Carnificina

Capitulo Um - No amanhecer

CAPITULO UM 

- Foi horrível!

Disse a jovem garota sentada próxima a janela daquela delegacia, era cedo o sol mal tinha se posto em seu lugar de direito, mas o seu pequeno reflexo passava pela a janela e refletia nos olhos azuis da garota.

- Fiquei incapacitada e assustada, foi horripilante e nojento.

Continuava a jovem com o seu pequeno e delicado rosto triste úmido pelas lagrimas que escorriam cruzando sua bochecha, ela não conseguia olhar diretamente para os policiais ao seu redor, o desinteresse por parte deles era demonstrado só pelos seus braços cruzados não acreditando muito nas palavras dela.

- Então me deixe ver se eu entendi bem isso ai – disse John o policial que se encontrava de pé e mais perto da garota, mas assim mesmo sem interesse nas palavras da jovem – Você nos disse que, foi estuprada nessa madrugada em um beco próximo daqui por volta das oito da noite – seu tom de voz era comparável ao de uma pessoa que zombara da situação.

- Foi isso, exatamente isso que aconteceu, as mãos o cheiro dele irá me azucrinar o resto da minha vida, esses homens de hoje em dia não respeitam mais o tipo de trabalho que mulheres como eu temos, eu e minhas amigas gostaríamos de ter devido respeito dado no nível de vocês aqui nessa merda de cidade – esse tom, não era um tom muito agradável de usar próximo a policiais pela devida falta de respeito perante aquela lei que todos nós sabemos.  

Mas o que intrigava os policias alem do fato ocorrido era que já chegavam as nove da manha e a tal garota dissera que havia sido estuprada doze horas antes, porque toda essa demora para ocorrer a policia, seria apenas ela querendo se vingar de algum cliente insatisfeito dela ou realmente isso aconteceu, o policial que se encontrava mais perto da porta do escritório logo soltou uma pergunta para matar de vez toda essa brincadeira.

- Assim, que tipo de trabalho que você faz para exigir tanto respeito – ele sabia muito bem do que se tratava só queria mesmo era tirar uma onda já que a jovem parecia meio folgada nessa situação.

- Você Sabe muito bem o que é eu trabalho na noite, alguns de seus parceiros são meus clientes caso não saiba – esse era o tom vingativo e raivoso dela.

-Bom iremos encaminhar você para a outra sala onde poderá terminar sua ocorrência – disse John já cansado de toda essa enrolação e papo chato.

E então todos saíram da sala quase que simultaneamente, o corredor estava bem cheio e logo de manha um redemoinho de policiais e pessoas.

- Estou cansado de perder meu tempo com casos como esse – falou John, sem expressão nenhuma, estava pálido como a parede que circulava aquela delegacia.

-É felizmente essa cidade não há mais problemas como os de antigamente – disse Andry o policial que o acompanhava durante todo aquele corredor imenso e lotado.

John já estava quase no fim do seu expediente, e aquele magnífico sol começava a brilhar cada vez mais forte e bonito de se olhar.

Eles seguiram até adentrar no escritório gigantesco do delegado, esta sala exaltava muita elegância e organização, era tudo tão certinho tudo no seu devido lugar que chegava a ser patético,

- Como está se sentindo John, fiquei sabendo que você não anda tendo boas noites de sono, e isso realmente me preocupa -  disse o experiente delegado com sua cara abatida de cansaço psicológico.

- Eu estou bem, talvez não devesse se importar tanto comigo assim senhor, já sou bem crescido pra isso – disse John lisonjeado pela importância de seu chefe  sobre seu estado pessoal.