Chegando no hotel, Lay já estava lá, espichado em sua cama.
— Faça alguma coisa, Lay!
— Você é muito mimado, cara. O que quer que eu faça?
— Eu pensei nisso durante o vôo; vasculhe as redes sociais de todos os que trabalham na empresa fantasia XX, que é onde é acobertada a máfia do Park Chaesang. ENCONTRE A PORRA DAQUELE HOMEM!
— Você continua sendo mimado. — Pegou um notebook de sua bolsa, alguns modens médios e começou a fazer o que havia sido ordenado.
O infeliz não conseguiu localizar nenhuma rede social de Kobal, porém achou uma foto no twitter de uma mulher, que estava acompanhada dele e outras pessoas, anunciando algo sobre um evento na casa dela.
Luhan fez Lay ficar impregnado no computador até achar o endereço da mulher e mais informações sobre a tal festa; que era uma pequena comemoração de seu aniversário.
A mulher gostava de moda, então sem dúvidas Luhan apareceria lá na maior cara de pau.
(...)
Na noite da comemoração, o mais novo vestia um blazer rosa claro com uma camiseta azul bebê, destacando bastante seu maxilar. Obrigou Lay a usar um terno carmesin, o que o deixou bem charmoso.
Quando chegaram ao local, a mulher rapidamente se surpreendeu, mas os recebeu justamente por Luhan ser quem é, e ela automaticamente ficou encantada com ele.
Após ela forçá-lo a cumprimentar várias pessoas da festa, ele se encosta perto da mesa de coquetéis e enxerga Oh pegando uma bebida para si. O homem usava um terno xadrez de cor azul cobalto e um sobretudo caramelo. Só de olhá-lo o mais novo sentia uma sede insaciável. Caminhou até ele.
— Você de novo, Oh Sehun. — Sorriu cínico.
— Você é o da Sun Ye On, não é? Qual seu nome mesmo?
— Urgh... é Luhan.
— Oh sim, nos vemos de novo, huh? — Sehun estava incomodado, queria sair dali por sentir aquela maldita dor de cabeça sempre por estar perto daquele moleque.
— Eu tenho a impressão de que nos conhecemos bem antes, porque eu tenho um interesse muito peculiar em você. — Disse Luhan, bebericando a taça da vodka cara que tinha em mãos.
— Eu conheci um garoto parecido com você, porém sei que não são a mesma pessoa. — Colocou as mãos nos bolsos.
— Como tem tanta certeza? — Franziu o cenho.
— Porque eu esmaguei a cabeça dele com uma marreta. — Deu de ombros, rindo. Luhan não se surpreendeu com a notícia, ele sabia que aquilo era uma das coisas mais simples feitas por Oh Sehun.
— Que bom que está morto, se era parecido comigo, sem dúvidas era lindo e não deveria ser comparado a mim.
— Você é muito mimado.
— Já me disseram isso hoje, pode ter certeza.
A cabeça de Oh latejava, só de olhar para o jovem a sua frente. Ele odiava isso, e não tinha o mínimo de interesse no chinês. Jurava para si que não.
— Você já parou de encher meu saco? Preciso sair. — Declarou, passando a língua no lábio inferior, enquanto encarava Luhan, sem expressão.
— Claro, mas eu não vou desistir de você, Kobal. — Ele mesmo saiu de perto do mais velho, indo para o lado de Lay.
O coreano foi para longe, indo encontrar-se com alguns conhecidos, sem entender nada.
(...)
Já era quase madrugada, quando Oh chegou em casa, levemente alterado.
Ele saiu do elevador, encontrando o garoto de mais cedo encostado na parede.
— Finalmente você chegou... — Luhan suspirou, descruzando os braços.
— Me deixa em paz. — Começou a caminhar, meio zonzo e estressado.
— Hey! — Luhan grita, correndo atrás do mais velho — Por que me evita? — Ele puxa seu braço com força, e estremece ao ver o maxilar trincado, a veia na cor verde, saltada por debaixo da fina pele leitosa do homem à sua frente. Sua íris estava completamente vermelha, e a pupila dilatada tremia.
Luhan não se assustou com a cena, apenas achou intrigante que Sehun nunca tenha percebido isso nele mesmo, ou talvez percebeu e ignorou? Ele não sabia mais de nada.Não comentou nada enquanto Sehun abria a porta, e entrou por debaixo do braço do maior.
— O que te faz pensar que você pode entrar assim na minha casa? — Indagou irritado.
— Eu posso ser o que você quiser, cara.
— Não estou interessado em garotos de programa, sinto muito.
— Você é muito idiota. — Recebeu um olhar de indiferença.
— Quem você pensa que é, garotinho? — O coreano se aproximou, puxando os cabelos da nuca do mais novo, encarando-o de perto, com os narizes quase a se roçarem — Acha que porque seu papaizinho é da Sun Ye On, pode fazer o que quiser? Huh?! — Colou seu corpo ao dele, com uma das mãos afundadas no seu quadril, e a outra ainda puxando seus fios.
— Não... — Negou com dificuldade, e a respiração entrecortada — Eu apenas gosto de brincar com você.
— Eu não sou um brinquedo, pelo contrário. Sou a criança que brinca. — Sorriu de canto, cerrando levemente os olhos.
— Por que não deixa eu virar seu brinquedo então, huh? — Pegou em seus braços grossos, e tentou beijá-lo, porém foi afastado quando Sehun puxou seu cabelo.
— Você é um brinquedo chato, como uma pelúcia que você brinca quando ganha, depois coloca em cima da estante e esquece lá. — Falou baixo, perto do ouvido de Luhan. O chinês engoliu em seco, soltando suas mãos dos braços do outro, sentindo um nó na garganta acompanhado de uma dor na sua caixa torácica ao ouvir aquilo.
— Mas você nunca brincou com sua pelúcia nova... — Sua voz era carregada, ele não queria desistir de importunar Sehun, pois, pela primeira vez, estava sendo maltratado assim, e ele gostava disso.
— Você é um puta pervertido, não é? — Soltou o corpo do mais novo, caminhando pelo apartamento enquanto desabotoava sua camisa social preta, seus olhos continuavam vermelhos.
Em sua mente, agora ele apenas queria provocar Luhan, até assolar o juízo do jovem, que nem ele fez com o dele. Porque aquilo era divertido por demais, porque ele queria encontrar uma forma de tirar Luhan de vez da sua cabeça, porque ele queria possuí-lo, porém ao mesmo tempo esquecer de sua existência.
Porque ele o queria, mas não admitiria isso nem pra si mesmo.

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KOBAL [HunHan]
FanfictionNa qual Oh Sehun é um demônio, mas ele não sabia disso até conhecer Luhan, um poderosíssimo Incubus. © LumiPaper