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"Onde está você agora? Outro sonho. Os monstros correm soltos dentro de mim." - Faded.

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É amigo de Mariana, Diego. Ela gostava dele, mas, ainda gosta... Um pouco. Bem, não tanto... Ou sim, não sei.

-Oi filho de uma... - ele a interrompe.

-Antes que você venha xingar minha mãe, quero que se lembre que você é uma vagabunda, vadia. Mas eu te amo, ok? Ok. - ele a abraça.

-Atábom. Também te amo. - ela o solta.

-Oi, idiota. - falo e ele me olha.

-Oi, idiota. - ele se senta na cadeira da sala.

Faz tanto tempo que não o vejo, que nem lembro do quão idiota ele é.
Após umas... 1/2 horas, todos se foram. Fiquei sozinha, pensando e refletindo o tempo em que passei em um hospital. Meu trabalho, minha família... Tanto tempo gasto. Antes que meus pensamentos ficassem mais profundos, a porta abre.

-Oi... Tudo bem? Eu só vim avisar que, você terá alta daqui a alguns dias, certo? - diz o médico.

-Ah... Ok. Bom saber. Fiquei muito tempo aqui. - digo e ele sorri.

-A propósito, me chame de Nogueira. - diz preparando algo na mesinha que estava ao lado de um mini armário.

Foi cansativo, é cansativo... Parando pra pensar, onde estaria meu celular...?
Antes que o médico fosse embora:

-Ei! Saberia me dizer onde está meu celular?

-Oh... Um rapaz trouxe, não lembro o nome, tome. - ele me entega o celular e logo em seguida sai da sala.

Destravo a tela do celular, são 22:36. Tinham muitas mensagens, o total de... 38... Nossa, muitas,todas da mesma pessoa.

Acho que ninguém percebeu que eu sumi, nem minha mãe. Mariana não perderia tempo me mandando mensagem sabendo que estava no hospital, pois no meu número de emergência, oque está, é o dela, sendo assim, a pessoa que me achou, deve ter ligado após me trazer pro hospital. Bem, não queria dormir... Mas não tem nada pra fazer, então, desliguei meu celular e o coloquei com dificuldade na cômoda ao lado de minha maca.

Se passam 10min e meu celular começa a vibrar, é Gabriel, mas, não o namorado de minha amiga... Meu amigo. Atendo.

-Oi! Finalmente atendeu... Depois de 2 meses, você tem noção do quão preocupado fiquei? Hum? Sabe quantas vezes mandei mensagem pra Mariana perguntando sobre você e ela não me respondia...? Você me faz querer te bater, te esfaquiar e depois cuidar de você, sua idiota.

-Oi... Grosso. Eu não posso nem ficar só 2 meses sem falar com você e você já me agride. Eu estou no hospital. Desculpa por não atender, é que eu realmente não podia... - digo e fica um pequeno silêncio.

-Me... Desculpa, não sabia. Você... Você está melhor? - pergunta.

-Hum... Sim. Acho que exagerei um pouco. Uma pessoa me trouxe aqui. Fiquei desacordada por esse tempo, não lembro a causa...

Ficamos um tempo conversando, até que escuto um barulho estranho no lado de fora. Ponho a ligação no mudo e desço da cama. O hospital está praticamente isolado, não têm ninguém por perto. Estou descalça e fraca. Meu celular em minha mão esquerda e a direita me dando apoio,segurando nas paredes para que eu não caia. Ouço uma voz masculina e uma feminina.

-Vamos, você não tem outra opção, tem? - diz o homem.

-Ma-mas sen-senhor... - a mulher fala assustada.

Não ouço mais nada, apenas um barulho de tiro. Minhas pernas estão tremendo muito, minha respiração acelerada e meus pulsos doloridos. O pânico me invade quando percebo que não ouço mais ninguém. Tento rapidamente voltar para a sala onde eu estava, mas... Alguém me segura.

-Ei! Venha comigo. - sussurra o médico.

Ele me levou para os fundos do hospital, onde havia uma porta.

-Vamos, depois explico tudo.

Fomos para um carro vermelho, não é "ostentação", mas é bem confortável.

-Tome, coma essa maçã. Você está meses sem comer. Lembra o caminho da sua casa? - fala tirando o jaleco.

-Acho que... Si-sim...

Está tão escuro, tão assustador. Logo ouço o barulho do carro de polícia lá no local do hospital, e logo depois uma ambulância. Eu me pergunto, o que houve lá.

Continua...

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ωну?Onde histórias criam vida. Descubra agora