Foda

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Flashback pov. Ana
...
Hoje é o meu primeiro dia oficial no trabalho, passei 3 meses em fase de teste mas agora finalmente consegui um emprego em um escritório muito famoso na capital por indicação do meu melhor amigo, Paulo, que é filho do dono da empresa. Começo a faculdade daqui a 2 dias, fiz a inscrição tem pouco tempo, consegui entrar em Economia em uma Universidade Federal daqui de onde moro, acho que os anos em casa sem ter muita liberdade pelo menos me permitiram estudar muito e ter uma boa nota no ENEM. Meu curso é noturno, então vai dar pra conciliar os dois. Eu estou tão feliz, acredito que estou vivendo o melhor momento da minha vida. O dinheiro que estou ganhando é suficiente para eu me manter e não precisar morar mais na casa dos meus pais e ainda estou fazendo o curso que eu queria. Nada pode estragar isso.
Estou vagando pelos meus pensamentos enquanto espero o elevador abrir, quando sou surpreendida pelo dono da empresa, seu Hélio, pai de Paulo meu amigo.

- Bom dia, Ana. Seja bem vinda, e agora como uma funcionária fixa da Contratos, como se sente? - ele estende a mão para eu segurar.

- Oi, bom dia, seu Hélio! Me sinto ótima, muito obrigada pela oportunidade- digo enquanto damos um aperto de mãos.

- Fico feliz, Ana. Você é uma menina maravilhosa, merece tudo que está acontecendo com você. Venha, vou lhe apresentar com quem você irá trabalhar.

Ele me apresenta a todos no escritório oficialmente e me leva até a sala do diretor geral de finanças, que se me recordo bem, se chama Luan, já tinha o visto andando pelo escritório enquanto eu estava na fase de teste mas nunca troquei uma palavra com ele. Espero que seja uma boa pessoa, pois serei estagiária dele, e terei que lidar com seu humor, seja ele qual for.
Seu Hélio bate na porta da sala mas ninguém responde.
Ele bate mais uma vez.
Nada.
Escuto sons de balanço, como se alguma coisa estivesse mexendo sem parar, mas eu finjo não ouvir.
Acredito que seu Hélio não escutou pois abre a porta e continua falando comigo coisas de trabalho normais e quando começa a explicar que irei dividir parte da sala com o senhor Luan é interrompido pela cena que se encontra na mesa do escritório.
Uma mulher completamente pelada quase deitada na mesa do escritório enquanto o diretor de finanças, Luan, está com a boca completamente enfiada entre as pernas dela. Eu não aguento e começo a rir da situação. A reação do senhor Hélio é muito engraçada, o coitadinho fica todo sem graça, pede desculpas, diz que não sabia que tinha alguem na sala e ao mesmo tempo reclama o senhor Luan que ali não é local para essas coisas, ele se embola entre se explicar e reclamar.
Quando os dois percebem a nossa entrada correm tentando se cobrir, mas sem muito sucesso. Eu vi T-U-D-O.  E menina, vou te dizer viu... que material viu.
Não consigo deixar de notar o corpo da mulher também, porque puta que pariu, que mulher gostosa. Mas, assim, sem maldade alguma, só uma observação. Não vou negar que ver essa cena me deixou excitada, mas ao mesmo tempo também envergonhada porque ser pego fazendo algo do tipo deve ser muito embaraçoso.
Saímos da sala para deixar os dois se vestirem e só voltei na sala quando já estava tudo bem, seu Hélio me apresentou oficialmente ao diretor e ele me passou instruções do que eu teria que fazer ao trabalhar com ele, passei a manhã trabalhando e depois desci para almoçar, na hora que fui sair da sala, avisei a Luan, ou senhor Luan, ainda não sei como chamá-lo e os dois jeitos parecem desconfortáveis. Porque ele é novo, mas ao mesmo tempo é meu chefe, de certa forma e ainda é mais velho que eu, enfim é estranho. E quando eu estava saindo, ele me pediu para esperar que ele também iria descer, admito que foi desconfortável dividir o mesmo elevador que ele depois de ter visto ele sem roupa, mas tentei não ficar pensando nisso.
Mas que homem cheiroso, puta que pariu, chega me tremo toda. Tento pensar em lesmas, lesmas, lesmas passando pelo meu pé. Eca. Abriu o elevador, glórias.
Após o almoço, volto para trabalhar e fico nisso a tarde inteira, meu turno acaba às 17h30, quando estou me arrumando para sair, uma colega de trabalho pergunta se eu não quero ir ao bar que fica perto do escritório, ela diz que vão comemorar o aniversário de um amigo da empresa e é tradição convidar a todos que trabalham lá. Penso: por que não? Não começou a faculdade mesmo, eu deveria tentar me divertir. Aceito, ela diz que nos encontraremos às 20h, ela me explica onde fica e como eu moro perto do escritório, vai ser bem tranquilo pra mim.
Vou para meu apê, tomo um banho, me arrumo e fico assistindo How I Met Your Mother, minha série favorita, enquanto espero dar o horário.
Às vezes eu acho que eu deveria parar de assistir essas séries sobre amor. Eu nem acredito mais nessas coisas. Não faz mais tanto sentido para mim como fazia antes.
Eu vesti um vestido comum, florido com tons vermelhos, e deixei meus cabelos soltos mesmo, não sei fazer penteados. Olho o horário, são 19h40, está na hora de sair.
Ao chegar no bar, encontro algo totalmente diferente do que imaginava, parece ser um bar para ricos, muito sofisticado, pelo menos por fora. Entro no bar e me deparo com várias mesas de canto, um palco médio e imensas bancadas de bar com vários tipos de bebidas disponíveis. Ok, acho que estou no lugar errado. Mas, logo me deparo com a menina que me convidou e vou de encontro a ela e as pessoas ao seu redor, ela me cumprimenta e me apresenta a todos, eu sento e fico conversando com algumas pessoas que nunca nem vi na vida. Logo vão chegando mais pessoas e adivinha quem está no bar também? Luan, meu chefe.
Noto que ele bebe muito, até ficar bêbado e o vejo indo ao banheiro sozinho, porém ele não parece muito bem, falo com o pessoal para que algum homem vá ajudar ele, e um dos rapazes da mesa levantam. A festa segue, conheço algumas pessoas, faço algumas amizades e evito beber muito pois sei que não sou acostumada e tenho medo de passar vergonha na frente dessas pessoas que irei encontrar todos os dias agora. Bebo o suficiente para me deixar apenas animada.
É então que alguém aparece falando no microfone do palco e chamando para cantar no karaokê, droga, não resisto a um karaokê. Levanto a mão e me ofereço para cantar. Outras pessoas também pedem logo depois de mim, mas acabo sendo a primeira.
Escolho a música "Evidências", um clássico porque todo mundo deve conhecer e acerto em cheio, a noite no bar ficou ainda mais divertida e todo mundo adorou.
Não sei que horas são exatamente mas decido ir embora, queria ter beijado umas bocas ainda? Queria. Mas, ninguém que me interessasse estava disponível, de qualquer forma, a noite foi maravilhosa mesmo assim.
Ao sair do bar, encontro Luan na frente do bar, sentado na calçada chorando ou fazendo alguma coisa que parece ser um choro, fico tentada a falar com ele, mas travo por 2 segundos sem saber se vou ou não. Decido ir. Me abaixo e encosto a mão no seu ombro dizendo:
- Oi, está tudo bem com você? Precisa de ajuda?
Ele levanta o olhar pra mim e continua a chorar. Eu sento ao seu lado e digo que vai ficar tudo bem, pergunto se ele quer que eu peça um táxi, mas ele não para de chorar, nem responde. É quando sou surpreendida com um abraço de bêbado, ele me usa como consolo para chorar e fica nisso por uns 4 minutos. Eu quero ir embora mas não quero ser uma má pessoa e largar ele assim.
É então que ele finalmente para de chorar. Eu tento o acalmar e ele pede desculpas, pergunto se ele quer ir pra casa, ele afirma que sim com a cabeça,  chamo um táxi pra ele, mas quando o táxi chega o motorista não quer levar ele sozinho, quer que eu vá junto pois tem medo dele vomitar no banco e pede para que eu leve uma sacola e vá cuidando dele no caminho. Eu, como não consigo dizer não, ajudo.
A casa dele não fica muito longe aparentemente, em menos de 10 minutos chegamos lá, eu saio do carro com ele e já que já estou ali decido o levar até a porta. Ele também mora em apartamento, então precisamos pegar um elevador. De novo isso, vish, mas pelo menos dessa vez ele não está tão cheiroso. Ele fala algumas coisas no elevador, também pelo tempo que já passou, acho que o efeito da bebida está passando.
- Desculpe, eu não sou sempre assim. Você não precisava me trazer até aqui. Mas, obrigada, te devo uma.

- Tudo bem, senhor. Só estou ajudando. - respondo.

Ele pega a chave e abre a porta do apartamento, me convida a entrar mas recuso, digo que não dá, ele insiste, e quando vejo que ele quase tropeça no tapete decido entrar, imagina se esse homem cai, bate a cabeça e morre? Deus me livre.
Entro e o ajudo a tomar um café, ele diz que se sente melhor e que vai tomar banho sozinho, mas eu digo que é melhor ele fazer isso amanhã pois ele pode cair.

- Não quero incomodar, mas bem.. você já viu o que tinha pra ver hoje pela manhã, agradeceria se me ajudasse a pelo menos não cair no banheiro. Não vai ser nenhuma novidade. - Ele diz e esboça um sorriso de canto.

- Eu já vi, mas não sei, o senhor é meu chefe, não acha que isso passa um pouco dos limites? - respondo.

- Dos limites nós já passamos hoje pela manhã, quer dizer, eu passei. - Ele diz com um olhar sem graça.
Eu não digo nada, apenas o encaro.
- Eu aposto que você está me achando o cara mais descarado do mundo não é? Ah, qual é, você não transa? Nunca chegou a um momento de extremo tesão e fez em lugares inapropriados? - ele responde com tranquilidade.

Eu travo. Eu comecei minha vida sexual faz pouco menos de 1 ano, transei só com 2 caras, então nem sabia como o responder.

- Ah, eu transo, claro. É só que.. nada. Eu não tenho nada a ver. Na verdade, eu nem disse nada. É melhor eu ir. - digo levantando.

- Ah, que custa ficar mais um pouco? Eu tô carente, não queria ficar sozinho. - ele responde, e é ai que noto que a bebida ainda não saiu por completo.

- Certo, eu lhe ajudo a tomar banho e depois disso vou embora ok?

Ele faz que sim com a cabeça.

O ajudo a tirar a roupa e fico por perto enquanto ele toma banho, porém de costas, e digo que se ele achar que vai cair, ele segura em mim e pronto, desse jeito eu não preciso ficar olhando para você sabe o quê.
Só que no meio do banho vejo ele segurar em mim, mas ele coloca uma mão no meu ombro e a outra na minha cintura, me assusto e seguro sua mão perguntando se está tudo bem.
Ele começa a encostar em mim e beijar meu pescoço me deixando sem reação.
Ai Deus. Ferrou.
Meu ponto fraco é o pescoço e não vou mentir, mas os beijos estão muito bons. Deixo para ver até onde ele vai, mas ele para e solta as mãos de mim. Eu me viro para saber o que houve e é quando ele me puxa pela cintura com roupa e tudo e me beija na boca sem eu nem esperar. Não vou negar que não consigo pará-lo, aquilo estava muito bom. Ignoro todos os meus pensamentos sobre ele ser meu chefe ou sobre qualquer coisa e só curto o momento.
É quando meu transe é encerrado pela campanhia do apartamento dele que assusta nós dois.

CONTINUA..


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⏰ Última atualização: Mar 21, 2019 ⏰

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