"Oh, eu iria te salvar através do fogo e da água por seu amor
E eu vou te abraçar tão forte, espero que seu coração seja forte o suficiente"Desci do carro, sem me despedir de minha mãe e fechei a porta com um pouco de força. Entrei no prédio de cabeça baixa e sentei-me em uma das cadeiras da sala de espera, ajeitando meus inseparáveis fones e aumentando o volume da música.
Olhei ao redor, nervoso e levemente revoltado por estar ali sozinho. Minha mãe insistiu para que eu viesse ao psicólogo, pois acha que sou problemático - e concordo com ela, mas não me sinto confortável em conversar com alguém sobre meus problemas, para ser sincero, tenho pavor disso - relutei por muito tempo e dei várias desculpas para não vir, mas depois das ameaças da dona Jay, aqui estou eu, infelizmente.
Nunca contei nada do que se passa comigo para ela ou qualquer outra pessoa, pois sempre achei que o que acontece, diz respeito unicamente a mim e agora serei obrigado a dizer essas coisas para alguém que nunca vi na vida.
Enquanto analisava o ambiente, aparentemente vazio, parei os olhos na figura de um garoto encolhido em uma das cadeiras, bem afastada de onde eu estava. Alguns cachos escapavam de sua touca e o mesmo também usava fones, balançando a cabeça minimamente, com os
olhos fechados.Fiquei observando-o por um tempo, discutindo internamente se deveria ir falar com ele ou não. Nunca fui bom em chegar nas pessoas para conversar, pois não sei puxar assunto e fico envergonhado - até mesmo com meus "amigos", quase sempre fica um silêncio enorme, até que algum deles fale algo -. Por fim, me levantei e comecei a contar
mentalmente cada passo que dava até chegar ao fim do corredor. Mordi os lábios e sentei-me ao lado dele, com o coração disparado em ansiedade e medo. Parei a música e tirei o fone de um dos ouvidos.- Oi. - Disse olhando para ele, que nem se mexeu. Suspirei. - Oi. - Tentei novamente, agora um pouco mais alto e ele continuou do mesmo jeito.
Resolvi cutucá-lo, mesmo que em minha mente escutasse que estava o incomodando e deveria parar com aquilo.
Ele abriu os olhos e tirou os fones, olhando-me com curiosidade. Sorri
envergonhado, por não saber como reagir e com medo de tê-lo deixado irritado. Mas para minha surpresa o mesmo sorriu de volta. Um suspiro aliviado escapou por meus lábios nesse momento.Analisei discretamente suas feições - sempre tive costume de fazer isso com as pessoas - e assim que cheguei em seus lindos olhos verdes, pude ver a tristeza e falta de brilho por trás deles, contrariando o sorriso amigável direcionado a mim.
- Olá. - Sua voz soou rouca. - Desculpe, está há muito tempo aqui? - Riu, arrumando-se na cadeira.
- Ahn, não... Acabei de me sentar. Peço desculpa se estiver o
incomodando, eu... - Instintivamente já fui me desculpando, mesmo
sem saber a resposta dele.- Que isso cara, não está incomodando não. - Balançou a cabeça.
- Ah, ok. - Mordi os lábios. - Sou Louis... - Estendi a mão para
cumprimentá-lo.- Harry. - A pegou, balançando um pouco e logo a largou. - Então... É paciente de quem?
- Da doutora Claire.
- Eu também. - Nesse momento, a porta de um dos consultórios foi
aberta e uma garota saiu de lá.Logo depois, uma mulher de cabelos castanhos apareceu, sorrindo em direção à Harry. Claire, pensei. O mesmo suspirou e se levantou, notei que ele era mais alto que eu, mesmo aparentando ser mais novo - não que isso fosse alguma novidade, pois todo mundo é mais alto e até me zoam por causa disso -.
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through the dark [ larry stylinson one shot ]
Teen FictionLouis e Harry estavam perdidos dentro de si mesmos, e assim que se encontraram, tornaram-se a luz que guiaria o outro através da escuridão. *pessoal, essa fic está disponível apenas nesse perfil, por favor, não cliquem em nenhum outro link que apare...