CAPÍTULO 15

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ANALU

- Analu, acorda - ouvi minha mãe me chamando e abri os olhos lentamente

- Me deixa dormir mãe, hoje é sábado - falei voltando a fechar os olhos

- Hoje vamos almoçar na casa do Pedro, você tem uma hora pra se arrumar - falou saindo do quarto e eu bufei. Pedro era o pai de Gustavo, não era de sangue mas era como se fosse. Me levantei contra a minha vontade e fui para o meu banheiro, fiz minhas higienes e tomei um banho demorado. Sequei meu cabelo, passei uma maquiagem leve e fui escolher uma roupa. Optei por um camisetão com um short jeans e amarrei minha jaqueta na cintura, coloquei meu tênis e estava pronta.

- Estou pronta - falei aparecendo na sala - Gustavo vai?

- Lógico né, o almoço é no pai dele - minha mãe disse

- Então vamos logo que já estou morrendo de fome - meu pai disse se levantando

- E quando você não está com fome? - falei rindo e ele me deu um tapa na cabeça. Fomos o caminho todo conversando sobre diversas coisas, meus pais eram divertidos demais e eu amava muito isso. Não demoramos pra chegar, eu toquei a campainha e ficamos esperando alguém atender

- Oi gente, entrem e fiquem à vontade- tio Pedro disse abrindo a porta

- Oi tio, quanto tempo - falei sorrindo e o abraçando

- Você e meu filho esqueceram que eu existo, fazer o que né - falou retribuindo o abraço e rindo - Gustavo está em seu quarto fazendo sei lá o que, vai lá ana - falou e eu assenti indo até o quarto de Gustavo

- Posso entrar? - falei batendo na porta

- Claro, entra ai - disse e eu entrei, ele estava jogado em sua cama e eu fui até o mesmo

- Por que está aqui?

- Estava esperando você chegar, só tem velho lá - falou e eu ri

- Então vamos pra lá - falei o puxando e saímos de seu quarto.

Não tinha muita gente ali, só os amigos mais íntimos de tio Pedro e eu conhecia todos já, porque eles sempre faziam esses almoços.

- Analu está uma mulher linda - Julia disse me olhando

- Obrigada - falei sorrindo sem graça

- Eu quero saber quando ela e Gustavo vão namorar - tio Pedro disse se aproximando da gente

- Para de querer empurrar minha princesa para o seu filho - meu pai disse em tom sério mas logo riu

- Ah para, ele são lindos juntos - Julia disse colocando lenha na fogueira

- Somos amigos lindos mesmo, nada além disse - falei rindo

- Tá vendo? É ela que não me quer - Gustavo disse e eu lhe dei um tapa

- Analu é difícil, vai ter que batalhar muito pra amolecer esse coração de pedra - meu pai disse e eu revirei os olhos

- Por que estamos falando de mim mesmo? - perguntei - Vamos falar de você pai, vocês não acham que ele tá precisando de umas plásticas? Tá cheio de rugas já - disse e todos riram. Minha relação com meu pai era assim, um sempre zoando o outro.

O almoço ficou pronto e nos sentamos na mesa para comer

- Gustavo ia gostar de ver que nossa amizade continua a mesma, mesmo depois de tantos anos - tia Eloá disse, era nítido que ela ainda amava muito o Gustavo mesmo depois de tanto tempo. E sim, o Gustavo tem esse nome em homenagem ao seu pai, que também se chamava Gustavo.

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