que temos tempo o bastante para nos despedir. Abri seus dedos e encaixei minha mão na dela e a puxei para um abraço apertado, literalmente, Camila me abraçou de um jeito tão apertado, como nunca o fez antes. De repente apertado ficou meu coração, pois ele compreendeu primeiro que a minha razão, a razão do abraço dela esta assim, tão apertado.

– Eu não sei o que será daqui para frente, mas já dói tanto de imaginá-la caindo nos braços da… – Ela não completou.

– Eu me odeio tanto…

– Não Lo. – Ela afastou-se de mim. – Não ouse odiar o ser humano que eu admiro, por favor.

Ela abriu um sorriso inusitado, colocando seu braço em volta do meu pescoço, iniciando um beijo delicioso que correspondi da forma mais doce possível. Entramos de mãos dadas no aeroporto e embarcamos de volta para Inglaterra. Passei a viagem tentando não dormir, para ficar olhando para ela o máximo que posso, o tempo que aguentar. O que será isso? Essa necessidade louca de aproveitar todos os minutos com ela.

Camila, apoiou sua cabeça em meu ombro e começou a ressonar. Fiz o possível para não me mexer e incomodar o seu sono que parece cada vez mais profundo. Ouvi-la dormir, foi tipo um efeito borboleta, comecei a ficar hipnotizada, sentindo minhas pálpebras mais pesadas.

                 CAMILA POV

Flashback On:

Depois do jantar, peguei meu diário que ainda tem algumas folhas em branco e pensei o que escreveria nele, não quero por a má experiência que tive hoje com Simon, já que em todos os outros eu tive apesar de tudo, boas histórias para contar. Como o natal que conseguimos arrecadar duzentos e cinquenta quilos de comida, não perecíveis. O orfanato era julgado infernal por mim, por todas as coisas que tínhamos que fazer, como: Limpar, pedir comida, dormir às oito, estudar… fora as regras que tiravam todo o espaço que uma pessoa precisa. Era um inferno, não é mais, hoje considero aquele o céu que sentirei falta.

Peguei a minha caneta e tentei iniciar três vezes uma história, mas, não consegui. Peguei o meu diário daquele natal, que acabamos por ganhar três perus da prefeitura, foi a maior alegria que tivemos mediante ao ano que tivemos naquela época. Uma empresa de cosméticos, queria destruir nosso orfanato para construir uma de suas franquias. Ainda bem que aos trancos e barrancos, conseguimos nos manter, éramos muitos e todos nós já tínhamos afinidade para uma maravilhosa convivência. Me peguei rindo uma ou duas vezes, por coisas que a louca da Sofia, uma das minhas afinidades naquele orfanato, falava.

Coloquei meus diários na primeira gaveta, colei algumas fotos na parede e puxei o cobertor para cima do meu corpo, apagando a luz do abajur. Abracei uma almofada e comecei a rezar. Pedi para que as minhas amigas no orfanato consigam dormir bem, pedi para a Katerina ficar bem e para concluir, pedi uma boa noite de sono. Fechei os olhos me entregando ao cansaço, quando ouvi alguém abrir a porta do meu quarto, estremeci com a sombra de Simon. Sentei na beira da cama e ele deu uma risada, remexendo as minhas coisas.

Camren- Uma Linda MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora