3 - Pequena descoberta - o chiado

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Naquela noite ele pediu dormi com os pais.

Um pedido comum para uma criança.

A noite, na mente criança, esconde inúmeros perigos; monstros, bruxas, vampiros...

A saída eh dormi com os pais,

eh uma alternativa e tanto.

Com fracas batidas, e sussurros

ao pé da porta o garotinho,

chamou pelos pais, a cada sussurro

sua voz fica mais nervosa.

Porque eles tavam demorando

a atender?

Um chiado foi emetido de lá de dentro.

Sua irmãzinha tinha nascido naquela semana.

A bebezinha tinha nascido com os dedinhos minúsculos, toda atenção tinha ido pra ela.

Desde que sua mãe ficou grávida, isso era notável, a menina nem tinha nascido

e ja lhe roubara a mãe,

o pai, a vó, a vizinha... todos a sua voltado.

Mas não a nada tão ruim que não possa piorar.

Na semana de seu aniversário,

além de não ganhar nem um presente, teve que se conformar com noticia de que teria de dividir seu quarto com a futura irmã indejesada

Seus brinquedos, foram jogados na garagem, dando o lugar para as fraldas e mais fraldas, será que a menininha ia usar aquilo tudo?

Parecia exagero de sua mãe!

Quando a bebê nasceu, sua vó chorou, suas tias choraram, até seu pai,

ele nem sabia que seu pai podia chorar,

mas ele chorou.

E naquela noite, a primeira noite de vida da sua irmãzinha, tudo Parecia mais sombrio, a casa tava escura, sua mãe falava baixo, o seu pai até lavou a louça e colocou o lixo pra fora.

Seus passos no corredor ecoava, ele podia ouvir as batidas do seu coração.

O caminho do seu quarto ( e agora de de sua irmã também) até o quarto de seus pais parecia uma eternidade.

Ao bater na porta do quarto do seus pais, o garoto tava nervoso, pois nunca tinha ouvido aquele chiado estranho na vida, e com um aperto no coração ele nem se quer queria imaginar a origem da barulhinho!

Os segundos ian passado, o tic tac do relógio era ouvido, o vento lá fora batia na janela e menino sentia seu coração acelerando

E o chiado ia se tornando uma voizonha, que depois se transformou gemido em um que se transformou em um chorinho fofo e curioso.

Uma baixa voz foi emitida e uma pitade de alívio foi sentindo no pobre coraçãozinho.

O perigo tava passando, mas ele nem se quer conseguia olhar para trás.

A porta foi aberta lentamente, aquilo parecia uma eternidade.

O rosto do pai apareceu, e um pequeno sorriso surgiu, o menino amava quando seu pai sorria pra ele.

Ali, ele estaria protegido, ao lado de seus pais ele se sentia seguro.

Quando a porta foi aberta, ele podia ver a origem do barulhinho, que agora era um chorinho, a nova integrante da casa, a bebezinha no colo de sua mãe.

Ele se aproximou muito reseioso,

mas ao olhar para a menininha, seus olhinhos brilharam, seus lábios se contrairam em um pequeno sorriso e

o garoto sentiu que ele ia amar aquela coisa fofa pro resto de sua vida

E naquele momento o garoto prometeu para se mesmo que nunca deixar que nem um monstro, bruxa ou vampiro se aproximar de sua pequena irmãzinha.

O sorriso de seu pai se alargou e o menino pediu dormi com os pais naquela noite

CRÔNICAS DE UMA ADOLESCENTE SUICIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora