🅿🆁🅾🅻🅾🅶🅾

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Eu estava exausta e a única coisa que eu queria naquele momento era a minha cama. Por isso, me apresso pra sair do bar assim que ele fecha.

Fazia quase um ano que eu dividia meus dias com as aulas da faculdade e o emprego como bartender. O trabalho não era dos melhores por vários motivos, mas o salário e as gorjetas que eu ganhava faziam com que eu conseguisse pagar as contas no fim do mês e isso já era muito bom. Passar a noite acordada e parte do dia na Universidade fazia com que eu tivesse pouquíssimas horas para descansar e estava contando com o dia de hoje para repor as horas de sono que perdi, já que não teria nenhuma aula.

Enquanto ando devagar, já que o pequeno apartamento em que moro fica perto do bar, passo em frente a uma lanchonete e resolvo entrar para comer algo pois em casa não tinha nada pra comer.

"Tenho que fazer as compras do mês." Penso assim que me sento no balcão, um pouco afastada de outros clientes.

— Bom dia. — uma garçonete me cumprimenta com um belo sorriso e isso me faz questionar como alguém acordava logo cedo já de bom humor. — O que vai querer?

Penso de primeira em um café, porém sabia que a cafeína me deixaria mais alerta e isso era tudo o que não queria nesse dia. Olho o grande cardápio que estava exposto atrás da moça.

— Um suco de laranja com um pedaço da torta de maçã.

A moça anota e logo se afasta dali. Olho ao redor e vejo que a programação da pequena TV que tinha pendurada por ali, tinha sido interrompida pelo jornal local. Vendo a seriedade do jornalista, um dos clientes pede para a mesma moça que me atendeu aumentar um pouco o volume.

— …sei que tentamos não nos preocupar com essa nova doença que está surgindo, mas as coisas estão se agravando de um modo que não podemos só virar as costas para este problema. Infelizmente, não temos muito o que fazer já que, pelo o que averiguamos, as autoridades maiores não descobriram a causa dessa nova doença que surgiu. Há vários relatos de doentes nos hospitais, todos com os mesmos sintomas. Febre alta, cansaço extremo, delírios, dores no corpo, náuseas e vômitos. Então, se sentirem esses sintomas o melhor a se fazer é comparecer ao hospital. Por mais que esses sintomas sejam parecidos com doenças já conhecidas como a gripe, por exemplo, ainda sim, o melhor a se fazer é comparecer a um centro médico próximo da sua localidade o mais rápido possível.

Minha atenção a TV é interrompida graças a garçonete que trás o meu pedido. Agradeço e logo começo a comer, tentando deixar o barulho ao meu redor o mais silencioso possível.

Já fazia vários dias que notícias sobre essa doença desconhecida apareciam nos jornais, na TV e no rádio. E sempre eram as mesmas coisas ditas, nada novo e eu estava começando a achar que estavam exagerando. Não que eu não estivesse preocupada. Mas já faziam semanas e eu tinha problemas do dia a dia pra resolver, então esse alarde todo promovido pela mídia não estava na minha mente a todo o momento.

Termino de comer, pago e logo saio em direção ao prédio onde morava. Trinta e cinco minutos depois, eu já estava no meu quarto, enrolada e pronta para dormir.

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Acordo sobressaltada com a pancadaria na porta da sala. Me levanto e corro em direção da mesma e, depois de verificar quem era, abro a porta vendo uma cabeleira azul passar correndo por mim, indo em direção a minha TV.

— Onde é o incêndio? — pergunto assim que me aproximo da minha amiga e também vizinha, Joenne.

Porém, ela não me responde e logo aponta para a imagem passando na TV. Era de um homem que tinha levado um tiro, pelo o que eu entendi, e a imagem mostrava ele se levantando do chão e indo em direção ao policial que assustado continuava atirando no sujeito que parecia não se abalar com aquilo. O que assustou mesmo foi vê-lo mordendo o policial e logo a transmissão da notícia foi interrompida.

— Isso está passando em todos os canais. — a voz de Joenne, que antes era firme e calma, estava trêmula e desesperada. O que não combinava em nada com ela.

— Ei… — chamei a atenção dela que olha pra mim. — Calma, ok? Talvez isso não seja nada Jó, talvez seja só a divulgação para algum filme ou algo parecido.

Antes que ela pudesse dizer algo para me refutar, já que a feição dela mostrava que ela ia fazer isso. Uma voz masculina vindo da TV foi escutada por nós duas.

— Informamos a todos nossos telespectadores que o que acabaram de assistir são imagens verídicas… — reviro os olhos com indignação pois quem acabou me refutando foi o apresentador do jornal e ele nem estava presente com nós duas naquela sala. Se fosse combinado, não seria tão perfeito aquela situação. — Esse não é o único caso apresentado. Vários outros ocorreram nos últimos dias, mas esse foi o único que conseguiram gravar e nos enviar, para mostrar a realidade dos fatos sobre essa doença desconhecida que tanto nos preocupa. — o apresentador para de falar e parece está ouvindo algo já que coloca uma das mãos no ouvido e logo torna a falar. — Chegou a nós agora uma mensagem que tem que ser transmitida a todos do secretário do estado. Ele pede aos telespectadores que não saiam de suas casas, que mantenham portas e janelas fechadas, e que economizem água e comida. E que se virem uma dessas pessoas contaminadas, se mantenham longe. Ainda não sabemos quão grave é a situação, a única coisa que podemos pedir é que se mantenham seguros e que evitem sair até termos mais notícias.

Eu e Joenne nos entreolhamos e pela primeira vez, eu estava preocupada com aquilo. Contudo, eu ainda achava que seria algo temporário e que logo nossas vidas voltariam ao normal. Eu só não imaginava que estaria tão errada naquela situação.














🧟‍♂️🧟‍♀️Olá amorecos, como estão? Aqui está o prólogo da história

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🧟‍♂️🧟‍♀️Olá amorecos, como estão? Aqui está o prólogo da história. Espero que gostem.

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É muito bom saber o que acharam.

🧟‍♂️🧟‍♀️Beijos e até o próximo.

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⏰ Última atualização: Oct 30, 2023 ⏰

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𝗖𝗛𝗔𝗢𝗦┃ᵗʰᵉ ʷᵃˡᵏⁱⁿᵍ ᵈᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora