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Acordei com o som irritante do despertador, queria dormir mais um pouco afinal, ontem eu fiquei conversando até bem tarde com os outros. Sentei na cama e fiquei pensando no motivo de ter acordado cedo no sábado.

Como não conseguiria dormir de novo resolvi levantar e como de costume, tomei meu banho, escovei os dentes e desci pro café da manhã. Encontrei minha mãe na cozinha e fiquei um pouco surpresa por ela ainda estar em casa.

-- Mãe, bom dia. Ainda não saiu?

-- Ainda não, hoje tenho dia de folga. Só irei pela noite para fazer plantão.

-- Que bom! - Me aproximei do balcão e sentei em um dos bancos.

-- Já que eu tenho a manhã livre, preparei um café da manhã pra vocês.

-- Ainda bem, eu tô com fome. - Disse rindo. - Onde estão a Naminé e o Lea?

-- Lea foi pra faculdade e Naminé ainda está dormindo.

-- Ela deve ter chegado um pouco tarde. - Falei baixinho para minha mãe não ouvir.

-- O que disse?

-- Nada, estava pensando sozinha. - Falei tentando disfarçar.

-- Não vai comer filha?

-- Ah, é mesmo. - Ri e comecei a comer um pedaço do bolo que ela tinha feito.

Estava terminando de comer quando Naminé desceu as escadas.

-- Finalmente acordou, hein!?

-- Não contou nada pra mamãe né? - Ela perguntou baixinho.

-- Não, mas você vai ter que contar.

-- Não Kairi, enlouqueceu? Eu não vou contar nada, não tem nada pra contar, nem estamos namorando.

-- Então, ele te chamou pra quê ontem?

-- Só pra passarmos um tempo juntos.

-- Ele não disse nada em relação a gostar de você?

-- Até falou, mas, não acreditei muito.

-- O que ele falou?

-- Vamos pro quarto e a gente conversa melhor!

-- Tudo bem.

Subimos as escadas e entramos no quarto de Naminé. Eu sentei na cama e olhei para ela, esperando-a começar a falar.

-- Então, ele disse que se eu aceitasse namorar com ele, ele ia parar de ser... Mulherengo.

-- Aah, e o que você disse?

-- Eu fiquei apenas calada.

-- Porque não aceita?

-- Não consigo acreditar que ele pode mudar.

-- Ele pode mudar por você, se gosta de você de verdade.

-- Eu vou pensar!

-- Tudo bem. - Sorri e levantei da cama.

Naminé abriu umas gavetas da sua cômoda e tirou dois pequenos papéis.

-- Você vai sair hoje?

-- Eu não sei, não tenho nada planejado. Porque?

-- Que tal um Spa Day? - Ela perguntou animada.

-- Um Spa Day?

-- Sim, eu ganhei um sorteio e marquei uma reserva pra fazer cabelo, unhas e outras coisas.

-- Nam, sabe que eu não gosto dessas coisas.

-- Vamos?! Vai ser legal. Dar um trato no seu cabelo, usar máscaras de pepino...

-- Aah! Não mesmo.

-- Você vai sim! - Ela disse, me empurrando até meu quarto. - Pode ir se arrumando.

-- Tá, tudo bem! Mas só dessa vez.

Troquei de roupa fui para a sala esperar Naminé para podermos ir, sinceramente não gosto dessas coisas de maquiagem, outras coisas. Acho muito desnecessário.

Minha mãe estava descendo as escadas já com a típica roupa do trabalho.

-- Vai sair filha?

-- Sim, vou pra um Spa com Naminé.

-- Ah, então divirtam-se! - Ela disse sorrindo e pegou a bolsa. - O pessoal do hospital me ligou, pedindo pra voltar urgente, então só voltarei amanhã.

-- Então até amanhã.

Ela saiu e depois Naminé finalmente apareceu.

-- Vamos?

-- Vamos... - Olhei pra ela com cara de insatisfação, mas não fez ela mudar de ideia.

Saímos de casa e caminhamos um bom tempo até chegarmos no Spa. Naminé conversou com a gerente sobre a reserva e como era um sorteio ela poderia levar uma amiga, e a amiga tinha que ser eu.

Entramos, vestimos aqueles roupões brancos e sentamos no sofá esperando a atendente, que depois de um tempo veio até nós pedindo para acompanhá-la até uma sala de massagem. Ficamos uma hora lá fazendo massagem e estava tão relaxante que quase dormi.

Depois, fomos para a sala de manicure e fizemos mãos e pés. Até que elas tinham ficado lindas, mesmo sabendo que eu mesma tiraria tudo depois. Agora, era a vez que ir para o salão do Spa, para lavar os cabelos e fazer uma hidratação.

Enquanto estava lavando meu cabelo, a moça olhou pra mim perguntou se iria apenas lavar, eu ia dizer que sim, mas, Naminé me interrompeu.

-- Não, ela querer um corte também. - Olhei pra ela e balancei a cabeça. - Sim, você vai sim. Kai, seu cabelo longo é lindo, mas você usa esse mesmo corte há anos e, sem falar que tem algumas pontas duplas.

-- Você não precisava citar isso né?!

-- Claro que precisa.

A moça que estava esperando nossa decisão, resolveu dar uma opinião também.

-- Eh, posso dar uma dica? - Eu assenti. - Se eu fosse a senhorita, cortava. Seu cabelo é bonito e a cor dele é rara, então é bom tentar algo novo. - Ela sorriu e pegou a tesoura.

-- Então tá bom, pode cortar! - Falei depois de pensar bem.

A moça apenas sorriu e terminou de lavar nossos cabelos, e como Naminé ia apenas lavar e hidratar, ela saiu da sala e foi para outra seção.

Depois de um tempo a moça que estava cortando meu cabelo finalmente terminou.

-- Prontinho! O que achou? - Ela disse virando a cadeira para me ver no espelho.

Me olhei no espelho e estava me sentindo estranha. A moça tinha cortado ele acima dos ombros e fez uma linda franjinha, eu gostei, mas me sentia estranha com o meu novo corte. Acho que eu só tinha que me acostumar.

Bem, levantei da cadeira e fui para onde Naminé estava e graças a Deus já era hora de ir para casa, então ela pegou a bolsa e saímos caminhando para casa.

-- Então, gostou do Spa Day?

-- Não foi tão ruim.

-- Eu disse que não seria tão ruim. Aliás, ficou linda com o novo corte!

-- Me sinto estranha. - Falei pegando nas pontas do cabelo.

-- É só questão de costume.

-- Espero.

Finalmente tínhamos chegado em casa. Entrei e fui direto para o meu quarto me olhar no espelho outra vez.

Embora tenha achado o corte lindo, sinto que me arrependi..., mas, eu terei que aceitar novas mudanças.

Fui no guarda roupa, peguei uma roupa simples e fui tomar banho e depois fui preparar algo para comer.

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐦 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora