Capítulo 3: Hofstadter Club

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Ano atual: 2137 a.D.

»« BIP BIP BIP BIP BIP »«

O som irritante do alarme ressoava.

Tereus já estava sentado à cama, como de costume, acordado 15 minutos antes do despertador tocar. Ele olhou para o relógio, 7:00 a.m. Espira profundamente antes de se levantar. Já faziam dois anos desde o seu "despertar". Agora ele já tinha a própria casa e não precisava mais morar no alojamento. Se levanta, retira a toalha úmida do banho, expondo sua nudez ao ar levemente frio do quarto e começa a se vestir.

Desde o Projeto Poseidon, a vida pessoal dele havia virado uma rotina. Após terminar de se vestir, pega a toalha molhada e leva para estender na pequena área do seu apartamento. Vai até a sala, pega seu coldre, chaves, nexus e carteira. Antes de sair, dá uma checada no visual no espelho próximo a porta. O cabelo ainda estava úmido do banho. Calça suas botinas e finalmente sai.

Apesar da existência do elevador no prédio, Tereus sempre descia pelas escadas. Para ele, esse pequeno exercício matinal o ajudava a espantar os resquícios do sono. Chegou à garagem e apertou o botão de alarme. Bip-bip. Coloca o capacete, e sobe na moto. Verifica seus espelhos e então liga o motor. Observa com cautela o ambiente a sua volta. Dá partida e sai.

Seu turno começa às 8:00 a.m., ainda tinha um tempo bom para ir até a sua cafetaria favorita se alimentar.

Cafeteria Yanaka

Estaciona a moto em uma das vagas da frente. Tira seu capacete, ata-o a moto com um cadeado-colar. Liga o alarme e entra. Como sempre, devido ao horário, ainda tinham muitas mesas vagas. Escolhe uma mesa próximo a janela, no canto da cafeteira e aguarda a recepção de uma garçonete. Coloca o seu nexus e começa a visualizar as notícias enquanto aguarda.

— Bom dia, tenente. Qual o pedido de hoje?

— Bom dia. Me veja um amaretto e um cheesecake. – responde desligando o nexus.

— Certo. Já trago. – responde a jovem anotando o pedido, reverência e segue para o balcão.

Ele se recosta no banco para esperar a chegada do pedido, observa por alguns instantes o ambiente e começa a pensar de novo na garota do bar. Já havia se passado quatro meses desde que a viu pela primeira vez. A beleza dela, estranhamente, atraia seu olhar sempre que a via no bar. Ele já havia conseguido perceber os turnos de serviço dela há dois meses e começara a frequentar o bar "coincidentemente" nos dias em que ela atendia. Não sabia explicar em palavras que sensação era aquela que ela lhe causava, mas desde que a encontrara, sua relação com Donna tornava-se cada vez menos satisfatória.

— Aqui está. Tenha uma boa refeição. – fala a garçonete enquanto servia o pedido.

Tereus agradece. Aprecia seu café da manhã e depois segue para o trabalho. O trânsito estava tranquilo a pesar da hora. Decide então tomar a Rota Principal para o prédio da ES.W.A.T. e chega lá em pouco menos de 20 minutos. Estaciona a moto e dirige-se a pé para a entrada principal.

— Bom dia 1º Tenente.

— Bom dia, Markus. – Tereus responde de maneira informal a recepção do amigo. – Algum serviço externo para fazermos hoje? – ambos se põem a caminhar para a sala do Cap. Rogers.

— Não, apenas o de sempre.

— Certo. O restante da equipe chegou?

— O Bodenstein ligou informando que chegaria com um pouco de atraso.

Um novo amanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora