IV - A Carta

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Leiam as notas finais.
Aproveitem a história ;)
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Voltei pra dentro, já ficando bastante insatisfeita pela atenção que estou recebendo. Óbvio que eu amo ser o centro do assunto, mas não desse. Por Deus, eu to bem. Eu já vi coisas piores, não to traumatizada nem nada do tipo, mas a policial na minha frente parece discordar.

- Srta. Lodge, pode me dizer novamente o que aconteceu? Ou não se sente bem para repassar a história? - a calma dela é extremamente irritante. Parece que está falando com uma criança ou com alguém mentalmente instável.

- Eu já expliquei essa história várias vezes, estou cansada. Se quiser saber sobre ela novamente, vá até aquele policial que anotou tudo num bloquinho. - caminhei até a porta do meu quarto, que já estava limpo e usável novamente, não dando tempo para a policial me alcançar e tentar me pressionar mais.

Saí da sala na cara dura mesmo. Já expliquei várias vezes a mesma história. Eles acham que eu estou omitindo alguma coisa, mas não tem nada. Nem eu que estava presente na cena entendi o que aconteceu, quem dirá ela.

Não havia nada pra fazer, então mexi um pouco no Instagram e depois decidi dormir.

[...]

15:21

Abri meus olhos e a primeira coisa que percebi foi que estava babando no meu travesseiro. Incrível Verônica, elegante como sempre.

Peguei meu celular para ver as horas e vi sete chamadas perdidas da Cheryl, que misteriosamente conseguiu o meu número. Não que eu já não fosse passar pra ela, mas me preocupa saber que não é difícil conseguir acesso a mim.

Decidi ligar pra ela, já me preparando pro escândalo/drama que ela vai fazer.

- Verônica eu te dou trinta segundos pra me explicar por que não ligou pra mim até agora.

- Sabe Cher, os humanos precisam dormir para ter energia e sobreviver pelo resto do dia, e quando você passa a noite sem dormir, geralmente fica com sono. - falei debochada, sem o mínimo de paciência pra merda nenhuma hoje - Eu ia te perguntar se você quer me encontrar no Pop's daqui uns dez minutos.

- Vee, estou decepcionada por você achar que tinha que perguntar. Eu tenho cara de quem perde fofoca? - ela falou falsamente magoada.

- Tudo bem, então te encontro lá daqui a pouco. - desliguei.

Joguei o telefone sobre a cama e fui até o closet, que estava mais caótico que o Inferno. Depois de conseguir bagunçar ainda mais o que eu achei que não tivesse como piorar, achei meu vestido preto que combinam com o par de saltos que eu quero usar. Me olhei no espelho e coloquei novamente meu colar de pérolas, sentindo novamente aquela sensação de tristeza e nostalgia, misturadas com um pouco de felicidade por me lembrar os bons momentos em que eu ganhei aquele colar. Eu tinha vários: todos iguais, com a mesma quantidade de pérolas. Um colar para cada merda que eu descobrisse que meu pai fez.

Saí do quarto, completamente pronta e sem maquiagem, ignorando todos a minha volta e saíndo. Não achei necessário pedir pro nosso motorista me levar, então peguei as chaves do carro e fui sozinha.

Quando cheguei, a coisa ruiva que eu chamava de amiga já estava lá. Seus cabelos estam presos num coque frouxo, sua boca marcada por um batom vermelho, e seu vestido completamente vermelho, não marcava muito seu corpo, mas mostrava o suficiente para que quem a visse soubesse que tem um corpo invejável. Ela está arrumada como se fosse para uma festa, mas sua atitude demonstrava que estava acostumada a se vestir estilo femme fatale todos os dias. Agora estou curiosa para saber como ela se arruma quando vai a uma festa.

Love In A Year - VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora