Be sure to wear flowers in your hair

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Jonghyun ficou sem entender aquela ousadia de Kim Kibum... Baby? Será que havia entendido certo? Era muita ousadia para um homem, quem Kibum achava que era pra sair de gracejos assim para cima de um colega de trabalho? Como ficaria o clima durante a jornada laboral e com que cara iria olhar as outras pessoas da redação, mesmo que elas não soubessem do apelido, mas a vergonha o consumia tanto que se sentiria nu perante as outras pessoas.

Por outro lado uma faísca a mais foi acendida no coração de Jonghyun que queria queimar todos os pensamentos racionais e transporta-los para o coração. Assim a mente de Jong ficara de "Dê uns beijos nesse broto" a "Peça demissão". O menor não notara que ficara tanto tempo parado pensando em frente de casa, eis que ouvia sua irmã Taeyeon o chamar pela janela da sala.

-Vai ficar aí de boca aberta com essa cara de besta até que horas? - Eis que depois da chamada debochada da irmã acordara pra vida e entrara em casa.

-Jong, ele é o Elvis que você tanto fala? O que vocês estavam fazendo? Esse tipo de garoto papo firme não me engana, ele tocou em você, tirou sua virgindade? Você é virgem ainda, sim? Pelo amor de Deus Jong! - Taeyeon se referia aos momentos que Jong lhe confidenciava alguns dos pensamentos que tinha com o editor chefe do jornal, apelidando-o de Elvis. A garota estava apavorada ao ver seu irmão mais novo saindo com um cara que fugira totalmente dos padrões de Jong.

-Cala essa boca Taeyeon, a mamãe pode escutar! - A mãe de Jong ainda não sabia que o filho era gay, e estava em seu pequeno quartinho de costura, localizado nos fundos da casa.- Nós apenas fomos tomar um sorvete ok? Encontrei ele na loja de discos e ele me convidou, nada aconteceu, fomos como dois colegas de trabalho. Conversamos um pouco e voltamos, só isso....

-Ele disse alguma coisa a mais pra você ficar com essa cara rubra... Desembucha Jong!

-T-Tae... ele me convidou pra uma festa na casa dele hoje à noite e eu disse que iria. - Jonghyun tapou o rosto envergonhado após a confissão.

-Kim Jonghyun!!!!!

-Kim Taeyeon...

-Você tem noção do que você está fazendo? Você tem que tomar cuidado com esse cara, ele tem jeito de ser aqueles casanovas que quebram o coração de todo mundo e vai desfilando com os caquinhos pela cidade, você conhece mais ele do que eu, e ainda aceita esse convite?

-Ele me chamou de baby! - Jonghyun colocou a mão no rosto novamente dessa vez com medo de que Taeyeon desse um soco em sua cara.

Taeyeon quase teve uma síncope.

-Eu vou com você nessa merda! - Alterou o tom de voz, porém lembrou que sua mãe estava em casa então diminuiu a voz.

-Taeyeon eu não sou mais uma criança, estou com 21 anos, você vai ficar quietinha aqui em casa e vai sustentar a história que vou contar para a mamãe. - Jonghyun falou enquanto desviava dos murros da irmã mais velha.

Taeyeon respirou fundo e disse com mais calma ao irmão:

-Jonghyun eu tenho medo...

-Medo do que?

-Você sabe, esses anos não estão sendo fáceis pra nós, ainda mais pra você como gay e estagiário em um jornal contra ditadura, mamãe e eu temos muito medo que possam fazer algo com você ou com os outros funcionários, ou até conosco. - A participante do movimento estudantil da época respirou fundo e finalizou. - Mas por outro lado eu confio em você e sei que sabe o que está fazendo, então vá, chegue a hora que chegar estarei te esperando, porque a mamãe vai estar muito cansada pra te esperar, ela trabalhará até tarde hoje, pois vai costurar os vestidos de umas velhas fofoqueiras daqui da rua pra vestirem em um casamento.

Pra não dizer que eu não falei das floresOnde histórias criam vida. Descubra agora