cap. 12

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O prédio do Shawn era absolutamente incrível. O hall de entrada era todo finalizado em mármore branco.

Entramos no elevador e ele digitou um código no painel, não era um andar, ele morava na cobertura. Comecei a suar. Como eu podia estar me sentindo intimidada por um garoto de 20 anos?

O tempo dentro do elevador passou devagar e o Shawn não parou de me encarar um minuto sequer. Queria poder ler a mente dele.

“Posso fazer uma pergunta?” falei, quebrando o silêncio.

“Isso já é uma pergunta” ele respondeu, sorrindo.

“Posso fazer duas perguntas, essa e mais uma?” retruquei.

“Sim, espertinha” ele revirou os olhos mas tava bem humorado.

“Você disse que sonhou comigo...” soltei, tava nervosa.

“Isso não foi uma pergunta” ele falou, enquanto saíamos do elevador.

O apartamento dele era impecável. A vista era tremenda. Acho que nunca vi nada mais bonito.

“E a pergunta?” ele insistiu no assunto.

“Queria saber sobre o que foi o sonho” falei finalmente.

“Tem certeza?” ele sorriu.

“Não” sorri de volta e ele gargalhou.

“Quer seu copo de água agora ou depois que eu contar o sonho?” ele falou, me encarando.

“Depois, eu acho” falei.

“Então tá” falou, se aproximando de mim.

“No meu sonho você estava deitada na minha cama, espalhando esse cabelo lindo no meu lençol branco e implorando pra eu te dar mais...” ele falou enquanto passava a mão pelo meu cabelo.

“Me dar mais? De que?” falei e percebi que estava prendendo  a respiração.

“Mais de mim!” ele deu mais um passo na minha direção e eu não consegui me mover mesmo sabendo que devia me afastar.

Eu não sei o que ele tinha, mas eu sentia meu corpo inteiro formigar, o olhar dele no meu me deixava tonta, e então ele me beijou. Tudo pareceu fazer sentido quando eu senti a boca dele na minha e suas mãos correndo por minhas costas.

Ele me beijava com vontade, pressionando seu corpo contra o meu, e quando me dei conta minhas mãos já estavam entrelaçadas em seu pescoço.

Quando nos soltamos, o que me pareceu uma eternidade depois, ele olhava dentro do meu olho.

“Sabe, Ella, desde que sonhei com você minha mente ficou toda bagunçada, eu penso em você o tempo todo” ele falou baixinho.

“Eu precisava saber o seu gosto, eu precisava sentir o seu corpo contra o meu, e hoje quando te vi entrando por aquela porta eu fiquei maluco!” continuou...

 Eu tava sem reação, ele me olhava de uma forma que fazia minha mente viajar à lugares inimagináveis.

“Esse vestido...” falou passando a mão pelo meu corpo até chegar na barra do meu vestido, e minha pele inteira se arrepiou, ele sorriu.

“Eu soube no mesmo minuto que não ia aguentar, eu precisava de você, eu queria você...”  ele falou baixinho, chegando perto de mim.

“Eu quero você!” falou no meu ouvido e deixou um beijo no meu pescoço, mais um arrepio percorreu todo o meu corpo.

E então ele me beijou de novo, com mais vontade dessa vez. Nos embolamos e quando me dei conta estávamos no sofá e eu estava em seu colo. Ele separou sua boca da minha e tirou meu casaco e em seguida a sua blusa.

O corpo dele era escultural. A barriga definida e os braços fortes que estavam a minha volta, eu tava pegando fogo. Dessa vez quem beijou fui eu, e senti que precisava matar essa sede que eu estava sentindo.

Sede! Essa palavra me fez lembrar que eu tinha subido apenas pra beber um copo de água. As mãos dele estavam em todos os lugares do meu corpo, eu sentia as investidas dele, meu vestido estava na minha cintura por conta de nossa posição e ele não parava, eu sentia que ele não ia parar nem tão cedo, e então me afastei, puxando meu vestido.

“Eu preciso ir!” o que eu estava pensando? Isso não tinha a menor chance de dar certo.

“Ella? O que eu fiz de errado?” ele perguntou transtornado.

Meu olho correu por todo o seu corpo e eu não sei como tive forças pra parar, queria estar no colo dele agora mesmo.

“Shawn, eu trabalho pra você! E eu disse que isso não iria acontecer. Não tem como isso dar certo.” falei, chamando o elevador.

Voltei pro sofá pra pegar meu casaco e ele pegou no meu pulso.

“Você não pode me deixar aqui nesse estado, olha o que você faz comigo” ele falou olhando no meu olho.

“Você sabe que eu tenho razão, já deve ter vivido esse momento com várias outras funcionárias, não tem como isso dar certo” falei e me afastei, senão não iria resistir.

Andei até o elevador e ele continuou sentado no sofá.

Onde eu estava com a cabeça quando eu aceitei subir no apartamento dele? 

Perfectly WrongOnde histórias criam vida. Descubra agora