V - Pretty Poisons

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Boa leitura ;)
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- Tudo bem. O que é isso? - entreguei a carta pra ela

- É melhor nos sentarmos.

Aí merda. Caralho alguém morreu? Meu pai morreu? Alguém tem câncer? Puta merda essa é a pior frase pra começar uma conversa séria.

- Tá bom, - me sentei e ela também - agora me fala o que aconteceu.

- Verônica, o homem de ontem não era só uma pessoa aleatória que chegou aqui e fez aquilo. - até aí bem óbvio né mãe - Lembra dos seguranças do seu pai?

- Eles eram muitas coisas mãe, mas eu não chamaria eles assim. - fiz uma careta.

Ela revirou os olhos - Enfim, seu pai colocou um nome neles. Guarda Pessoal da Família Lodge. Colocando em siglas...

- GPFL.

- Isso. Como você sabe, a maioria deles foi preso junto com seu pai. Porém, alguns sobraram. Os que sobraram, mandaram essa carta para nos avisar sobre um certo... ex negociante, digamos assim. A carta foi deixada aqui pelo homem de ontem, e ele foi ameaçado, então ou ele morria aqui ou morria lá. Enfim, pouco antes de ser preso, ele ia pagar a dívida. Só que ele não pagou. O banco trancou nosso dinheiro, não nos sobrou quase nada, e é uma dívida muito alta. É um dinheiro que eu só conseguiria juntar em três anos, ou mais. Sem seu pai aqui, sou apenas eu.

- O que isso significa? Quanto tempo nós temos pra pagar?

- Um ano.

- E o que acontece se não pagarmos dentro do prazo? - ela parecia nervosa antes de me responder.

- Ele mata você.

- O QUE?

- Foi esse o trato. Seu pai tinha quase todo o dinheiro, mas aí tivemos aquele problema.

- Acho que é um pouco pior que apenas um problema. - eu estou muito puta, sério - é da minha vida que a gente tá falando mãe. Vocês me colocaram como recompensa?

- Mija, não é assim que você tem que ver as coisas, nós tínhamos como pagar, e foi ele que escolheu a punição...

- Então se dentro de um ano nós não arrumarmos o dinheiro, eu morro? - eu estou simplesmente incrédula - De quanto dinheiro estamos falando?

- 4.500.000 dólares. - ela olhou para baixo.

- NÓS DEVEMOS MILHÕES? MÃE COMO A GENTE VAI ARRUMAR ESSE DINHEIRO?

- Verônica calma, nós vamos dar um jeito, eu prometo mija. - a parte mais triste, fora o fato de ela estar chorando, é que nem ela parecia acreditar no que dizia.

- Mãe, eu só... preciso de um tempo, ok? Nós vamos dar um jeito. - saí da sala.

É oficial. Eu vou morrer. Não existe a menor possibilidade de conseguirmos esse dinheiro, nem por macumba. Mas ao invés de me enfiar nas cobertas e chorar, eu vou aproveitar como nunca. O melhor a fazer é esconder minha dor e o meu problema, e assim eu vou conseguir aproveitar melhor o tempo que me resta.

[...]

Cheguei a escola e logo percebi que todos me olhavam. Eu deveria imaginar que isso não demoraria a acontecer, considerando quem é minha melhor amiga.

- Morena! Me encantei com o seu jeito de olhaaaaar- ela veio até mim pelo corredor cantando a música Morena para mim, enquanto todos olhavam pra ela.

- Bom dia Cher - falei com um falso bom humor enquanto colocava um braço ao redor de seu pescoço - Conseguiu me arrumar o teste?

- Consegui, mas tem um porém. Não vou ser eu a te avaliar, vão ser as garotas. - começamos a andar enquanto ela colocava seu braço ao redor da minha cintura.

- Como assim? - olhei confusa para ela.

- No ginásio eu te explico. Agora, vamos pro vestiário porque ninguém dança com roupas assim.

[...]

- Bom dia garotas. Como vocês já sabem, nós tivemos um pequeno contratempo na hora dos testes, e uma das candidatas não pôde estar aqui. Felizmente, eu consegui encaixar esse teste para ela de última hora. Ela fará uma pequena apresentação agora. Nós duas iremos dançar a mesma música, e no fim, vocês decidem se ela está aprovada ou não. - ela sorriu e olhou para mim - Vee, pode vir aqui? - ela andou até o centro do ginásio, me esperando.

Assim que cheguei lá, uma das Vixens ligou a música e Dj Turn It Up começou a tocar nas caixas de som. Dançamos durante um minuto, até que uma garota morena de cabelos cacheados pausou a música. Olhei atentamente para ela e lembrei que foi uma das pessoas que Cheryl me mostrou. Acho que essa é a Josie.

- Tudo bem garotas, acho que vimos o suficiente. Olha eu não sei pelas outras, mas por Deus Verônica, onde você aprendeu a dançar desse jeito? - ela sorriu e eu retribui o sorriso. Ouvi os sussuros das outras Vixens concordando.

- Obrigada Josie. E então garotas? Eu to dentro? - olhei para elas, mas antes mesmo de começar a dançar eu já sabia que entraria. Verônica Lodge sempre consegue o que quer.

[...]

Após mais sessões de tortura que a escola tenta chamar de aulas, finalmente chegou o intervalo.

Cheryl e eu sentamos numa mesa e ela começou a me contar sobre a família e sobre a namorada, que até então eu não sabia que existia. Ela disse que ela se chama Antoniete e que ainda não veio a escola porque está doente.

- Sabe, tem uma coisa que eu estava querendo te contar. Toni é uma ex serpente, e eu também. Jughead nos expulsou de lá e criamos uma gangue só nossa, as Pretty Poisons. É uma gangue exclusiva de garotas, e eu queria te chamar pra entrar.

- Eita, calma que é muita informação. - fiz um sinal de tempo com as mãos - Você tá me chamando pra entrar pra uma gangue? Bom, se for isso, eu aceito, - ri - mas é facil assim?

- Claro que não, tem um pequeno teste a ser feito antes. Vá na minha casa hoje a tarde e eu te explico melhor.

- Por que não aqui?

- Você vai entender.

Terminamos de comer e o sinal tocou, nos puxando de volta para aquele sofrimento que parece ser eterno.

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Gente, eu não ando com muita criatividade esses dias, então por isso o capítulo ficou curto, mas o próximo vai estar maior, e vocês vão começar a entender mais do problema da Vee...

Love In A Year - VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora