Nem sempre o que pensamos ser a verdade, o melhor, é a realidade.
Ela nunca foi a uma festa,
Nunca teve namorado, e muito menos amigos, nunca teve essa oportunidade, vivia exclusa do mundo, anti-social era assim que se definia.
Mais toda vez que a marçaneta da porta girava, ela via o monstro, e o mundo que queria jogar ao vento, aparecia da pior forma possível, levantava o lençol até tampar os olhos, tentanva se esconder, mas ela sabia que tuda tentativa era inultil.
Logo depois, tudo tinha passado, menos os pesadelos, tentava acordar, mas nn tinha como, porque era tudo real.
E o que mais doía era olhar para o ceu e querer voar para seu infinito, acabar com seu próprio infinito de pesadelos.
Todas as noites, tudo era vivido e revivido em seu corpo, deixando ematomas em sua alma. Machucava externamente e mais do que nunca, por dentro.
E a única pergunta ouvida era: porque?
Tudo continuava dia apois dias. Queria pedir socorro, mas pra quem? Ele era a única pessoa em que deveria confiar. Deveria ser seu herói, seu ator principal. Deveria, mais esse o verbo tava conjugado no tempo errado. A dor que a marcou, tirou a inocência, a esperança e a vida. Ela nunca pediu pra nascer, mas pediu até o último instante pra morrer.
A história que ninguém gostaria de viver, de contar; Pedofilia.
Em inércia, é assim que a sociedade vive, talvez de tanto ver, isso virou normal, não cruze seus braços, lutemos contra essa realidade.
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CRÔNICAS DE UMA ADOLESCENTE SUICIDA
RomanceNem sempre o que a gente pensa ser a verdade, o melhor, é a realidade.