#ADO001 | ENTREVISTAS - FICÇÃO CIENTÍFICA

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Nome: Mark Aaron Miglio Miller

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Nome: Mark Aaron Miglio Miller

User: iamMarkMiller

Livro: O Sol por trás das Estrelas

REPÓRTER: De onde surgiu a ideia para seu livro?

MARK: Cresci sempre envolto e com muito acesso à cultura geek e nerd que vigorava durante a década passada. Especialmente, sou completamente apaixonado por ficção científica. Durante as leituras de meus autores favoritos, sempre tive aquele pequeno sentimento, um incômodo em me questionar como seria criar e construir uma obra propriamente minha. OSPTDE é fruto direto do casamento entre este sentimento e as referências que fizeram parte da minha adolescência. Porém, mais do que apenas o incômodo em criar algo que fosse meu... Sempre houve outro anseio que me acompanhava não importava o tipo de mídia que eu consumisse: o desejo de ver personagens com a minha orientação sexual protagonizando aquelas histórias e aventuras tão grandiosas. OSPTDE é a história que sempre desejei ter conhecido e lido enquanto ainda me aceitava. Às vezes, subestimamos apenas o quanto representatividade é relevante. 

REPÓRTER: Você escreveu o primeiro capítulo de cara ou ficou refazendo até chegar no resultado desejado?

MARK: Essa é uma pergunta divertida de responder. Levei vários anos desenvolvendo o universo e os conflitos de OSPTDE antes de sequer pensar em torná-la uma história pública, mas o primeiro capítulo (o prólogo do primeiro arco) foi redigido em apenas um dia. Acredito que as ideias e as cenas estavam tão claras em minha mente que simplesmente se materializaram. É um dos pontos positivos em gastar tanto esforço prévio em organização do enredo, eu suponho. Hahahaha

REPÓRTER: Como você escreve: Planeja tudo ou vai escrevendo aos poucos?

MARK: Planejamento de conflitos, tramas e motivações para mim é algo muito relevante. Especialmente em histórias que possuem uma proposta de universo tão vasta e complexa quanto OSPTDE. Cada capítulo e cada cena é previamente pensada, questionada, reformulada. Escrever desta forma em particular é algo que amo e me ajuda a ter uma visão mais ampla a respeito de minha própria criação. 

REPÓRTER: Para você, qual a grande mensagem do seu livro?

MARK: É bem clara e acessível a constatação de que a maior parte da cultura sci-fi exibe um certo descontentamento (pondo em termos eufemistas) em representar personagens que fujam do protótipo heterossexual hegemônico. Protagonistas, então, são basicamente inexistentes. OSPTDE possui sim o propósito de viabilizar a representação LGBTQ+ em distopias espaciais. Personagens LGBTQ+ majoritariamente são postos em posições subalternas, como coadjuvantes e com importância diminuta. Mas não é isso que desejo ver. Não é isso que desejo consumir. Tenho o desejo de me sentir representado em minhas histórias favoritas. OSPTDE foi feita para as pessoas que compartilham do meu amor pela ficção científica e pelo anseio de uma maior inclusão do protagonismo de personagens não-heterossexuais no universo geek e nerd. 

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