A Escolhida

Cap 11 - Sem chão

P.O.V Ayla

Estava deitada, escutando minhas músicas e lendo meu livro preferido "Querido John", era um dos livros que mais mexia comigo.
Fazia uns 10 min que papai havia ido embora.
Um número desconhecido me liga, umas 3 vezes.
Atendo a primeira vez, mas o sinal estava péssimo, não dava pra ouvir nada...

Resolvo descer até a sala, iria aproveitar que mamãe estava de folga para chama-la para irmos comer em algum restaurante japonês, era a comida preferida dela.

Desço e encontro mamãe ao telefone chorando, fico preocupada, mas não a atrapalho, devia ser algo importante, ela estava muito chocada com algo que havia acontecido e acaba desmaiando, entro em desespero ao ver a cena e apoio a cabeça dela em meu colo, para que não batesse a cabeça no chão.
Pego o celular que ainda está na chamada.

-Alô? O que houve? Minha mãe desmaiou! Falo repreendendo quem quer que fosse do outro lado da linha.

-Olá, quem é você? A voz fala do outro lado da linha.

-Sou filha dela, o que houve?

- Dylan Collins é seu irmão? A voz pergunta

-É sim! O que aconteceu com ele?

-Então, um caminhão atingiu o carro do seu pai e o mesmo veio a capotar. Seu irmão não resistiu e morreu na hora do acidente.

Começo a chorar desesperadamente.

-E meu pai? Pergunto em prantos.

-Seu pai está em estado grave! Como eles não havia saído da cidade ainda, ele foi mandado para o Sout Flórida.

- Ok, estou indo pra lá!

Mamãe acorda e logo volta a chorar, tento acalma-la mas não adianta.
Meu coração faltava ter um ataque com a dor do luto e por ver mamãe sofrendo daquela forma.
Logo ela para de chorar, sempre foi muito forte, até mesmo quando sua mãe faleceu ela se manteve na postura, mesmo que vovó estivesse muito debilitada, ela ainda era sua mãe, mas ela acreditava que era melhor assim."Estava na hora da vovó descansar" mamãe dizia.
Mas perder um filho, na flor da idade e com uma boa saúde, era desesperador!

Ela se recompõe e vamos até o hospital.
Meu pai estava na U.T.I, seu estado era grave, ele teve hemorragia cerebral.
O médico não me deixou entrar por ser menor de idade.
Mamãe entrou e fiquei a esperando na sala de espera.

Na Tv do hospital já era noticiado "o trágico acidente" na rodovia, e a foto do meu irmão e de meu pai passava na tela.
A essa altura, Flórida inteira e Baltimore já estavam sabendo do ocorrido.

Vovó Laura me liga avisando que estaria vindo para o hospital visitar seu filho, ela falava chorando.

Acabo dormindo ali mesmo.

Acordo com um pulo na cadeira, ao sentir alguém tocar meu ombro.
Era vovó, que senta do meu lado, aviso que mamãe estava lá dentro e que só podia entrar um por vez. Ela assente e ficamos ali por um bom tempo.

Mamãe sai e diz que ele iria ficar um bom tempo internado porque seu estado era muito grave e ele estava desacordado porque tinha passado por uma cirurgia,  vovó entra para ve-lo e eu e mamãe vamos para casa.