Capítulo 5

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O cesto de flores encontrava-se com a alça de vime em um dos braços, enquanto os olhos azuis estavam fixos nas flores que colhia

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O cesto de flores encontrava-se com a alça de vime em um dos braços, enquanto os olhos azuis estavam fixos nas flores que colhia. O suave murmúrio que seus lábios traduziam a cada nova rosa colhida era algo sublime diante de mim, incrédulo, tentando fazer parte de um momento tão intimo dela, que a poucos metros eu presenciava.

Perplexo diante de tamanha beleza, esqueci o que ia lhe dizer quando vim procurá-la. Encolhi-me em minha infinita insignificância e permaneci assim, até que os minutos passassem e seus olhos percebessem os meus, fixos em sua imagem doce e serena, sorrindo sem perceber. Corri ao seu encontro, e tomei a flor mais vermelha do cesto, depositando-a em seus cabelos. Tão menina, e às vezes tão mulher... Tão minha...

O abraço veio em seguida, após, o beijo em minhas mãos. Pousou sua cabeça em meu ombro, olhando-me com um semblante de saudades. Percebi o que queria dizer.

− Parto amanhã.

Eu queria prendê-la a mim, para não ter que vê-la partir. Prendi a respiração, e em seguida afundei meu rosto em seus cabelos, abraçando-a com fúria. Gostaria que ela soubesse que é minha, onde estiver. E que não conseguirei ter paz enquanto não tê-la de volta. Mas não poderia impedi-la de visitar sua família. Já a tomei de seus parentes por um tempo considerável. Abrir a porta da gaiola era como soltar seu passarinho de estimação.

− Já fez as malas? – minha voz estava embargada.

− Pensei em fazê-las agora. As flores são enfeitar a mesa do almoço.

− Vamos, eu a ajudo com isso.

Seguimos abraçados rumo à entrada do castelo. Seus passos no chão me lembravam os de uma bailarina de pele suave, que dançava suavemente ao embalo de olhos apaixonados que não se desgrudavam dela por nenhum instante. Ofereci minha mão para que subisse as escadas. Seus olhos pareciam me convidar para provar do seu corpo, mas no mesmo instante, seus lábios sorriam como um presente ofertado em noites de Natal.

Ao entrar em nosso quarto, eu a observei colocando suas roupas sobre a cama. Parecia feliz, embora soubesse que meu coração estava partido. Fingi não me importar, para que sua alegria não fosse diminuída. Ela tinha um encanto que me prendia, como uma tortura... Um dominador preso as correntes daquele desejo que não cessava por sua menina...

Após depositar todas as roupas que levaria para a viagem, sobre a cama, sua mão desceu de modo delicado, a alça do vestido que cobria seu corpo. Estava nua e alva diante de mim. Sua mão me chamou para ela. O formato convincente de seu osso púbico fez instantaneamente com que meus lábios salivassem. Com a mesma suavidade, retirou minha roupa, deslizando pelo meu peito, descendo suavemente a cabeça até a calça que estava sendo desabotoada... Nos amamos lentamente.

Após o almoço, elas estavam novamente na sala de ensinamentos. Entrei sem bater, e deixei que ela terminasse o que estava explanando sobre o domínio siviano.

Senhor Aragorne TirelOnde histórias criam vida. Descubra agora