Capítulo 1.

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Oi amores, como estão? Então, essa fic é um 'spin off' da novela Amar a Muerte, como se fosse um spin off só que na minha visão. Haverão capítulos interativos onde vocês irão escolher o que vai acontecer e essa coisa vai levar a outra pior ou melhor. As cenas interativas serão postados nos twitters que vou deixar no final, também personagens novos que vou deixar uma thread com a explicação de cada um deles. Espero que gostem!

Eu amava a forma como tudo era tão delicado e ao mesmo tempo sedento em relação a ela. Na verdade, se tratava de desejos mútuos que pareciam perfeitamente sincronizados, o encaixe perfeito.
Nossos corpos se roçavam enquanto nos beijamos com anseio. Vez ou outra havia uma provocação da parte dela e eu gostava disso. Eu gostava da sua boca colada na minha enquanto suas mãos percorriam todas as minhas curvas, fazendo com que eu quisesse mais e mais dela.
Os seus beijos quentes e molhados em meu pescoço me fazia delirar.
- Val... - disse forçadamente com a voz rouca pela excitação quase em um sussurro.
Ela aparentemente não tinha ouvido ou apenas fingiu que não ouviu e continuou o que estava fazendo em meu pescoço, onde com certeza iria ter marcas depois. Ela desceu seus beijos traçando uma linha deles até chegar a minha barriga, o que me fez fechar os olhos.
Eu sabia exatamente o que viria a seguir e que se me deixasse levar, nós não iríamos sair daquela cama nem tão cedo.
- Val - chamei novamente, só que mais audível e firme.
Valentina levantou o lençol sobre sua cabeça e me encarou de sobrancelhas arqueadas.
- Não podemos fazer isso de novo, vamos nos atrasar. - disse.
Podia jurar que a vi fazendo um bico, o que me fez segurar o riso.
- Tudo bem, tem razão.
Ela subiu novamente apoiando suas mãos na cama com minha cabeça entre elas. Ela tinha um sorriu nos rosto e me olhava com seus olhos azuis cintilantes.
- O que foi? - perguntei.
Ela nada respondeu, apenas continuou com seus olhos focados nos meus, o que me fez sorrir também. Em resposta, ela aproximou seu rosto do meu e eu pude sentir sua respiração sobre minha face. Seu polegar acariciava minha bochecha, que agora estava corada involuntariamente por ela continuar me encarando. Por fim, ela selou seus lábios aos meus em um beijo demorado.
- Vamos - disse ela ao fim do beijo.

Minha mãe e Panchito finalmente conseguiram organizar o seu casamento. Depois de dois anos desde o pedido, tudo estava pronto para que isso pudesse acontecer.
Lupe queria investir primeiro em meus estudos para depois focar no casamento. Panchito até tentou convence-la a deixá-lo pagar por tudo, mas como eu, ela teimou que não queria isso, queria pagar pelo menos a metade e assim aconteceu. Depois de dois anos.
Eu também ajudei um pouco com o casamento já que agora estou trabalhando em minha própria marca. Não era algo grande ainda, mas compensava bastante e era o que eu amava fazer.
Valentina me ajudou bastante também. Querendo ou não, ela carregava o nome Carvajal e isso consequentemente trazia mídia ao meu trabalho, já que ela se tornara modelo principal da marca. Mas ela não era só modelo, as vezes ela também me ajudava com a parte financeira do negócio.
Eu havia combinado de encontrar Valentina no casamento porque eu iria levar a minha mãe até o altar. Eu era a única família dela, então nada mais justo que sua filha e madrinha do casamento a levar até o altar.
Estava na sala de nossa nova casa enquanto esperava pela minha mãe. Com o dinheiro que estava ganhando sendo estilista, pude comprar uma casa para minha mãe. Não era grande, mas era o bastante para minha mãe e eu podermos morar, e agora, havia o Panchito.
- Juli? - escutei a voz acanhada de minha mãe me chamar, então me virei para olha-la.
Foi impossível conter a emoção ao vê-la naquele vestido branco e incrivelmente linda. E o mais importante, ela estava feliz.
De imediato corri para seus braços e a abracei, ambas demos uma risada de alegria. Eu estava tão emocionada quanto ela. Minha mãe sempre lutou muito por nós duas, teve que praticamente me criar sozinha, já que meu pai mal ficava em casa, e além de tudo, graças a ele, ela teve uma vida infeliz e um tanto solitária até ter Panchito se volta em sua vida.
Ele a tratava tão bem, ela realmente merecia ser feliz, e nada melhor que ser feliz com ele.
- Você tá linda - disse depois de solta-la - Não chora, mãe. Vai borrar a maquiagem.
Ambas rimos limpando os resquícios de lágrimas.
- Estou muito feliz por você. Eu quero que você seja muito feliz - disse sincera segurando em seu rosto e mais uma vez ela ameaçava chorar, o que nos fez rir novamente.
- Você está linda mesmo - uma voz masculina soou da porta e ambos olhamos em sua direção.
Chino vestia um terno preto novo e para a minha surpresa, ele havia feito a barba dando fim ao bigode que fazia mais o estilo do ex dono do corpo em que estava agora. Ele trazia em suas mãos uma única rosa branca que julguei ser para a minha mãe.
- O que faz aqui? - minha mãe perguntou. Não em um tom de grosseria, mais por curiosidade.
Ele se aproximou de nós em passos lentos e então esticou o braço para entregar a flor para a minha mãe. Ela hesitou um pouco, mas recebeu.
- Vim te entregar isto e também te dizer que estou feliz por você - disse ele.
- Obrigado.
- Tem mais uma coisa - ele fez uma pausa - Eu vou te levar até o altar.
- O que?! - minha mãe e eu exclamamos ao mesmo tempo.
- Não pode fazer isso. Eu já vou leva-la, além disso, você é o ex-marido dela, isso seria estranho.
- Eu sei. Mas nem todo mundo sabe que sou eu de verdade, e acho que seria o mínimo que eu poderia fazer por você - disse ele olhando para minha mãe.
O silêncio pairou enquanto ambos olhavamos para a minha a espera de uma resposta.
- Melhor irmos ou vamos nos atrasar mais do que o normal para uma noiva - disse ela apenas, segurando no braço de Chino e o puxando consigo para a saída.

A igreja não tinha muita gente, só os poucos convidados da minha mãe que já eram o suficiente para fazer uma festa digna para esse dia.
Quando entrei na igreja, foi inevitável não olhar diretamente para o altar onde Valentina estava nos esperando. Enquanto caminhava em sua direção, não pude deixar de notar também o quão linda ela estava, naquele vestido vinho de mangas longas, e carregava um sorriso no rosto destinado a mim,e fazendo sorrir também.
Ao me aproximar dela, continuei a encarando encantada com a sua beleza.
- Que? - ela perguntou se sentindo intimidada.
- Que?
- Que?!
- Que?
Nós duas soltamos uma risada e em seguida me pus ao seu lado. Assim como eu, Valentina também era uma das madrinhas do casamento, Valentina também era uma das madrinhas do casamento, o que me deixou extremamente feliz depois de tudo. Mina mãe agora tem Valentina como parte da família e nos apoia em tudo. Não foi fácil no início, mas com o tempo minha mãe foi acostumando com meu relacionamento com Valentina e entendendo que toda forma de amor é válida.
- Achei que você a levaria até o altar - disse Valentina me despertando dos meus pensamentos.
- Eu também achei que seria eu, mas o meu pai apareceu e pediu para levar ela até o altar.
- Seu pai? - ela perguntou surpresa.
- Sim. Ele tem tentado, de verdade - dei de ombros.
Chino de fato estava melhor do que antes. Graças a sua nova vida e família, ele não era mais mesmo homem grotesco na qual tive que lidar por anos, ele estava mudando e para melhor. Mas, apesar de sua repentina mudança, não se apaga as coisas ruins que fez em sua vida passada, não dá para esquecer fácil assim, levaria mais tempo para que eu e minha mãe nós acostumasse com a ideia.
O som de piano soou anunciando a chegada da minha mãe a porta da igreja ao lado de Chino e eu notei a surpresa de Panchito com a cena, mas acho que ele entenderia.
Enquanto ela caminhava pela passarela da igreja graciosamente linda, foi impossível não me emocionar com aquilo, impossível não chorar de emoção vendo a mulher que lutou tanto por mim e por ela, finalmente tendo o que merecia: uma nova vida.
Olhei para Valentina, que também estava emocionada, e então ela segurou a minha mão em um gesto simples de carinho que me fez sorrir assim como ela.

A cerimônia foi muito emocionante, e claro, ambos aceitaram e disseram 'sim'.
Depois disso, fomos para a festa pós cerimônia em um pequeno salão que Panchito havia alagado. Haviam muita comida, bebidas, uma pequena banda e alguns convidados nas mesas e no salão dançando.
Minha família já sabia sobre mim e Valentina desde que ela revelou em rede nacional sobre isso. Recebíamos alguns olhares tortos, mas eu não me importava muito com isso mais. Eu estava feliz e isso que importa.
- Você tá bem? - Valentina me perguntou com semblante preocupado.
- Sim, estou bem - sorri na tentativa de tranquiliza-la.
Ela não pareceu muito convencida, mas preferiu acreditar.
- É que você está com essa cara... Sabe?
- Que cara?
- Essa cara aí de quem está com o pensamento em outra galáxia, bem bobona - disse ela rindo e me fazendo rir junto.
- Ah é?
- Sim - continuou rindo.
- Talvez eu estivesse pensando, sabe... - disse aproximando meu rosto do dela.
- Sei...
Trocamos um sorriso antes de selarmos nossos lábios em um beijo breve e calmo que foi interrompido por um pigarrear.
Era o Sergio.
- Olá, senhoritas.
- Olá.
Ele nos cumprimentou e puxou uma cadeira fazendo um gesto em forma de pergunta para que pudesse se sentar. Assim, com nossa permissão, o fez.
- Como vocês estão? - perguntou.
- Estamos bem - Valentina respondeu. - Por que não trouxe sua namorada?
- Eu e Nayeli terminamos.
- Sério? - questionei.
- Sim - houve um suspiro antes de continuar - Ela é um pouco difícil as vezes. Além disso, mesmo que ainda estivéssemos juntos, não acho que seria uma boa ideia trazê-la depois de tudo.
- Isso foi há mais de dois anos, Sergio. Está tudo bem. - Valentina falou , mbebericando em seguida a sua taça de champanhe.w
Nayeli foi uma das que mais julgou a Valentina quando ela foi posta pra fora do armário, aliás, Nayeli que contou para todos da universidade sobre isso. Eu lembrava de exatamente tudo.
- Enfim. - disse ele -  Eu queria chamá-las para irem a minha casa no próximo fim de semana, é meu aniversário, então vou dar uma pequena festa.
- Claro que vamos - respondeu Valentina com prontidão.
Ambos olharam para mim esperando uma resposta. Hesitei um pouco para responder, mas me senti obrigada a dizer que sim, eu iria. Mesmo que eu não soubesse se de fato poderia ir, não podia negar e ter que os contar o porquê. Eu iria contar tudo, só não agora, não naquele momento e lugar.

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Gostaram? Bom, a thread de personagens estará disponível logo mais no twitter, na conta de user juliantinabra e demais informações no meu FC de user achwga. Até breve!

El destino de la mariposaOnde histórias criam vida. Descubra agora