Carta 1 - O primeiro encontro

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Já era tarde da noite quando eu decidi bisbilhotar no instagram. Quem nunca foi na foto do crush ou de um ex e estalkeou quem curtia suas fotos? Eu não era de fazer isso até me pegar no ato, em busca não sei de que, mas acabei te encontrando. No meio das curtidas e seguidores de um fulano qualquer você estava e me chamou atenção, uma careta super fofa que fazia em preto e branco na foto do perfil, eu tive que saber quem era, afinal, com poucos cliques descobri que você se encaixava em todos os meus pré-requisitos e tudo o que eu mais queria era começar a flertar com você ali mesmo. Pouquíssimos seguidores, apenas três fotos suas e alguns textos diversos entre autorais e citações de livros que você gosta de ler. Eu mal acreditava, mas já estava caidinho na sua e você, nem fazia ideia de quem eu era até então, daí eu te segui e você o fez de volta.

"Compartilhar postagem", "Enviar para Diego"... Eu precisava de alguma forma chamar a sua atenção, foi ai que eu decidi mandar uma das postagens no Direct e perguntar se eram suas. Você não hesitou em responder e já foi me falando os tipos de postagem que estava fazendo. O nosso papo inexplicavelmente fluía como a nascente de um rio, claro, perdoe-me, mas eu também usei minhas armas, sendo eu um virginiano nato, logo reconheci sua personalidade e de cara sabia o que fazer para chamar sua atenção. Para minha felicidade e espanto, nossas personalidades se batiam muito bem, meus gostos por livros e séries pareciam ser sempre os mesmos que os seus, então percebi que minha melhor arma ali era ser quem eu realmente era.

Entre um papo e outro eu te chamei para sair, então fomos à praça de alimentação da cidade. Chegando lá eu te vi de longe e ao falar contigo pela primeira vez fiquei extasiado com o grave da sua voz que me fez sentir um tesão absurdo. Cada parte do meu corpo passava a te desejar e eu já queria tirar a sua roupa ali mesmo na praça de alimentação, você muito tímido me dava sempre espaço para falar, logo eu que amo ouvir as pessoas e você em especial, eu já queria tirar o meu pau para fora ali mesmo e me masturbar só ouvindo você falar com um sotaque incomum e sobre coisas que eu realmente tinha interesse. "Hoje eu posso ser eu" pensei. O nosso primeiro encontro foi muito legal, mas até então eu não sabia qual era a sua e nem você sabia se eu queria só amizade ou se eu estava com segundas intenções, afinal nosso papo fora sempre amistoso e sem nenhum tipo de conotação sexual até o momento. Comemos um lanche e na hora de ir embora demos inúmeras voltas na praça trocando idéias até nos dar por conta que já se passava de 1h da manhã, nos despedimos sem um beijo sequer e num abraço frio e sem jeito você me deixou.

Naquele dia eu cheguei em casa vislumbrado com sua personalidade, seu jeito, seu conhecimento diverso e o sotaque um tanto quanto diferente em nossa região. Tudo bem, eu admito, naquela noite eu te homenageei em meus pensamentos mais perversos onde te despi, te usei e também me fiz usar por você "gozei". Continuamos conversando e saindo por alguns dias até eu te chamar para o mesmo programa pela terceira vez, pois aqui nessa pacata cidade do interior não temos muitas opções, principalmente para com você que não bebe... Mas na hora de te deixar em casa, chegando naquela esquina eu me perguntei em voz alta se seria necessário um quarto encontro para que eu ganhasse um beijo ou se naquele mesmo dia já seria possível realizá-lo. Você sorriu e negou, eu não entendi, mas te pedi ao menos que me abraçasse, você titubeou mas aceitou. Sua boca estava tão próxima da minha que num abraço forte eu tentei beijá-la, mesmo que fosse só um selinho roubado, mas você disse que precisava resolver algumas coisas e antes que eu pudesse te soltar senti uma leve protuberância em minha região pélvica, você acabava de ficar de pau duro e como me dissera mais tarde, melou toda a cueca. Eu fiquei super excitado vendo a sua reação e não pude me conter, apertei no seu pau com desejo e você me chamando de escroto, me empurrou e foi embora.

Na volta para casa eu achei que tinha te assustado e que nunca mais nos veríamos,mas parece que você só precisava resolver alguns problemas assim como eu. Nós dois estávamos escondendo relacionamentos mal acabados e continuar aqueles encontros sem poder beijar e tocar era avassalador, até que um dia eu te levei na minha casa, deitamos na cama ouvindo músicas e sua cabeça em meu braço,nossos corpos juntos transmitindo calor mutuamente eu percebi sua ereção, não tinha jeito, quando eu vi já estava deitado sobre você esperando que me desse um beijo. Nada, eu comprimi o seu corpo no meu, nossos pênis duros como rocha se esfregando, mas nenhum beijo saiu, naquele mesmo final de semana nos resolvemos e logo estávamos livres para saciar a fome e o desejo que tivera sido despertado outrora, agora a gente podia se rasgar, morder, uivar e penetrar como dois animais famintos que viam a carne mas não podiam tocá-la.

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⏰ Last updated: Mar 24, 2019 ⏰

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Cartas para eleWhere stories live. Discover now