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Mordo o interior da bochecha, concentrada em escrever, quando alguém passa literalmente voando perto de mim, fazendo meus papéis irem cada um em uma direção diferente.

— Desgraçado. — resmungo, colocando a pena e o livro de lado. — Accio papéis.

Os papéis logo estão na minha mão, e faço um feitiço para os organizar.

— Aí, desculpa, Diggory. — ele para à minha frente, planando.

Nem tenho tempo de torcer o nariz pelo Diggory, porque um artilheiro reclama:

— Cara, ela nem devia estar aqui. Para de se desculpar e volta a jogar.

— Ah, vai se foder! A arquibancada é livre, ô babaca! O garoto só tava sendo educado. Vai arranjar o que fazer além de encher o saco dos outros. — eu acabo me irritando, só um poquito demais.

Percebo que o time parou de treinar pra olhar pra nós, afinal, eu tinha acabado de gritar e xingar um cara que dava dois de mim.

Ao ver que o cara estava ficando vermelho de raiva, ele sorriu pra mim, deu uma piscadinha, e voltou pra perto dele, falando:

— Calma aí, cara. Deixa a garota em paz. Vamos só treinar, ok?

O cara assentiu lentamente e foi em direção à um dos batedores do time. Ele me lançou mais uma piscadinha e eu sorri.

Além de não ter tido que bater em macho escroto à plenas 9 horas da manhã, consegui falar com ele. Talvez seja um sinal. Um sinal de que o dia vai ser maravilhoso.

°°°°

Espero que tenham gostado.

Até a próxima.

24/03/2019.

Querido coração • HPOnde histórias criam vida. Descubra agora