Capítulo 03 - Observação Persistente

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"A mulher deve ser lentamente decifrada,

Como o enigma que é:

Encanto a encanto".

Coelho Neto

(ATENÇÃO - NÃO REVISADO)

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Boa Leitura.

A mulher linda, visivelmente fina e avantajada, me olhou fixamente dos pés à cabeça quando me viu no belo jardim da mansão. Eu tinha saído para respirar um pouco porque estava indignadamente irritada com a discussão que eu e meu irmão havíamos tido.

Não deveria ter acontecido, nós deveríamos estar aproveitando cada segundo junto e botando o papo em dia, mas a atitude dele de ter me deixado sozinha ontem à noite e só voltado hoje pela manhã, me aborreceu em níveis absurdos. Quem em são juízo perfeito deixava a irmã recém-chegada para sair seja lá para onde e só voltar no outro dia? E ainda mais na casa de um estranho? Ninguém. É antiético e uma puta falta de consideração. Pedi uma explicação muito boa para entender o porquê de sua atitude, mas ele me enrolou, enrolou e não falou. Pus um ponto final temporário na nossa discussão e sair de dentro de casa, outra hora quando os nervos estivessem calmos voltaríamos a conversar.

Encarei a mulher que me olhava com poucos amigos, ela estava reverberando raiva. Tentei cumprimenta-la, mas ela me ignorou e passou por mim feito bala.

- Que mulher mal-educada. – Pensei alto. E logo a ficha caiu, seria ela a noiva do troglodita irritantemente lindo? Com certeza. Ela não parecia ser irmã dele ou ao menos uma parente distante.

Bufei, com o pensamento de que teria mais alguém para acabar com meu dia. Porque do jeito que ela me olhou, era clara a sua antipatia por mim.

A mulher nem me conheceu.

Pensei.

Afastei os pensamentos e comecei a contemplar aquele lindo jardim, quem regava e cuidava de tudo aquilo? Ele deveria ter no mínimo uns sete jardineiros. Os minutos que passei lá fora me acalmaram e então decidi entrar e procurar pelo meu irmão. Se ele não quisesse conversar a respeito do que foi fazer, ao menos me levaria para conhecer a cidade, ou o seu apartamento em reforma, eu realmente não ligava. Pelo menos seria uma forma de pedido de desculpas e eu sairia dali.

Entrei e me assustei com os gritos que vinham de algum local da casa, segui os murmúrios abafados e percebi serem do troglodita e da mulher que não foi com minha cara. Eles certamente estavam brigando. Seria por minha causa? Temi que fosse, o que eu tinha feito? Será que era porque eu estava me hospedando naquela casa? Mil e uma possibilidades negativas passaram pela minha cabeça, eu curiosa, afim de ouvir com mais clareza e entender sobre o que discutiam, aproximei-me da porta onde o som estridente ecoava. Senti vontade de bater minha cabeça na parede quando me dei conta de que os gritos, na verdade eram gemidos.

SETE PECADOSOnde histórias criam vida. Descubra agora