Coroa vaga

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Após o sepultamento da rainha, a coroa foi enviada para o convento onde estivera Aurora, lá deveria permanecer por sete meses, como mandava a tradição.
Enquanto esperavam o dia da coroação o clima no palácio era um misto de tristeza e alegria, os próprios príncipes hora sorriam pelas missões que lhes foram confiadas e hora choravam pela morte da mãe. No quinto dia do terceiro mês, chegou ao palácio uma carta endereçada a Henrique, o texto dizia assim:

"Meu amado, já é de meu conhecimento o ocorrido fatídico que se abateu sobre vossa benevolente Mãe, mas não te preocupes, não tardarei em chegar, logo estarei em teus braços para reinar contigo.

V.A.Clara Capeto"

O Príncipe fica imediatamente pálido, e por todo o palácio se faz ouvir um grito estridente, ele então se dirige de maneira implacável até o quarto de Aurora. Chegando lá, encontra suas irmãs conversando, ele então sem nem mesmo cumprimentar, dirige a palavra a Aurora:

- Poderia me explicar quem é Clara Capeto ?

Aurora responde pacientemente:

- Clara Capeto é ninguém menos que sua esposa.

- Como assim? Isso não pode ser verdade.

- Mas é, se lembra de uma viagem que fizemos para a França quando você tinha três anos ?

- Lembro, a filha do rei até se apaixonou por mim.

- Então, Clara é a filha do rei. Mamãe notou o interesse da menina por você e fechou acordos com o rei para que vocês se casassem assim que completassem quinze anos.

- Não, eu não vou me casar com ela !

- Vocês já estão casados Henrique, o casamento foi feito por procuração.

Henrique sai enfurecido pelo palácio dizendo que aquilo não ficaria assim.

Fortuna: um reino como nenhum outroOnde histórias criam vida. Descubra agora