Capítulo 2 - Conversa de Família E Algumas Balas Trocadas

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Depois do que ocorrera no banheiro e na cama de Kim Jongin, Kyungsoo foi embora com a promessa de que dentro de dois dias, ambos iriam até a boate para investigar. No dia seguinte, quinta—feira, os dois se encontraram assim que chegaram à delegacia e todas as provocações rotineiras vieram à tona novamente. Só haviam transado e não declarado um namoro, então não pouparam esforços para alfinetar um ao outro e depois seguir para seus ofícios. O que tinham era apenas carnal e não sentimental.

Após o primeiro encontro do dia, passou—se um tempo até Kyungsoo invadir a sala de Jongin — um pouco antes do almoço — e jogar uma penca de pastas na mesa do policial. O agente não precisou dizer coisa alguma, pois Jongin havia entendido que aqueles eram os relatórios que Kyungsoo tinha colhido ao longo de suas duas semanas ali. Eram arquivos confidenciais e não estavam em um bom lugar para conversar sobre. Jongin apenas pegou alguns e começou a ler por alto.

—Suho vai retornar hoje. — o agente anunciou, ganhando total atenção de Jongin, que estava concentrado nos papéis em sua mesa.

—Ele vai voltar?! — o policial se sobressaltou. — Ele finalmente vai poder tomar as rédeas daqui? — Jongin sorriu, deixando explícita sua felicidade por ter alguém de sua confiança por perto.

—Sim. — Kyungsoo respondeu indiferente. — Contate seu avô de uma vez! — mandou impaciente, contrastando com sua indiferença anterior.

—Eu já enviei uma mensagem pra ele, estou esperando a resposta. — o mais novo resmungou. — Tem certeza que só vai deixar ele sobre aviso? Não quer deixar outra pessoa também?

—Não estou confiando nem em você, como posso avisar mais alguém? — questionou e Jongin percebeu que o agente estava estranho.

—Não que eu me preocupe com você, mas o que aconteceu? Você parece tá na merda. Eu fui tão selvagem assim? — provocou apenas por costume e para disfarçar a leve preocupação, porque realmente estava curioso sobre o estado alheio.

—Já aguentei tranco mais forte. — Kyungsoo desdenhou e ouviu um protesto de Jongin, já que tinha mexido com sua performance na cama. Claro que Kyungsoo achava que Jongin tinha sido o melhor parceiro de foda que já conseguira, mas jamais admitiria isso ao policial implicante. — Às vezes, só às vezes sabe? Eu me questiono se você realmente é inteligente. — alfinetou.

—Mas o que são essas ofensas dirigidas a mim de forma gratuita? O que eu fiz? — Jongin quis saber, pois estava extremamente confuso. Eles sempre se provocavam, mas Kyungsoo estava levando as coisas num tom sério demais, dando a entender que algo de errado acontecia.

—Se o Suho vai voltar, você acha que eu vou ficar? — questionou e então viu os olhos do outro se arregalarem em surpresa. — Pois é.

—Então você está voltando de onde veio? Está triste que não vai mais me ver todos os dias? — o moreno zombou.

—Eu quero que você vá pra casa do caralho, Jongin! — Kyungsoo vociferou irritado. — Deixa de ser um garoto mimado e...

—Eita, casa do caralho? O que eu perdi? — uma voz mais experiente e inimaginável soou pela sala do Kim, ao mesmo tempo em que o dono da voz invadia o local com toda sua superioridade. — Do Kyungsoo? — o capitão Kim MyungUn se surpreendeu.

—Bom dia, capitão Kim! — Kyungsoo bateu continência, cumprimentando seu superior e salvador, com seriedade.

—Mas o que faz aqui na sala do meu neto, Do? O que perdi ao viajar um pouco? — o velho quis saber.

—Por que ainda me surpreendo com você aparecendo aqui ao invés de simplesmente responder a minha mensagem? — Jongin comentou e viu o avô rir.

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