21|•Noah/Sina•

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•Noah•
(LA, USA 12:13 p.m)

Sofya vem me ignorando desde de hoje de manhã, eu ainda não sei o motivo dela estar assim comigo, pois até onde eu sei eu não fiz nada de errado. Ou será que eu fiz?
Assim que chegamos na nossa casa, subo direto para o meu quarto. Meus pensamento vão direto para a Alemã de olhos azuis, será que ela está bem? Sofya havia dito que ela estava com dor de cabeça e que não estava se sentindo bem.
Resolvo ir até o quarto da mesma para ver como ela está.

-Sina?- Digo batendo na porta.- Posso entrar.

Nada. Ela deve estar dormindo.
Resolvo deixar quieto e conversar com ela depois. Desço até a cozinha para almoçar, encontrando com Sofya e Hina.

-Oi baixinhas.- Digo sorrindo.

-Oi noah.- Hina responde.

-Oi.- Sofya responde sendo seca.

A sai da cozinha com dois pratos de comida na mão.

-Sofya! É para você o outro prato?- Pergunto achando graça.

-Não te interessa.- Ela diz voltando a andar.

O que deu nela? Por que ela está tão seca comigo hoje? Não me lembro de ter feito nada de errado. Só me lembro do concurso de bebidas que eu fiz com o Lamar e com o Bailey, fora isso não me lembro de mais nada. Espero não ter feito nada de errado.

•Sina•

-Sina? Posso entrar?

E lá estava ele, batendo na porta do meu quarto me procurando. Eu odeio chorar por ele, eu odeio sofrer por ele, mas ele me machucou e muito. Sofya acabou de vir aqui e disse que ele perguntou de mim a manhã toda.
Eu não estou muito afim de falar com ele hoje. Me arrependo de me apaixonar de novo. Sim de novo.

A um ano atrás quando eu havia voltado para a Alemanha nas férias eu conheci um cara em uma cafeteria que eu sempre ia. Seu nome era Maxi. Eu e ele namoramos por um tempo, éramos "muito apaixonados". Até que o relacionamento começou a ficar tóxico. Nós tivemos uma briga feia, e ele me disse coisas horríveis. Eu pensei que tudo isso nunca mais iria se repetir, mas brincaram com meus sentimentos como se fossem um brinquedo e os ameaçaram e jogaram fora como se fossem papel.

(LA, USA 12:34 p.m)

-Sina. É a Sofya posso entrar?

-Pode.- Digo com minha voz ainda falha.

-Seu almoço.- Ela diz me dando um dos pratos que ela estava segurando.

-Minha pequena eu não estou com fome.- Digo colocando o prato encima da bancada.

-Sina, você não comeu nada até agora, precisa se alimentar. Não quero que fique doente por causa de um garoto.- Ela diz e eu abaixo a cabeça

-Ele veio até aqui.- Digo com a voz trêmula.

-Ele perguntou de você a manhã toda.- Sofya fala.- Sina você não vai poder ficar nesse quarto para sempre. Em algum momento você vai ter que falar com ele.

-Eu sei, mas eu não quero que aconteça de novo.- Digo me referindo ao meu velho caso com Maxi. Todos sabiam sobre ele, mas apenas Sofya, Heyoon e Sabina eram as única que sabiam a verdade sobre ele.

-Sina, o Noah não é como ele.

-Mas o Noah fez o mesmo. Me usou e brincou com os meus sentimentos.- Digo aos prantos.

-Sina se ele fez isso ele teve motivos.- Sofya ia continuar a falar quando escutamos batidas na porta.

-Quem é?- Sofya pergunta.

-O Noah. Posso entrar por favor?

-Nã...

-Pode.- Falo interrompendo Sofya, que me olhava sem entender.- Nós precisamos conversar.- Cochicho para a russa

Ela assente e saí do meu quarto. Noah vem em minha direção.

-Sina.- Ele diz sentando na ponta da minha cama.- Você está bem?

-O que você acha?- Rebato sua pergunta.

-Você também.- Olho para o mesmo sem entender.- Sofya está sendo arrogante comigo desde hoje de manhã.

-Temos motivos.- Digo.

-Posso saber quais?

-Não sei por que você não pergunta para a sua amiguinha.- Digo alterando um pouco meu tom de voz.

-Sina, eu não sei o que eu fiz naquela festa depois de entregar um copo de refrigerante para Sofya.- Ele diz, enquanto eu prestava atenção em cada palavra que ele dizia.

-Noah, você mentiu. Mentiu dizendo que me amava, me enganou e me usou!- Digo sentindo as lágrimas ardentes que escorriam pelo meu rosto.

- Sina, eu estava bêbado. Se você me viu fazendo algo com alguma amiga minha, não foi real, foi algo momentâneo, nunca mais vai acontecer!- Ele diz já com lágrimas nos olhos.

Eu não conseguia parar de chorar. Vinham flashes na minha cabeça desse momento, e das coisas que Maxi me dizia.

-Agora eu sei porque você fez isso.- Falo e ele permanece calado me olhando.- Eu não sou capaz de fazer alguém feliz. Eu sou apenas um encosto para as pessoas. Eu não sirvo para nada!- Digo sentindo um nó na garganta.

-Sina, não diga isso.- Ele diz vindo na minha direção.- Você é ótima em tudo o que você faz, nunca duvide de si mesma. E lembre que você é o motivo da minha felicidade.

Sinto ele me abraçar, me permitindo chorar descontroladamente em seu ombro. Sei que estou com raiva dele, mas eu precisava daquele abraço, eu precisava dele.

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Irreɑl•|Noɑrt|• (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora