Louis caminhava calmamente pelo parque, carregando o seu café na mão, e a sua bolsa tiracolo num dos ombros. Apesar de estar atrasado, o passo era lento e descontraído, bebericando do copo de papel ocasionalmente e olhando as crianças correndo à sua frente. Ele passou o parque, enfrentando a bagunça que Nova Iorque era, olhando para os lados mil e uma vezes antes de pensar sequer atravessar a rua.
Louis estava contente nesse dia, mesmo que atrasado para o estágio na loja de música do centro, e mesmo que tendo caído da cama abaixo nessa manhã.
Mas, de repente, ele sentia alguém atrás de si, não aquele alguém de "esse passeio é movimentado", porque todos em NY são, mas aquele de "tem alguém me seguindo".
Tomlinson cruzou a esquina, dando um olhar de lado para o caminho que já havia feito, e, ao virar-se, trombou em alguém com o dobro do tamanho e da força. Ele caiu de imediato no chão, a sua cabeça batendo e seu café entornado ao seu lado, molhando suas jeans claras.
Ele fechou os olhos em pura dor, e levou as mãos para lá, procurando vestígios de sangue.
- Hey! - Alguém o chamou, o fazendo abrir os olhos. E eles o abriu, se perguntando se tinha morrido ou se estava vendo anjos. - Você está bem? - O cacheado perguntou.
- Meu Deus. - Louis murmurou, ainda atordoado e sem se mexer, estatelado no chão. Os cachos eram acompanhados de umas belas esmeraldas e de umas covinhas, que Louis sabiam que afundariam assim que maior sorrisse. - Eu vou me casar com você.
- Está doido? - O de olhos verdes o questionou, o puxando para cima num aperto ao seu bícep. - Veja por onde anda, da próxima vez. - Resmungou, continuando seu caminho e deixando um Louis se despenteado a si mesmo, ainda massageando a cabeça, que ainda doía.
Ele só não queria era uma próxima vez, porque se ele andasse vendo anjos daqueles a qualquer hora, ele se apaixonaria vezes demais.
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Louis entrou pela loja num flash, quase deitando uma estante de DVDs cair no chão, mas a apanhando a tempo.
- Você se mijou? - A sua atual amiga, chamada Louis também, o que era bem irônico, perguntou, rindo ao ver a calça manchada de Tomlinson. - Eu sempre te disse que andar passeando pelos passeios de NY não iria dar certo para você.
- Eu não passeio, eu só tenho pernas pequenas. - Ele resmungou, entrando para os fundos e voltando com a camisola da loja.
- Talvez se sua bunda não pesasse tanto... - Ela cantarolou, claramente provocando.
Louis era, de todas, a melhor pessoa que Louis já tinha conhecido. E ele jurava que, se fosse heterossexual, ele pegaria a amiga sem pensar duas vezes.
- Ah, se cala. - Louis saiu do balcão para ir arranjar os vinis que as pessoas sempre deixavam desarrumados, e verificar os preços porque os clientes pousavam tudo em qualquer lado, o que já resultou em algumas reclamações, por no balcão o artigo custar um preço e na prateleira marcar outro, o que o e a Louis achavam ridículo.
Ao fim de um tempo, Louis apareceu no balcão de novo, cantarolando a música de fundo.
- Tem um cara vendo as guitarras. - A amiga falou.
- E? - Louis questionou.
- Bom, ele é bonito.
- E? - Repetiu. - Você sabe que nem todos nesse mundo são gays, certo?
- Mas - Ela apontou-lhe um dedo. - todos os que são querem pegar você.
- Isso é mentira. - Ele objetou, corando um pouco.
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Kinda Just Happened
Fiksi PenggemarA história de como Louis e Harry se conheceram... E de como acabaram.