Capítulo 07 - Festa Na Piscina

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"Nossos pensamentos mais importantes

São os que contradizem nossos sentimentos".

Paul Valéry

(ATENÇÃO - NÃO REVISADO)

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Boa Leitura.

Depois que eu subi para o meu quarto – naquela noite de terça-feira, depois de delirar e jurar que daquela vez eu me perderia nos braços fortes daquele homem – Deitei em minha cama e por algum motivo que eu tentava descobrir qual era, mas não conseguia, desabei em choro.

Eu estava terrivelmente sensível e emocional. Milhares de sensações passavam por mim, milhares de sentimentos, milhares de pensamentos e os que mais me perturbavam eram os do tempo que eu havia perdido arquitetando por horas uma coisa que não fui capaz de realizar. Era pedir muito tentar rejeitar aquele homem, como ele me rejeitava? Parecia ser tão fácil.

Eu tranquei a porta do quarto para ninguém entrar, o ninguém era Benjamim. Eu sabia que ele viria me chamar para jantar ou comer fora, mas eu tinha perdido todo o meu apetite depois da crise de consciência que o homem tinha dado. Suas palavras iam e voltavam na minha mente como lembranças de que o que estávamos fazendo era terrivelmente errado.

"Não podemos mais repetir o que aconteceu aqui".

Eu sabia porra. Ele estava certo. O que estávamos fazendo era loucura. Agindo como dois adolescentes inconsequentes, se deixando levar por uma forte atração e desejo sexual. Porque era só isso que sentíamos um pelo outro. Numa escala de 0 a 100, era 111. Mas nada além disso. Eu estava traindo o meu irmão, a sua confiança. E o homem estava traindo a sua noiva. Eu não sabia se ele era adepto a traições, mas eu não era e nem queria ser.

Nenhuma mulher merecia ser traída e eu não podia permanecer dentro daquela casa se continuasse com essas atitudes desprezíveis. Não podia continuar olhando para aquela mulher sabendo que eu desejava o homem dela. Não podia olha-la sabendo que era eu quem estava se envolvendo com seu noivo. Eu não a conhecia direito, não tinha nenhuma empatia por ela, mas isso não a fazia ser menos relevante. Eu não podia continuar me deixando levar e eu sabia. Então, foi por isso que me abrir e despejei toda a merda no ventilador para aquele homem. Se ele quisesse que meu irmão continuasse dentro daquela casa, ele teria que me ajudar a nos ajudar.

E foi exatamente isso que aconteceu. Eu não esperava, não vou mentir. Já estava me preparando para cair em tentação de novo e ter que dar o fora dali de uma vez por todas. Mas o homem milagrosamente tinha mudado. Ele não mais se dirigia a mim se não fosse algo inevitável ou extremamente necessário, seus olhares em minha direção tinham diminuído consideravelmente, e o clima entre nós gelou quase que completamente. Isso não queria dizer que tínhamos parado de nos desejar, porque de alguma forma eu sabia que não tinha acontecido. Nem comigo, nem com ele. E também porque eu sentia, não sei como, mas sentia. Também tinha aprendido a fingir e esconder minhas reações, esconder minhas emoções. Eu estava me tornando boa nisso e a relação que estávamos tento em geral, naquela casa, parecia ter fluído, até que em uma tarde de quinta-feira, depois que o casal havia tido uma briga feia, dali em diante todo o progresso tinha desmoronado.

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