CAPÍTULO 17

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ANALU

Acordei no dia seguinte e Gustavo não estava mais ao meu lado, então fui até o banheiro, tomei um banho e fiz minhas higienes. Vesti uma roupa qualquer e então desci, pensei que Gustavo estaria ali, mas não estava.

- Bom dia - falei me sentando na mesa

- Bom dia filha - minha mãe disse

- Cadê o meu pai?

- Futebol né - disse me servindo. Tomei café tranquilamente com minha mãe e depois ajudei ela a ajeitar a cozinha e voltei para o meu quarto. Peguei meu celular e tinha várias mensagens, porém nenhuma mensagem dele, então resolvi ir até a sua casa.

- Oi tia, o Gustavo está ai? - perguntei assim que a tia Eloá atendeu a porta

- Oi Ana, está lá no quarto, vai lá - disse e eu assenti, entrando e subindo até o seu quarto

- Posso entrar? - falei batendo na porta

- Entra - disse e eu entrei, ele estava deitado em sua cama com os fones de ouvido

- Está tudo bem? - perguntei me sentando em sua cama e então ele tirou os fones

- Está - disse seco

- Eu fiz algo pra você estar assim?

- Eu to normal Ana

- Eu te conheço Gustavo, me fala o que aconteceu - falei e então ele me olhou e se sentou na cama

- Ontem foi um erro Ana Luíza, não deveria ter acontecido - falou e eu senti meu coração apertar

- Por que você está falando isso? Você me disse que tinha gostado - falei já sentindo as lágrimas querendo vim

- Eu menti, nunca deveria ter acontecido, foi um erro e não vai mais acontecer

- Você é ridículo, nojento, eu não sei como eu deixei isso acontecer - falei e nesse momento as lágrimas já caiam - Eu não deveria ter acreditado em nada que você falou, eu fui uma otária e eu não quero ver sua cara nunca mais Gustavo - falei e saí dali, a tia Eloá tentou falar comigo mas saí correndo e fui direto pra minha casa, entrei e subi correndo para o meu quarto, eu só queria explodir.

Fiquei um bom tempo chorando e quando me acalmei ouvi minha mãe batendo na porta, abri a mesma e ela entrou

- O que aconteceu? - perguntou preocupada

- Nada mãe, tá tudo bem - falei me sentando em minha cama

- Me fala o que aconteceu Ana, você saiu daqui bem e voltou assim

- O Gustavo é um babaca, só isso

- O que ele fez? - perguntou e eu respirei fundo, eu não queria contar mas eu sabia que podia confiar nela

- Ontem quando a gente saiu da casa do Pedro a gente ficou, e depois eu vim pra casa, mas ai ele veio aqui também e acabou rolando

- Vocês transaram? - perguntou espantada

- Sim, e ai agora quando eu fui lá na casa dele ele disse que não gostou, que foi um erro e não deveria ter acontecido e falou que nunca mais vai acontecer

- Meu Deus - falou suspirando - Ele provavelmente mentiu Ana, as vezes ele tá arrependido pelo o que aconteceu, porque vocês sempre foram melhores amigos - disse alisando meu rosto

- Eu me entreguei pra ele mãe, confiei nele e ele joga isso na minha cara logo depois, eu to com vergonha de ter sido tão otária - falei e voltei a chorar. Minha mãe ficou ali comigo um bom tempo e depois ela foi fazer suas coisas. Passei o resto da tarde no meu quarto, estudei um pouco e depois dormi.

Terminei de me arrumar para ir pra escola e então saí de casa, tinha que sair mais cedo já que ia de ônibus. Assim que saí vi Gustavo encostado em seu carro que estava em frente a minha casa, ia passar direto por ele mas ele segurou em meu braço

- Não encosta em mim - falei me soltando

- Ana, vamos conversar, por favor

- Eu não tenho nada pra conversar com você, eu to cansada de ser tratada feito um lixo por você

- Não fala assim, eu sei que fui babaca, me desculpa

- Eu to cansada das suas desculpas Gustavo, você faz merda atrás de merda, e sempre vem com suas desculpas que não valem de nada

- Por favor, vai comigo pra escola e a gente conversa

- Eu quero que você esqueça que eu existo, finge que eu nunca existi pra você, que a gente nunca se conheceu, se eu puder evitar estar no mesmo lugar que você eu vou evitar, você é um moleque e eu quero distância de você - cuspi essas palavras e vi seus olhos marejarem, eu fiquei com pena mas não voltaria atrás, quando ele abriu a boca pra falar algo eu simplesmente virei as costas e saí dali.

Meu ônibus não demorou pra passar, então logo cheguei na escola, Pietra estava no mesmo lugar de sempre e eu fui até a mesma

- Bom dia Analu - ela disse animada e me abraçando

- Bom dia flor, que animação é essa? - perguntei rindo

- Dei né, não tem como estar desanimada - falou e eu ri

- Você é podre demais Pietra - falei rindo - Foi pro Danilo pelo menos?

- Claro né, sou piranha mas nem tanto, não saio distribuindo por ai - disse rindo e eu neguei. Gustavo chegou e veio em nossa direção, quando ele parou na nossa frente eu me levantei e saí dali indo pra minha sala.

- O que aconteceu pra você sair daquele jeito quando ele chegou? - Pietra perguntou assim que entrou na sala

- Eu não quero falar sobre isso agora Pi, depois eu te conto ok?

- Tudo bem - falou e o professor entrou na sala.

Prestei atenção nas aulas e na hora da saída chamei Pietra pra almoçar no shopping.

- Vamos no mc né? - perguntou assim que entramos no shopping

- Claro né - falei e então fomos enfrentar a fila do mc, quando pegamos nossos pedidos nos sentamos e começamos a comer

- Agora você já pode me contar o que aconteceu - falou me olhando

- Eu transei com o Gustavo - falei e ela se engasgou com a comida e eu ri

- E foi tão ruim assim pra você não querer olhar na cara dele?

- Foi bom, até demais pra uma primeira vez, mas no dia seguinte ele se arrependeu, disse que não gostou, que foi um erro, e que não iria acontecer novamente

- Caralho Analu eu não acredito que ele foi tão escroto assim

- Eu tô me sentindo um lixo por ter deixado acontecer

- Ele que deve se sentir um lixo, não você, ele não te merece - disse e então mudamos de assunto. Ficamos um bom tempo no shopping e depois fomos embora.

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