Amor paterno

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Ele já sentia melhor, desde sua chegada dois atrás, Derek já conseguia sentir seu humor mudando, Seattle sempre o fez sentir mais em casa do que Nova York e ele já via as mudanças. Ele acordou sorrindo, uma coisa que não acontecia a anos, bom exceto quando ele era acordado com a sua filha, ela era sem dúvidas a melhor parte da sua vida e ele ainda se perguntava como era possível amar tanto um serzinho igual ela.
E esse grande amor começou assim que ele a viu no ultrassom e o foi duplicada ao descobrir que sua pequena, que nem tinha nascido ainda, tinha um problema no coração que a acompanharia até o fim da sua vida. E que faria o parto bem difícil para mãe e filha. E ele não estava errado o dia do seu nascimento foi o dia mais assustador da sua vida, porém ele nunca esqueceria como foi o sentimento de segurar ela pela primeira vez, e logo perceber que o seu mundo não fazia sentido sem ela e seu jeito mandão.
"Filha... Hora de acordar princesa," Ele diz suavemente.
"Cinco minutinhos papai!"
"Já deu o horário amor... E lembra hoje é o seu primeiro dia na creche."
"Ah..." Ela diz tristemente, as crianças da sua última creche nunca brincavam com ela pelo o fato dela cansar mais rápido que outras crianças e isso a causava a odiar ir para o trabalho com os pais.
"Depois eu vou te buscar amor, eu prometo," Ele diz mesmo sabendo que esse não era o problema.
"Eu to com medo..."
"Oh meu amor," Ele pega ela nos seus braços. "Eu prometo que vai dá tudo certo hoje.... E que qualquer coisa eu vou te buscar!"
"Você promete?"
"Prometo," Ele sorri.
"Pai? Cadê a mamãe?"
"Ela foi no trabalho mas ela disse desculpa e que te ama muito," Ele sorri. Mesmo que o casamento dos dois sempre foi problemático, Addison é a melhor mãe que a filha poderia pedir e ele adorava assistir elas juntas.

É estranho o quanto nada mudou no hospital, esse foi o primeiro pensamento que ele teve ao entrar no hospital, segurando sua filha no colo, os internos ainda pareciam assustados, as enfermeiras já estavam comentando sobre sua chegada e ele tem quase certeza que viu dois casais entrando na sala de descanso para fazer tudo menos descansar.
Era como se ele estivesse entrado em uma máquina do tempo para cinco anos atrás só que com a diferença da criança que ele segurança no seu colo e pelo fato que ele não estava cansado pela a noite de sexo com uma menina do bar, mas sim por ter brigado com sua esposa até tarde.
"Derek?" Ele ouve a voz do seu ex-melhor amigo.
"Mark? O que você tá fazendo aqui?" Ele vê um bebê nas suas mãos.
"Eu trabalho aqui... Eu vim deixar a Clara na creche," Ele explica claramente desconfortável na situação.
"Clara em...?"
"É... Foi o melhor acidente da minha vida," Ele sorri orgulhosamente.
"Acidente?"
"No mesmo dia que eu pedi ela em casamento nós descobrimos sobre a gravidez."
"Bom... Parabéns," Ele sorri e tenta esconder a dor não ter recebido a notícia que seu irmão tinha uma filha, logo voltando atenção para sua filha. "O papai vem te buscar mais tarde ok?"
"E se..."
"Não se preocupe... Qualquer coisa peça para eles me chamarem ok! Eu te amo," Ele sorri para sua filha e e leva ela para registrar na creche e depois segue o caminho a sala do chefe.
"Pode entrar!" Ele ouve após bater na porta.
"Miranda!" Ele vai até ela e a abraça.
"Sheperd! Você realmente não consegue me deixar em paz em?" Ela brinca.
"Não, mesmo!"
"Bom sua esposa já me explicou que você está aqui para o cargo de cirurgião e não de chefe de neurocirurgia, certo?"
"Sim, a mudança foi para ela virar chefe."
"Ok... E você promete não desrespeitar o chefe da neurocirurgia e lembrar sua posição, certo?"
"Sim, claro."
"Ok... Então como você tá? Eu ouvi das enfermeiras que o McDreamy chegou com uma criança no braço," Ele ri.
"Gente esse lugar não mudou nada! E todo lance do McDreamy ainda acontece aqui?"
"A muita coisa mudou... E não acontece mas você é um dos originais então..."
"Original?" Ele ri.
"Você perdeu muita coisa Sheperd."
"Eu imagino... Agora... Quem é o chefe de neurocirurgia mesmo?"
"É a..."
"Desculpa eu sei que eu estou atrasada!" Ele ouve uma voz familiar.
"Grey, 15 minutos!" Bailey diz séria.
"Eu e o... Eu perdi o horário," Ele se sente sorrir ao ver a mulher que esteve nos seus pensamentos por tantos anos, ela ainda estava linda, mais se possível, só que tão diferente com um brilho nos olhos que ele nunca tinha visto e que ele estava completamente desesperado para descobrir.
"Sua cara está horrível, Grey," Bailey diz quebrando o momento.
"O... Oi?" Ela diz sem ar focando, ou tentando, focar sua atenção para sua chefe.
"Eu... Eu to doente," Ela explica e ele não consegue controlar o sentimento de proteção ao ver que ela estava doente.
"Então vai pra casa!" Bailey grita.
"Eu vou ficar no meu escritório e não vou chegar perto de nenhum paciente... Eu prometo!"
"Ok."
"É... Quem é a chefe de neurocirurgia? Ela chegou antes de você acabar de falar," Ele diz ainda tentando tirar os olhos da sua ex-namorada.
"Eu mesma," Meredith diz corando e ele sente seu coração vibrar de orgulho por ela. "Eu sei que eu só virei atendente a um ano mas...."
"Você foi a nossa melhor atendente de neuro e você mereceu esse trabalho," Bailey diz sorrindo.
"Você realmente mereceu," Ele sorri lembrando como ela era uma boa interna mesmo anos atrás.
"Eu tenho que resolver uns problemas enquanto vocês discutem os horários... Grey nem ouse sair do seu escritório," Bailey avisa e sai da sala.
"Como vai ser o seu horário? Você tem algum problema ou exceção?" Ela pergunta e ele agradece mentalmente que ela mudou o assunto para trabalho.
"Meu horário é bem flexível, eu não tenho muitos problemas... Eu preciso de um dia todo mês para as consultas da minha filha," Ele diz e por um segundo consegue ver um olhar de tristeza nela.
"Ok, sem problema! O dia inteiro?"
"Sim, ela é extremamente tímida e dias como esse são muitos difíceis e cansativos pra ela."
"Eu sei como é..." Ela sorri rapidamente para ele e ele a olha confuso. Ela tem um filho?
"É..." Ele se controla para não perguntar. Eles ainda poderiam ser amigos, certo? Deus, ele espera que sim.
"Bom, eu tenho que me esconder no meu escritório," Ela sorri antes de abrir a porta. "Tchau, Derek."
"Tchau, Mer," Ele responde e mais uma vez ela cora.
Isso seria mais difícil do que ele imagina, desde o começo dessa mudança toda ele já sabia que o que tinha sentindo sobre Meredith era real, mas o que ele não imagina era os sentimentos voltando tão rápido. Ela sempre foi linda, isso não mudou em nada, porém ela está diferente de um modo que ele não sabe explica mas fazer tudo para entender.

Uma chance destruída- (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora