35|•Sina•

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(LA, USA 7:43 p.m)

Eu pensava nas inúmeras coisas as quais o Noah poderia me dizer naquele momento. Meu coração batia tão rápido que chegava a errar algumas batidas. A minha angústia e ansiedade se misturavam, a adrenalina corria pelo meu sangue, eram muitas possibilidades do que poderia acontecer dali para frente.

-Sina, eu posso explicar.- Ele diz com um calmo tom de voz.- Como eu posso dizer isso?

-Noah, eu não sei o que você quer falar, mas apenas seja você mesmo, eu vou entender.- Digo na tentativa de acalmar seu nervosismo momentâneo.

-É isso.- Ele diz e eu permaneço sem entender.- Você é perfeita, Sina. Mas eu quero essa perfeição só pra mim.

-Então você...- Eu tento falar, mas não consigo finalizar minha frase assim que ele retira um pequena caixinha do seu bolso.

-Sina, você quer namorar comigo?- Ele pergunta abrindo a tal caixinha aveludada, onde se encontravam dois belos anéis.

-Claro que aceito.- Digo com os olhos marejados.

Eu coração que antes se encontrara acelerado, agora estava tranquilo e isso era ótimo. A sensação de alívio me preenchia, enquanto eu sentia seus braços envolvidos na minha cintura.

-Eu te amo.- Noah fala.

-Eu também te amo.- Digo.

Eu estava sentada na grama apoiada na única árvore que ali se encontrava. Noah abraçava minha cintura com o rosto apoiado no colo do meu peito. O americano "dormia" enquanto eu fazia cafuné nos seus cabelos castanhos claros, que apreciam uma calda de caramelo.

(LA, USA 8:22 p.m)

-Vamos, anjo?- Noah me chama assim que olhava a hora em seu celular.

-Vamos, afinal eu tenho uma criança para cuidar.- Digo me levantando.

-Mas você não deixou a Malu com a Sabina e a Heyoon?- Ele pergunta enquanto vamos até o carro.

-Sim, mas a responsabilidade de cuidar da Malu é minha e não delas.- Digo em um tom mais rígido.

-Ei, nós tiramos o dia de hoje para descansar, precisamos de um tempos para nós dois.- Ele diz me abraçando.- Lembre-se a noite é uma criança.

Seu comentário ao pé do ouvido fez com que eu me arrepiase, e pensasse no que poderia acontecer na tal noite.
Assim que entramos no carro seguimos caminho para uma lanchonete a qual nós amávamos muito, apenas pedimos o lanche para a viagem.

-O de sempre?- Noah pergunta assim que entramos no estabelecimento.

-Que bom que me conhece tão bem.- Digo apenas sorrindo, nada de afetos ou coisa do tipo, temos que ter cuidado, um passo em falso e descobririam que estávamos quebrando as regras.

Saímos do estabelecimento entrando no carro em silêncio com apenas o som do rádio do carro. Estava tudo bem, menos aquele clima que se instalara no carro. Depois do comentário do Noah dizendo que a noite é uma criança, meus pensamentos foram longe, eu apenas queria entender o que ele queria dizer com aquilo. Minha mente borbulhava enquanto eu pensava em inúmeras possibilidades.

Irreɑl•|Noɑrt|• (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora