⚘┊→ 13 - Obsessivo

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Eu não sou o vilão que está se
transformando em um mocinho.
Apenas estou obcecado por
um mocinho.

POV Sehun

Desde os primórdios os homens e as mulheres se desenvolveram de forma diferente, e que atualmente esse desenvolvimento afeta a nossa sociedade. Os homens saíam para caçar e por isso sua visão é sempre designada para uma direção.

Já as mulheres tinham que cuidar das crianças, manter o fogo aceso e olhar para os animais para não fugirem e isso resultou que as mulheres tivesse uma visão em várias direções, fazendo várias coisas ao mesmo tempo.

Mas ninguém é melhor do que ninguém, pois as mulheres podem ser dispersas ao ponto de não conseguirem focar em um único objetivo, distraindo-se facilmente. E os homens não conseguem ver nada além do quê os próprios olhos estão vendo, em uma visão unilateral.

Entretanto a verdade não está apenas em um lado e as aparências enganam! De fato eu sempre entendi esse termo desde muito cedo. Minha mãe não deixava que fizesse muitas perguntas. Ela sempre alegou que não sabia as respostas, contudo eu percebi com o tempo é que ela não sabia lidar com as repostas!

Ela não poderia mentir sobre o meu pai, eu lembrava muito bem de todos fatos como se ocorressem há 30 minutos atrás. Como eu não conseguia entender o porquê de tudo que estava acontecendo em minha volta, o que me restava era observar. E eu não sabia o quão incrível a minha curiosidade iria me proporcionar futuramente. Eu ficava atentamente olhando cada detalhe das pessoas e sinceramente, era umas das únicas coisas que eu tinha para fazer naquela época.

Eu sabia exatamente quando minha mãe estava desesperada quando papai resolvia não dar a pensão alimentícia em determinado mês. Isso significaria que não teria como eu ir à escola até que ela pagasse o mês em questão.

Era sempre a mesma coisa...

Mamãe olhava no espelho após a discussão no telefone. Daquele pequeno quarto de onde vivíamos. O espelho refletia a face pálida sem esperança. Com o batom vermelho ela passava em suas bochechas espalhando suavemente aquele tom vermelho se tornado algo rosado. Dizem que bochechas coradas é reflexo de uma vida tranquila e saudável. Aquilo era o seu falso saudável. Então por fim pegava sua bolsa e gritava o nome "Verônica".

Ah, Verônica! Tinha 14 anos na época e tinha entrado naquele puteiro no ano anterior. Ela sempre cuidava de mim. Mas sua história sempre foi um mistério.

Eu lembro do seu rosto nitidamente quando ela abaixou para ajeitar a minha gravata borboleta do meu uniforme e eu olhei para lado que aparecia na TV ainda preto e branco o astronauta indo para lua em 1969. Eu só tinha 7 anos.

A outra imagem de Verônica que eu tenho na minha cabeça era logo após um cara ter saído do seu quarto. Ela saiu logo em seguida andando super devagar e com os olhos cheios d'água. Eu olhei o seu corpo e o seu pescoço, pernas e braços estavam machucados. Aquilo de fato me deixou triste.

Eu estava crescendo e eu não poderia ficar vivendo em um puteiro. Eu não tinha amigos, já que, ninguém da minha escola poderia saber onde eu morava. E essas foram as justificativas do meu pai me pegar para morar com ele aos 11 anos.

Definitivamente eu troquei o seis por meia dúzia, porque se minha mãe é uma prostituta, o meu pai é dono de um estúdio de pornografia. E ele sempre me buscava da escola para ficar lá no estúdio. Foi nessa época que as minhas observações levaram-me a um outro rumo. Eu não só sabia quando alguém estava feliz ou triste, eu sabia sem ao menos tocar onde cada pessoa sentia prazer e quando eu perguntava para algum ator sobre minhas dúvidas, ele respondiam. Mesmo eu tendo apenas 11 anos!

[CONCLUÍDA] PLAYBOY - SEBAEK (EXO) Onde histórias criam vida. Descubra agora