16-EU NÃO MEREÇO....

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PHILLIP

-- Pêssegos e figos .... -- As palavras de meu primo queimam em meu cérebro , imagens daquela noite preenchem minha mente , mãos delicadas , pele macia , cabelo cheiroso ,seu corpo quente junto ao meu , era ela ... era minha Marcelle comigo , nossa noite mágica , nossa menininha , minha menininha ... minha gatinha ... que estava morrendo dentro daquele quarto , minha vida ..., é como se um caminhão passasse sobre o meu corpo neste momento , não tenho forças , se já estava no meu limite , agora é ainda pior , caio de joelhos e choro desesperado por tudo que perdi , e que ainda posso perder

-- Não !!!... não pode ser !!!...-repito como um mantra , sinto uma mão tocar o meu ombro , é meu pai , ele me olha e seus olhos estão cheios de dor ele também chora, me ajuda a levantar e me apoia , minha mãe se aproxima e me abraça , olho para ela, para Marcelle , ela esta zangada , me encara cheia de raiva, esta abraçada a Raphael e Moira que a estão apoiando neste momento

-- Vem vamos para o meu consultório - diz o médico - lá poderemos conversar com mais discrição ...-ninguém diz nada , vejo que todos da família estão em silêncio , esperando , Megan esta chorando abraçada ao marido , com Cindy ao seu lado, percebo que estão todos chocados, caminhamos até o consultório e me sento , meus pais vão comigo , Marcelle se senta ao meu lado , ela abraça o próprio corpo , pego sua mão , ela me olha assustada , mas não a retira , percebo agora que ela esta confusa e como eu com medo de tudio que pode acontecer

-- Resumindo a historia toda ... - diz Moira , tomando a frente -- Helena precisa de um transplante de fígado , como esse tipo de procedimento é feito de paciente vivo estamos a procura de um doador ...

-- E como dona Marcelle não pode ser doadora da filha , por elas terem tipos sanguíneos diferentes... - diz o medico - contamos que em sua família tenhamos alguém que possa ... mas temos que ser rápidos , uma vez que seu estado é critico

-- Qual é o tipo sanguíneo de minha filha ...-minha voz sai rouca , e Marcelle aperta a minha mão, quando me refiro a Helena como minha filha , meu peito se aquece e meus olhos se enchem novamente , eu tenho uma filha , apesar de tudo ela é minha e eu vou lutar por ela com todas as minhas forças e para sempre .

-- seu tipo é O negativo - diz Moira

-- O meu com certeza é esse ... - digo feliz , há uma esperança

-- O meu também ...-diz meu pai - e o de Patrick também , de quase todos os Strauss ...-ele completa

-- É verdade - diz meu primo Raphael - o meu também é O negativo ...

-- Que coincidência ... - diz Moira encarando Raphael - mas meu filho Benjamim também é O negativo -- ela olha para ele pensativa, percebo meu primo ficar constrangido

-- Mas vejamos bem , a priori vamos fazer os testes com os mais próximos - diz o medico - O pai , o tio e o avô ... se necessário , coisa que eu acho difícil ... fazemos com os demais parentes , agora achando o doador , os outros membros da família podem doar sangue , visto que será necessário durante a cirurgia...-ele aperta uma campainha e logo uma enfermeira entra na sala - os acompanhe ao banco de sangue para a coleta para o exame de compatibilidade ...

-- Eu os acompanharei -- se oferece Moira - quero ver como se faz aqui na America , ai então volto para estudar todo o procedimento com o senhor doutor ... - nos despedimos do médico e vamos seguindo a enfermeira , eu ainda segurando a mão de Marcelle , quando ela para ,eu a olho ela esta olhando direto para James , larga a minha mão e vai ao seu encontro , ele esta transtornado , os deixo para trás e sigo com meu pai , meu irmão não olha na minha cara , ele esta zangado , entramos na sala e o enfermeiro responsável vem imediatamente nos atender , faz algumas perguntas e praxe e coleta nosso sangue , estamos saindo da sala quando minha mãe chega acompanhada de um de nossos seguranças carregando uma valise

Me ame!!Onde histórias criam vida. Descubra agora